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novembro 8, 2017
Feira PARTE no clube A Hebraica, São Paulo
Paixão pela arte move colecionadores
Pesquisa realizada pela Feira PARTE mostra que colecionadores valorizam relacionamento pessoal com artistas e galeristas e compram movidos por seu gosto pessoal
A PARTE, consolidada como uma das principais feiras de arte contemporânea da América Latina, divulga dados inéditos de uma pesquisa realizada com colecionadores e visitantes do evento, cuja próxima edição acontece entre os dias 8 e 12 de novembro de 2017, em São Paulo, no Clube A Hebraica.
A pesquisa mostra que o principal fator para comprar uma obra de arte é o gosto pessoal dos colecionadores, apontado por 83% das pessoas, seguido do preço (47%), enquanto itens como o potencial de valorização (18%) e a compra para decoração de espaços (10%) tem menor importância. Esses números mostram que a maior parte dos colecionadores são movidos pela paixão e pelo entusiasmo pela produção contemporânea atual.
Dentre os pesquisados, 28% afirmaram que já compraram obras de arte pela internet. Apesar de ser uma tendência crescente, a compra online ainda é pequena, o que mostra a importância das feiras e das vernissages para o mercado de arte, pois a maioria dos colecionadores ainda preferem ver as obras pessoalmente e manter um relacionamento mais próximo aos galeristas e artistas.
Esse relacionamento foi o principal fator apontado pelos colecionadores quando questionados como se informam sobre a produção atual. 60% afirmaram conversar com galeristas e artistas frequentemente, 44% leem artigos e matérias na imprensa e 36% conversam com amigos. A contratação de consultores de arte ou arquitetos, segmentos que também têm crescido, foram apontados por 7% e 4% das pessoas, respectivamente.
Sobre a PARTE
Referência no calendário de artes visuais da cidade, a PARTE é o evento com maior impacto na renovação e amadurecimento do mercado de arte no Brasil, com público médio de 12 mil pessoas. Desde 2011, a feira tem como foco novos talentos na arte, muitos deles não presentes em outros eventos do gênero. São escolhidas para expor na PARTE galerias de arte com propostas ousadas, selecionadas por um comitê independente, nesta edição formado por Aloisio Cravo, Carlos Bitú Cassundé, Raphael Fonseca, Regina Pinho de Almeida e Rejane Cintrão.
O evento reúne colecionadores experientes, que buscam novidades promissoras, e pessoas que iniciaram suas coleções mais recentemente ou estão em busca da sua primeira obra de arte. A PARTE acredita que transparência e informação democratizam o acesso à arte. Uma das premissas da feira é exibir dados sobre todas as obras expostas e seus artistas, assim como os preços, de forma transparente, o que deixa o público à vontade para perguntar e escolher.
PROGRAMAÇÃO
DIA 9/11, QUINTA-FEIRA
15:00 – CONVERSA COM AMANDA DE LA GARZA MATA
Mesa realizada pelo Programa Latitude e pela ABACT
AMANDA DE LA GARZA MATA é curadora adjunta do Museu Universitário de Arte Contemporânea (MUAC-UNAM). Recebeu o “Emerging Curators Prize, Frontiers Biennial” (2015) e o International Curatorial Projects Grant, Fundación Gilberto Alzate Avendaño (Colombia, 2015). Curadora, historiadora da arte e poeta, estudou Sociologia na UNAM – Universidad Nacional Autónoma de Mexico, é mestre em Sociologia (UAM-Iztapalapa) e Estudos Curatoriais (UNAM). Foi curadora de inúmeras mostras de destaque nos últimos anos e escreve com frequência para diversas publicações.
