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setembro 20, 2017
Ana Mazzei na Jaqueline Martins, São Paulo
A artista apresenta trabalhos inéditos em desenho, escultura e instalação e experimenta pela primeira vez um diálogo com a música feita ao vivo por performers convidados
A artista Ana Mazzei propõe novas experimentações em sua segunda individual marcada para abrir dia 23 de setembro na galeria Jaqueline Martins, no centro de São Paulo. “Serão três conjuntos de trabalhos com uma abordagem mais intuitiva e que sugerem a participação do espectador”, conta ela. Trabalhando com madeira e tecido, Ana escolheu também o corpo humano como parte implícita nos trabalhos, e músicos irão fazer uma performance nos dias da abertura e encerramento.
O título, DramaFobia, ela conta que surgiu durante uma conversa com o dramaturgo e diretor de teatro Roberto Alvim, que colaborou com um ensaio que compõe o folder da exposição. A intenção é traçar um percurso que envolva o espectador em ambientes distintos, “um conjunto não fluido, não hierárquico, não histórico e transcultural de ideias, objetos e imagens”, completa.
A mostra ocupará o segundo andar da galeria e, entre as obras, pequenos desenhos que apontam os desdobramentos de projetos anteriores. Assim, cria um percurso de leitura entre ideia, projeto e resultado final que se confundem de maneira complexa e muitas vezes incompleta.
Na fachada da galeria, do lado de fora, a artista pensou ainda numa intervenção, uma estrutura toda de ferro, que remeta a um portal. “Como se quem entrasse seguisse para um outro lugar, um novo ambiente”, diz. A apresentação musical, composta especialmente para a exposição, também tem intenções claras: “Proponho uma ativação sonora, um outro sentido se incorporando à criação, que vai além da simples observação”, completa.