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outubro 4, 2017
Possibilidades na Referência, Brasília
Mostra coletiva de acervo apresenta ao público obras de renomados artistas contemporâneos brasileiros que trabalham com diferentes suportes e linguagens
No dia 29 de setembro, a Referência Galeria de Arte abre ao público a mostra Possibilidades, uma visita ao acervo da galeria que apresenta ao público o potencial da produção de artistas contemporâneos nos mais variados suportes. Participam da exposição coletiva Adriana Vignoli, Florival Oliveira, Francisco Galeno, Gê Orthof, João Angelini, Luiz Hermano, Luiz Mauro e Ricardo Ventura. A mostra fica em cartaz até o dia 21 de outubro, com visitação de segunda a sexta, das 12h às 19h, e sábado, das 12h às 17h. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos.
O acervo da Referência Galeria de Arte conta com obras de 38 artistas de renome nacional e internacional. “Periodicamente, realizamos mostras de acervo para que o público possa rever ou ver em primeira mão as obras de artistas que colocam a arte contemporânea brasileira em destaque, sendo indicados e recebendo prêmios importantes e com obras em coleções privadas e de instituições públicas reconhecidas por sua relevância”, afirma Onice Moraes, sócia da Referência. Conheça a seguir, os artistas que participam desta mostra.
Adriana Vignoli
Mestre em Artes Visuais pela Universidade de Brasília, entre 2013 e 2014, Adriana Vignoli trabalhou em ateliê e expôs em Wiesbaden e Berlim, Alemanha. Em 2016 foi contemplada com o prêmio do Salão Mestre D’armas (3º lugar), no Museu Histórico de Planaltina, Brasília, DF; e em 2015 com o Prêmio FUNARTE de Arte Contemporânea. Em seus objetos ela utiliza materiais como o vidro, a terra, a pedra e o metal e vem elaborando uma poética de coisas “autônomas e utópicas”, que conectam o arcaico ao presente, ou mesmo, confabulam um futuro. Suas obras se envolvem por temáticas do tempo, do espaço, da paisagem e da arquitetura. Em 2016, foi finalista do Transborda Brasília – Prêmio de Arte Contemporânea e em 2017, foi indicada ao Prêmio PIPA.
Florival Oliveira
De Riachão do Jacuípe, Bahia, e com obras em acervos de instituições públicas como o Museu de Arte Moderna, Salvador/Bahia; Museu de Arte Contemporânea, Feira de Santana; ACBEU, Salvador; Biblioteca da Universidade da Bahia; Museu Regional de Feira de Santana, Florival Oliveira iniciou sua carreira em 1976, tendo participado de várias individuais e coletivas no Brasil. Sua obra traz figuras inéditas, que segundo o próprio artistas, são fruto de grande contrição. Mas há ainda uma presença de simbologias ligadas à tradição rural nordestina, como vaqueiros, bois, ferramentas, entre outros. Suas obras estão nos acervos do Museu de Arte Moderna, Salvador; Museu de Arte Contemporânea, Feira de Santana; ACBEU, Salvador; Biblioteca da Universidade da Bahia; Museu Regional de Feira de Santana.
Francisco Galeno
A arte de Francisco Galeno é conceitual, mas está enraizada na história de sua infância. Em suas próprias palavras: “na minha arte não entra um prego que não seja carregado de história afetiva”, ressaltando que seu trabalho é um diálogo com a fonte popular. Ele não apenas incorpora os objetos que lhe servem de fonte de inspiração, como também envolve os artistas locais na produção de suas obras: artesãos, rendeiras e serralheiros locais participam da produção dos componentes que são utilizados em seus trabalhos. Síntese do viver candango, da cultura que veio de fora para construir a capital, tomando posse da cidade e tornando-a sua, a obra de Galeno é carregada de referências à arte popular, folclórica e da infância, transmutada como fina arte, que ocupa o terreno habitado por seletos acadêmicos e teóricos.