17:00 – FOTOGRAFIA POLÍTICA
BRUNO MORAIS é fotógrafo e iniciou sua carreira festas populares brasileiras. Fundou o Coletivo Pandilla em 2009 e passou a integrar a Escola de Fotógrafos da Maré e a Agência Imagens do Povo em 2010. Em seus estudos se interessa pela possibilidade de construir uma linguagem documental não afirmativa e imaginária onde o espectador tenha espaço para completar a obra segundo sua própria bagagem cultural. Expôs trabalhos na Galeria 535, FotoRio, Paraty em Foco, Lagos Photo, San Jose Foto, Encontros da Imagem e Festival de Fotografia de Tiradentes.
IATÃ CANNABRAVA é fotógrafo e coordenador do Estúdio Madalena. Dedicou parte de sua carreira para registrar o exílio político nos países por onde passou. Participou de mais de 40 exposições, recebeu os prêmios P/B da Quadrienal de Fotografia de São Paulo (1985), Marc Ferrez da FUNARTE (1987), e Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (1996 e 2006). Tem livros publicados e trabalhos nas principais coleções dedicadas a fotografia.
JULIANA GOLA, jornalista especializada em projetos culturais e fotográficos, fará a mediação.
19:00 ACERVO E COLECIONISMO
MARIA CECÍLIA MACHADO é graduada em História pela PUC e pós-graduada em museologia pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Especialista em história da arte e em história da indumentária. Trabalha com memória institucional há 20 anos.
MARILÚCIA BOTALLO é museóloga, Mestre em Artes e Doutora em Ciências da Informação pela USP. Diretora Técnica do IAC - Instituto de Arte Contemporânea, atua no MAM/SP, Pinacoteca do Estado/SP, Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, National Museum of American Art/Smithsonian Institution e no Centro de Memória da Fundação Bunge.
LIÈGE GONZALEZ JUNG, Diretora da DASARTES, portal e revista sobre arte, fará a mediação.
DIA 10/11, SEXTA-FEIRA
15:00 - ARTE EM FORMAÇÃO
KÁTIA SALVANY é artista plástica e performancer. Mestre em Artes e Doutora em Poéticas Visuais pela ECA/USP. Atualmente leciona desenho, gravura e litografia no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.
ANGUS VALENTE é artista híbrido, Doutor e Mestre em Artes pela ECA/USP, onde também se graduou em Artes Plásticas. Atualmente leciona Artes na Universidade Estadual de São Paulo.
FABIO DELDUQUE é artista multidisciplinar. Participa de salões de arte, mostras individuais, espaços culturais e galerias. Atua em projetos de música, teatro e cenografia. É curador e diretor do Festival de Arte Serrinha desde a sua criação em 2002.
MAIKON RANGEL é produtor do Ateliê397. Graduado em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Uberlândia – MG, foi produtor executivo do grupo Buzum e do Paço das Artes.
RICARDO RESENDE, curador, produtor, museógrafo e arte-educador. Mestre em História da Arte pela ECA/USP e Arte-educador, tem carreira centrada na área museológica. Atuou no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e o Museu de Arte Moderna de São Paulo.
17:00 – TERRITÓRIOS NÃO ÓBVIOS
FÁBIO LUCHETTI é idealizador e fundador da Adelina Galeria - espaço para comercializar, produzir, conviver e pesquisar sobre arte, buscando ampliar seus diálogos, possibilidades e públicos – e do Instituto Adelina – que integra o propósito educativo da galeria com residência artística, oficinas e ateliês – propositadamente instalados fora do eixo usual das galerias paulistanas. Formado em Administração de Empresas e especializado em Museologia, Curadoria e Colecionismo pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, fez atualização profissional em Alta Performance em Liderança (Madrid) e na Adigo (São Paulo), onde teve contato com a Antroposofia e arquétipos que acompanham seu estilo de gestão.
JACQUELINE MEDEIROS coordena o Centro Sem Título, em Fortaleza. É responsável desde 2003 pelo gerenciamento do acervo e pelas políticas de artes visuais de Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza. Entre 2015 e 2016, foi articuladora de artes visuais da Política Nacional das Artes pela Funarte e Ministério da Cultura. Possui diversos artigos e livros publicados e participou de inúmeras comissões de premiação e salões de arte. Bacharel em artes visuais pela Universidade Grande Fortaleza, mestre e doutoranda em História da Crítica da Arte pela UERJ.
