|
novembro 1, 2017
Jaime Lauriano na Leme, São Paulo
A Galeria Leme apresenta em seu espaço a segunda exposição individual de Jaime Lauriano, um dos ganhadores do Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça 2017. Em Assentamento, o artista apresenta obras inéditas resultantes de pesquisas desenvolvidas durante os últimos dois anos.
Em seus trabalhos, Lauriano discute as estruturas envolvidas na constituição do espaço público e o processo histórico de formação do estado brasileiro. Utiliza-se de estratégias presentes em produções audiovisuais contemporâneas, como a propaganda, de materiais de arquivo e pesquisa de campo para alavancar suas discussões em uma produção marcada por um exercício de síntese entre o conteúdo das pesquisas e estratégias de formalização, articulada em trabalhos audiovisuais, objetos e textos críticos.
Emprestado das lutas por terra no Brasil, e dos cultos afro-brasileiros, o termo que dá titulo a exposição foi utilizado por Jaime Lauriano como elemento central para organizar o mais recente capitulo de sua cartografia da violência no Brasil. Com desenhos, objetos, intervenções e colagens, “Assentamento” transita entre passado e presente para tencionar como as desigualdades, e as violações de direitos humanos, tão presentes no atual momento da sociedade brasileira resultam, em grande parte, da construção de um projeto higienista de nação, que para se sustentar faz uso deseu aparato simbólico e bélico para aniquilar aqueles que se revoltam contra as suas normas. Assim, dividida conceitualmente em dois atos, “Assentamento” evidencia como a História do Brasil é escrita de maneira a sustentar e atualizar aspectos do seu passado colonial.
A exposição será acompanhada por um texto crítico desenvolvido pelo curador Bernardo Mosqueira.
Jaime Lauriano
São Paulo, Brasil, 1985. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.
Exposições individuais: Nessa terra, em se plantando, tudo dá, CCBB Contemporâneo, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil; Autorretrato branco sobre preto, Galeria Leme, São Paulo, Brasil (2015); Impedimento, CCSP - Centro Cultural São Paulo, São Paulo, Brasil (2014); Em Exposição, Sesc Consolação, São Paulo, Brasil (2013).
Exposições coletivas: São Paulo não é uma cidade, invençōes do centro (curadoria de Paulo Hernkehoff), SESC 24 de Maio, São Paulo, Brasil; Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos, (curadoria de Paulo Herkenhoff, Thais Rivitti e Leno Veras), Oca, São Paulo, Brasil; Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, São Paulo, Brasil; Prêmio Marcantonio Vilaça, MuBE - Museu Brasileiro da Escultura, São Paulo, Brasil; Metrópole: Experiência Paulistana (curadoria de Tadeu Chiarelli), Estação Pinacoteca, São Paulo, Brasil (2017); Jogo de Forças, Temporada de Projetos 2016, Paço das Artes, São Paulo, Brasil; Sempre algo entre nós (curadoria de Galciane Neves), SESC Belenzinho, São Paulo, Brasil; A Cor do Brasil (curadoria de Paulo Herkenhoff, Marcelo Campos e Clarissa Diniz), MAR - Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil (2016); Territórios: artistas afrodescendentes no acervo da Pinacoteca (curadoria de Tadeu Chiarelli), Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil; 10th Biennale Africaine de la Photographie (curadoria de Bisi Silva e Yves Chatap), Museu Nacional, Bamako, Mali; Rio Setecentista, quando o Rio virou capital, MAR - Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil (2015).
O seu trabalho integra coleções tais como: Acervo Banco Itaú, São Paulo, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil; MAR - Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil; Schoepflin Stiftung: The Collection, Lörrach, Alemanha.