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dezembro 4, 2017
Alucinações à beira Mar no MAM, Rio de Janeiro
O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro inaugura no próximo dia 25 de novembro de 2017, em seu terceiro andar, três exposições de longa duração com mais de 250 obras de seu acervo: Alucinações à beira Mar, com curadoria de Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes, e Guy Brett – a proximidade crítica e Estados da abstração do pós-guerra, com curadoria de Paulo Venancio Filho, que inauguram o programa Curador convidado. São cerca de 90 importantes artistas brasileiros e estrangeiros representados nessas exposições. O MAM Rio possui um total de mais de 16 mil obras, pertencentes a sua própria coleção, e às de Gilberto Chateaubriand e Joaquim Paiva.
Com curadoria de Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes, a exposição apresenta ao público um panorama da produção artística das últimas décadas a partir de uma seleção de obras das três coleções do MAM Rio: Gilberto Chateaubriand, Joaquim Paiva e a do próprio Museu. São 199 emblemáticos trabalhos de 57 artistas, brasileiros e estrangeiros, reunidos em um espaço de quase mil metros quadrados. O título deriva do trabalho homônimo de Marcos Chaves, de 1994, que por sua vez se refere a um poema do poeta paraibano Augusto dos Anjos (1884-1912).
A exposição “é mais um exercício voltado para enfatizar a diversidade e multiplicidade do acervo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro”, afirmam os curadores. “Em conjunto, essas pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, vídeos e estudos percorrem mais de um século de produção artística, brasileira e estrangeira”, destacam.
Algumas obras nunca foram expostas no Museu, como os estudos do artista concretista Rubem Ludolf, que integram o acervo desde 2012, mas só agora estão sendo mostrados. Há ainda uma sala dedicada à coleção de trabalhos em vídeo, realizados por artistas brasileiros nas últimas três décadas. A exposição reúne ainda fotografias feitas por Augusto Malta no início do século 20, que registram a vida no Rio de Janeiro e suas mudanças físicas, como o desmonte do morro do Castelo e a Exposição Internacional do Centenário da Independência. A construção e a inauguração de Brasília também estão presentes, por diferentes fotógrafos.
Os brasileiros – ou que tiveram sua trajetória no Brasil – são: Victor Brecheret (1894-1955), Di Cavalcanti (1897-1976), Tarsila do Amaral (1886- 1973), Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), Flávio de Carvalho (1899-1973), Vicente do Rego Monteiro (1899–1970), Anita Malfatti (1889–1964), Maria Martins (1900–1973), José Pancetti (1902–1958), Candido Portinari (1903-1962), Cícero Dias (1907- 2003), Franz Weissmann (1911-2005), Hércules Barsotti (1914–2010), Maria Leontina (1917-1984), Aluísio Carvão (1918-2001), Lygia Clark (1920-1988), Amilcar de Castro (1920–2002), Hermelindo Fiaminghi (1920–2004), Antonio Bandeira (1922-1967), Geraldo de Barros (1923-1998), Luiz Sacilotto (1924-2003), Willys de Castro (1926-1988), Abraham Palatnik (1928), Wesley Duke Lee (1931- 2010), Nelson Leirner (1932), Rubem Ludolf (1932-2010), Anna Bella Geiger (1933), Hélio Oiticica (1937–1980), Carlos Vergara (1941), Rubens Gerchman (1942-2008), Wanda Pimentel (1943), Raymundo Colares (1944-1986), Cláudio Tozzi (1944), Artur Barrio (1945), Daniel Senise (1955), Márcia X. (1959–2005), Beatriz Milhazes (1960), Cristina Canale (1961), Marcos Chaves (1961), Paulo Monteiro (1961), e Adriana Varejão (1964). E fotografias de Marc Ferrez (1843-1923), Augusto Malta (1864-1957), Marcel Gautherot (1910-1996), Mário Fontenelle (1919-1986), Thomaz Farkas (1924-2011), Alberto Ferreira Lima (1932-2007) e Arthur Costa Brasil.
A exposição reúne ainda obras de mestres como Auguste Rodin (1840-1917), Constantin Brancusi (1876-1957), Jacques Lipchitz (1891-1973), Henry Moore (1898-1986), Alberto Giacometti (1901-1966), Victor Vasarely (1908-1997), Vieira da Silva (1908-1992), William Baziotes (1912-1963) e Robert Motherwell (1915- 1991).