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outubro 1, 2017
Adriana Vignoli na Zipper, São Paulo
Aberta a partir do dia 5 de outubro, a próxima edição do programa Zip’Up abriga a mostra Plano Imaginado, em que a artista Adriana Vignoli dialoga com as fronteiras entre desenho, escultura, instalação e apresenta obras que se equilibram entre a queda, o peso, a suspensão e o risco. Com curadoria de Cinara Barbosa, a exposição mira “utopias geométricas” que convivem com materiais como concreto, rocha, cobre e vidro. Ao manejar a potência desses elementos, a artista realiza uma mutação de objetos e cria trabalhos que sugerem outras gravitações do tempo e do espaço.
Esses conceitos se expressam no objeto-instalação “Se essa rua fosse minha” (2017): uma base retangular em concreto sustenta um tubo de cobre, a partir da qual diversas correntes se estendem pelo chão do espaço expositivo; nas extremidades destas correntes a artista dispôs joias lapidadas a partir de pedras retiradas por Adriana de calçamentos públicos, em diversas cidades. “Os trabalhos tratam de questões acerca da mutabilidade de materiais, de evocar o plano como projeto do controle, apenas como possível modelo de crença consciente da condição inescapável de instabilidade dos sistemas”, reflete a curadora.
Idealizado em 2011, um ano após a criação da Zipper Galeria, o Zip’Up é um projeto experimental, dedicado a propostas curatoriais inéditas. Já recebeu, ao longo de seis anos, mais de quarenta exposições na sala superior da galeria.
A mostra “Plano Imaginado” fica em cartaz até 4 de novembro.
Adriana Vignoli vive e trabalha em Brasília. Recebeu o Prêmio Nacional da FUNARTE de Arte Contemporânea, 2015. Em 2016, foi indicada para o Prêmio PIPA e contemplada com o prêmio do Salão Mestre D’armas de Planaltina, DF, e participou do Prêmio Transbordada Caixa Cultural de Brasília. Entre 2013 e 2014, morou em Berlim e expôs na Nassauischer Kunstverein de Wiesbaden e na Hochschule für Bildende Künste Dresden (Faculdade Técnica em Artes Visuais de Dresden). Em seus objetos utiliza materiais como: vidro, terra, pedra e metal. A artista vem elaborando uma poética que identifica como sendo de coisas autônomas e utópicas, que conectam o arcaico ao presente, ou mesmo, confabulam um futuro. Suas obras tratam de temáticas com o tempo, a paisagem e a arquitetura. Possui graduação em Arquitetura e mestrado em Artes Visuais, ambos pela Universidade de Brasília.
Cinara Barbosa é pesquisadora e curadora de arte. É pós-doutora e mestre pelo Instituto de Arte da Universidade de Brasília (UNB) com ênfase em temas sobre curadoria, arte contemporânea e tecnológica. É Idealizadora do BSB Plano das Artes evento que envolve espaços autônomos e ateliês de Brasília e diretora artística do Elefante Centro Cultural (DF). No campo cultural e artístico também vem participando de comissões de arte e acadêmicas. Ganhadora do prêmio Funarte de Estímulo à Produção Crítica em Artes Visuais 2010. Entre os trabalhos estão: as curadorias das exposições Brinquedos de Papel (2016) e A Dimensão das Distâncias Paralelas (2015), do artista Christus Nóbrega; a coordenação e curadoria da Temporada Elefante, no Elefante Centro Cultural (2015); Eu te desafio a me amar da artista visual holandesa/ uruguaia Diana Blok, Museu da República, Brasília (2014); Capital Digital - Arte, Ciência e Tecnologia, João Pessoa (PB), no Estação Ciência, Arte e Cultura Cabo Branco (2009); Festival Internacional de Arte e Mídia (FAM) (2008), premiado pelo Programa Petrobras Cultural; e. Inéditos – de 1957 a 2000, Individual do fotógrafo Walter Firmo, 2000. Foi idealizadora e coordenadora adjunta do FotoRio (2003/2005) e sócia-diretora da Galeria Câmara Clara.