JOSUÉ MATTOS é historiador da arte e curador. Dirige o MASC - Museu de Arte de Santa Catarina e está implantando o Centro Cultural Veras, ambos em Florianópolis. Recebeu o Prêmio Marcantonio Vilaça 2017-2018 na categoria curadoria. Graduou-se em História da Arte e Arqueologia na Université Paris X Nanterre, onde obteve o título de Master 1 e 2 em História da Arte Contemporânea. Em 2009, concluiu o mestrado em Práticas Curatoriais, na Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne. Desde 2010, realiza ateliês de acompanhamento de projetos de arte, debates e júris de salão de artes. É editor da Revista Binômios, projeto contemplado pelo Prêmio Redes Nacional Funarte Artes Visuais.
19:00 ESCULTURA NO ESPAÇO ATUAL
GILBERTO SALVADOR é pintor, desenhista, gravador e escultor. Nos últimos 45 anos, foi selecionado para 10 Bienais internacionais, representando o Brasil em Pequim, Havana, Cidade do México e San Juan.
SERGIO ROMAGNOLO é escultor, pintor, desenhista, artista intermídia e professor. Mestre e Doutor em Artes pela ECA/USP, leciona artes na Universidade Estadual Paulista (UNESP).
JOSÉ SPANIOL é pintor, desenhista, gravador, escultor e professor. Nos últimos anos tem trabalhado com escultura e instalações. Mestre e Doutor em Artes pela ECA/USP, atualmente leciona no Instituto de Artes da Unesp em São Paulo. Entre 1990 e 1993, estudou na Academia de Artes de Düsseldorf como bolsista do DAAD.
RICARDO RESENDE, curador, produtor, museógrafo e arte-educador. Mestre em História da Arte pela ECA/USP e Arte-educador, tem carreira centrada na área museológica. Atuou no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e o Museu de Arte Moderna de São Paulo.
CARLOS SAMBRANA (mediador), jornalista especializado em economia e negócios, é redator-chefe das revistas Istoé Dinheiro e Dinheiro Rural. Eleito como um dos 50 jornalistas de economia, negócios e finanças mais admirados do Brasil pelo ranking do Jornalistas & Cia e Maxpress.
PROGRAMAÇÃO INFANTIL
11 e 12/11, SÁBADO E DOMINGO
Horário de abertura ao público
Atividades sobre o universo de Arthur Bispo do Rosário / Caixa dos Escolhidos
A Caixa dos Escolhidos é uma caixa de conhecimento que traz um conjunto de jogos pedagógicos, uma publicação e um filme em formato DVD. Idealizada para contribuir de forma lúdica e crítica para a formação de crianças, jovens e adultos em ambientes formais e não-formais de educação, o objeto amplia a difusão da cultura e da história da arte através do universo poético da obra de Arthur Bispo do Rosário. A Caixa dos Escolhidos exige dos seus participantes a exploração da percepção visual e do uso dos demais sentidos, da capacidade de estabelecer relações que a obra de Arthur Bispo do Rosário é capaz de transversalizar.
Social Board
O skate que não tem começo e não tem fim, um ouroboros, uma serpente alquímica, um símbolo do eterno. Um brinquedo de criança, um esporte sem competição. Um veículo que se move e não vai a lugar algum, quanto mais rápido você corre mais parado você fica. Um objeto de arte. Uma escultura cinética interativa. Inspirado no skateboard, o objeto criado por Guilherme Teixeira precisa de duas, três, quatro, cinco ou mais pessoas para funcionar em toda a sua plenitude: um skate coletivo. De mãos dadas, o objeto transforma-se num “gira-gira”, onde as pessoas ficam de pé, num surpreendente equilíbrio compartilhado. Arte no coletivo.