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dezembro 4, 2017
Guy Brett – a proximidade crítica no MAM, Rio
O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro inaugura no próximo dia 25 de novembro de 2017, em seu terceiro andar, três exposições de longa duração com mais de 250 obras de seu acervo: Alucinações à beira Mar, com curadoria de Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes, e Guy Brett – a proximidade crítica e Estados da abstração do pós-guerra, com curadoria de Paulo Venancio Filho, que inauguram o programa Curador convidado. São cerca de 90 importantes artistas brasileiros e estrangeiros representados nessas exposições. O MAM Rio possui um total de mais de 16 mil obras, pertencentes a sua própria coleção, e às de Gilberto Chateaubriand e Joaquim Paiva.
Com curadoria de Paulo Venancio Filho em colaboração com Luciano Figueiredo, a exposição é um “tributo, homenagem e reconhecimento à longa dedicação intelectual e afetiva do crítico e curador inglês Guy Brett (Richmond, Inglaterra, 18 de outubro de 1942) à arte brasileira”. “Caso raro, talvez único, de crítico que se dedicou mais à arte de outro país do que a de seu próprio, Guy foi um dos pioneiros do reconhecimento das artes plásticas além das fronteiras da Europa e dos Estados Unidos. Quando pouco, ou nada, se conhecia da arte moderna brasileira no âmbito internacional, Guy escreveu sobre, promoveu e agiu como um verdadeiro e sincero admirador daqueles artistas que primeiramente conheceu no início dos anos 1960: Sergio Camargo, Lygia Clark, Hélio Oiticica, Mira Schendel. Artistas hoje reconhecidos mundialmente que já naquela época, Guy foi capaz de perceber e admirar a originalidade e inventividade de seus trabalhos. Por mais de 40 anos mantém um contato ininterrupto com o que se faz de arte no Brasil – seja in loco ou em intensa correspondência epistolar, Guy foi um interlocutor e amigo de pelo menos três gerações de artistas brasileiros”, explicam os curadores.
A exposição apresenta 36 obras dos artistas Antonio Manuel (1947), Waltercio Caldas (1946), Lygia Clark (1920 – 1988), Carla Guagliardi (1956), Jac Leirner (1961), Cildo Meireles (1948), Hélio Oiticica (1937 – 1980), Lygia Pape (1927 – 2004), Mira Schendel (1919 – 1988) e Tunga (1952 – 2016).
Paulo Venancio Filho deseja que “a exposição seja, principalmente, uma ocasião que propicie a um publico mais amplo o reconhecimento da extraordinária importância de Guy Brett no contexto da arte brasileira, moderna e contemporânea”.