Gê Orthof
Artista e professor da Universidade de Brasília, Gê Orthof é pós-doutor artista visitante pela Penn State University e School of the Museum of Fine Arts, Boston (EUA), e tem doutorado e mestrado pela Columbia University, Nova York. A Obra de Gê Orthof transita entre a instalação, a performance, o vídeo e o desenho que recebem acúmulos de memórias e experiências. Entre os prêmios recebidos estão o Prêmio CNI – Marcantonio Vilaça, Prêmio Situações Brasília, Museu Nacional, Prêmio Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais, Prêmio FUNARTE, 1st. Prize (Grand Prize) 24th International Artist Competition, Berlin, Fulbright Scholar School of Visual Arts, Nova York. Entre 2016 e 2017, participou de várias exposições como “Pasaquoyanism: The first card”: John Michael Kohler Arts Center (EUA), e "Many-splendoured thing”: The Portico Library, Manchester, “Behind the sun” Home Art Center, Manchester, Reino Unido.
João Angelini
Membro do Grupo EmpreZa de Goiânia desde 2008 e co-fundador do coletivo TresPe de Brasília, ambos com o foco em performance, João Angelini é professor de gravura, animação e tridimensionalidade da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, onde leciona desde 2008.Tem na imagem em movimento o maior ponto de partida para suas pesquisas, que tem desdobramentos em vídeos, animações, fotografias, gravuras, performances e brinquedos. Pela diversidade da produção, tem seus trabalhos publicados regularmente em eventos de diferentes meios institucionais como cinema, teatro, shows de rock e galerias de arte. Suas premiações têm a mesma diversidade: como festival Anima Mundi 2009 (Júri Popular/SP), Bolsa Funarte de Produção 2010, Arte Pará 2012, além de ser um dos finalistas do Prêmio Marcantonio Vilaça 2017.
Luiz Hermano
Seu trabalho em escultura é dotado de tessituras tortuosas e relevos produzidos pela articulação sistemática e rítmica de fios metálicos, como cobre, alumínio e aço, como ressaltou o curador Agnaldo Farias em seu texto para a mostra “Jogando com limites”, na Amparo Sessenta. Com obras em importantes coleções privadas como as de Assis Chateaubriand e Patrícia Cisneros, além do MAC-USP, MAM-SP e da Biblioteca Nacional de Paris, França, Luiz Hermano expõe desde 1978. Já participou das Bienais de Havana (Cuba), Seul (Coréia do Sul) e São Paulo.
Luiz Mauro
Com cerca de três décadas de atuação, o artista visual Luiz Mauro é professor de desenho e pintura na Escola de Artes Visuais da Secult Goiás. Sua pesquisa explora a comunicação entre suportes diferentes. Às vezes, trabalha com objeto e fotografia. Mas seu interesse especial está na pintura e no desenho. Entras as exposições de que participou estão as individuais “Des Peintures comme des Photographies”, na Maison Européenne de la Photographie, em Paris, França (até 14 de junho de 2015); “Cravos e Espinhos”, na Fundação Jaime Câmara, em Goiânia, GO (2004); “Anima Angelus”, na Referência Galeria de Arte, em Brasília, DF, (2003); na Galeria Funarte, em Brasília, DF (1996); na Galeria Macunaíma, no Rio de Janeiro, RJ (1993); e no MAC, em Goiânia, GO (1990). Entre as premiações, destacam-se o Prêmio no I Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste (2011); Prêmio CELG de Artes Visuais (2003); Prêmio Galeria Aberta, na 3ª Bienal Nacional do Museu de Arte Contemporânea de Goiás, GO; Prêmio Brasília de Artes Plásticas, do Museu de Arte de Brasília, DF (1990); e o Prêmio na 1ª Bienal Nacional do MAC de Goiás, GO (1988). Em 2015, foi indicado ao Prêmio PIPA.
Ricardo Ventura
O escultor Ricardo Ventura Escultor é formado pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro. Suas esculturas de madeira, embora não configurem imagens reconhecíveis, sugerem formas corpóreas, híbridas e sensuais, de concretude tátil. Algumas de suas obras pertencem aos acervos da Coleção Gilberto Chateaubriand-MAM/RJ e do MAM/BA.