|
agosto 23, 2017
Sandro Ka no MARGS, Porto Alegre
Dia 24 de agosto, a partir das 19h, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul abre a mostra Sandro Ka – Tanto barulho por nada. A exposição individual do artista apresenta cerca de 30 obras inéditas que traduzem seu repertório criativo: um universo temático e processual marcado pela presença de objetos e imagens advindos da cultura popular e da indústria cultural. Ana Albani de Carvalho assina curadoria e Carlos Trevi oferece seu olhar para apresentar o artista.
Com uma trajetória que inclui diversas exposições e premiação, Sandro Ka lança mão da apropriação como procedimento operatório central, tendo a ironia como figura de linguagem. Em seus trabalhos, a imaginação infantil, a religiosidade e a citação de ícones da historiografia da arte e da cultua pop são temas convocados como referências explícitas para questionar sistemas de crença, posições políticas, tradições e comportamentos.
Segundo Ana Albani, “na arte contemporânea, diferentes propostas jogam com o humor e a ironia como estratégias para atiçar a brasa do pensamento crítico, seja no espectador, seja na instituição que acolhe a obra e a exposição. Em tanto barulho por nada, Sandro Ka lança mão dessa poderosa ferramenta e propõe jogos de montagens que, propositalmente, ferem as regras estéticas do “bom-gosto” e as definições convencionais para o que entendemos como “obra de arte.”
Trevi afirma que “interessa ao artista o estabelecimento de relações entre elementos advindos de contextos distintos com a intenção de estabelecer novas possibilidades de leitura. Essa re-significação é proposta no campo da produção de novos sentidos, agregando valores simbólicos e de status a elementos cotidianos em inusitadas articulações”.
Sandro Ka (Porto Alegre/RS, 1981). Vive e trabalha em Porto Alegre/RS. Artista visual, designer gráfico e agente cultural. Doutorando e mestre em Artes Visuais pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e bacharel em Artes Plásticas - Desenho pelo Instituto de Artes da UFRGS. Desde 2003, realiza exposições individuais e participa de exposições coletivas em vários estados brasileiros, desenvolvendo produções nos campos da Escultura, Desenho e Intervenção Urbana, dentre as quais se destacam a ação urbana Piscina (Praça da Alfândega, Porto Alegre, RS, 2015), as exposições individuais Sorria! Você está Sendo Abençoado (Centro Cultural Ordovás, Caxias do Sul, RS, 2014), Deixa Estar (MACRS, Porto Alegre, RS, 2013) e Relações Ordinárias (Paço Municipal, Porto Alegre, RS, 2008) e as coletivas Queermuseu: Cartografias da diferença na arte brasileira (Santander Cultural, Porto Alegre, RS, 2017), Mostra SESC Cariri de Culturas (Juazeiro do Norte, CE, 2014 e 2015), O Triunfo do Contemporâneo (Santander Cultural, Porto Alegre, RS, 2012), Labirintos da Iconografia (MARGS, Porto Alegre, RS, 2011), Pixel: Unidade da Ideia (SESC, Aracaju, SE, 2009), 18º Salão da Câmara (Câmara Municipal, Porto Alegre, RS, 2008), 19º Salão Jovem Artista (MARGS, Porto Alegre, RS, 2006) e VIII Bienal do Recôncavo Baiano (Centro Cultural Dannemann, São Félix, BA, 2006), Pequenos Diálogos, entre outras. Indicado ao Prêmio Açorianos de Artes Plásticas nas categorias Destaque em Escultura (2009 e 2014) e na categoria Projeto Alternativo de Produção Plástica (2015), foi vencedor na categoria Destaque em Textos, Catálogos e Livros Publicados com a publicação Relações Ordinárias: Livro-Objeto de desejo (2009).