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agosto 18, 2017
Graciela Sacco na Zipper, São Paulo
Um dos principais nomes da produção argentina contemporânea, Graciela Sacco (1956) realiza na Zipper sua primeira exposição individual no Brasil. Aberta a partir do dia 22 de agosto, a mostra Foram ao Norte para chegar ao Sul reúne instalações, vídeos, fotografias e objetos da artista, que é reconhecida por desenvolver técnicas inovadoras de impressão fotossensíveis, rompendo com suportes tradicionais. Com curadoria de Diana Wechsler, professora da Universidad de Buenos Aires, a exposição fica em cartaz até 30 de setembro.
“Foram ao Norte para chegar ao Sul” é também título de série recente da artista, que, de certa maneira, condensa os temas alvo da exposição: a relação entre memória e fotografia e entre arte e sociedade, deslocamentos, migrações, exílios e a diáspora contemporânea.
A última vez que Graciela Sacco apresentou um corpo expressivo de trabalhos no país foi em 1996, durante 23ª Bienal de São Paulo, da qual participou como representante argentina. A artista acumula, ainda, diversas outras participações em bienais internacionais de arte: Ushuaia (2009), Shanghai (2004), Veneza (2001), Havana (1997 e 2000) e do Mercosul, 1997. Neste ano, Graciela participa, ainda, da Bienal Internacional de Arte Contemporânea da América do Sul (Bienalsur) com a intervenção urbana “¿Quién fue?”.
Influenciado pelo conceitualismo latino-americano dos anos 1960, seu trabalho tem forte implicação política e se expressa, frequentemente, na evidenciação de conflitos e tensões, sejam sociais, políticos, econômicos, entre sujeito e objeto, luz e sombra, espaço e suporte. Na individual, Graciela faz, ainda, um panorama de sua produção, com trabalhos da década de 1990 – como os da série “Bocanada” (1994), apresentados na Bienal de São Paulo de 1996 –, do inícios dos anos 2000 e algumas mais recentes, produzidas após 2010.
A artista Graciela Sacco (Rosario, 1956) é reconhecida por trabalhos desenvolvidos a partir de técnicas inovadoras de impressão fotossensíveis, que permitem a gravação de imagens em meios pouco usuais. Influenciada pelo conceitualismo latino-americano dos anos 1960, entre eles o coletivo Tucumán Arde, sua produção tem forte implicação política. A relação entre a memória e a fotografia é outro tema fortemente explorado pela artista. Em vídeos, instalações e intervenções urbanas, além das impressões em heliografia em distintos materiais, ela examina as tensões entre arte e sociedade e trata de questões como deslocamentos, migrações, exílios e a diáspora contemporânea.
Graciela já representou a Argentina em diversas bienais internacionais, entre elas: Veneza (2001), São Paulo (1996), Havana (1997 e 2000), Mercosul (1997), Shanghai (2004) e Ushuaia (2009). Participou também de mostras individuais e coletivas em países como Inglaterra, Alemanha, França, Israel, Estados Unidos, Brasil, Colômbia e Peru. Sua obra está presente em importantes coleções internacionais, entre elas: MAMBA (Museu de Arte Moderna de Buenos Aires), Argentina; MACRO (Museu de Arte Contemporáneo de Rosario), Argentina; Museu do Bronx (Nova York, Estados Unidos); MFAH (Museu de Bellas Artes de Houston), Estados Unidos; Museum of Art Fort Lauderdale, Estados Unidos; Coleção Microsoft, Washington, Estados unidos; Essex University, Colchester, Inglaterra.
Curadora, pesquisadora e doutora em História da Arte, Diana Beatriz Wechsler (1961) é professora titular da Universidad de Buenos Aires (UBA). Dirigiu exposições e projetos na Argentina, Itália, Brasil, México, Espanha e Alemanha. Principais publicações: Entre tiempos…Presencias de la Colección Jozami en la Lázaro Galdiano” (2014); “Pensar con imágenes” (2012), “Imágenes e historias” (2011), “Realidad y utopía, Realidad y Utopía” (Berlín 2010); Gorriarena, Itinerarios (2007), “Territorios de diálogo” (México, 2006); “Los surrealistas” (2005). Prêmios: AICA-ABCA (2003); Cámara de Diputados de la Nación (2004); AICA-AACA (2007).