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agosto 14, 2017

Mariana Manhães na Mul.ti.plo, Rio de Janeiro

Finalista do prêmio Marcantônio Vilaça, a artista Mariana Manhães expõe trabalhos inéditos na Mul.ti.plo até dia 19 de agosto

Um desenho aéreo. Uma máquina. Uma instalação. Fotos que são desenhos ou desenhos que são fotos? Finalista da 6ª edição do prêmio CNI/SESI Marcantônio Vilaça, a artista Mariana Manhães apresenta, até o dia 19 de agosto, a mostra Toda Palavra Tem Uma Gruta Dentro de Si, com trabalhos inéditos e recentes, na Mul.ti.plo Espaço Arte. São ao todo 5 desenhos (de 66 x 96 cm a 70 x 100 cm) e 7 fotografias (40 x 35 cm), além de uma instalação - apelidada de máquina pela artista - que será montada na galeria.

– Assim como desenho e instalação são palavras que não esgotam o que é um trabalho, acho que nenhuma palavra consegue esgotar as coisas. É como se houvesse uma gruta dentro de cada palavra e, dentro dessa gruta, cada um vai ver o que quiser –, diz Mariana.

A instalação apresentada na galeria é considerada pela artista um “site-inespecific”. Ou seja: ela será criada no espaço de exposição e depois poderá “viver” em algum outro lugar. Em seguida à mostra carioca, Mariana participa da exposição coletiva dos finalistas da 6ª edição do Prêmio Marcantônio Vilaça no Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), em São Paulo, com um trabalho que dialoga com os que serão apresentados aqui.

“Sempre desenhei e aí chegou um momento que senti que precisava aprofundar essa prática”, diz a artista, que ficou conhecida, em meados dos anos 2000, por suas máquinas que misturam vídeo, som, mecanismos que fazem uso de equipamentos de robótica e não interagem objetivamente com o visitante. Os desenhos, agora, fazem parte do dia a dia da prática de ateliê da artista, são cada vez mais importantes para sua pesquisa.

“Não vejo distinção entre os trabalhos sobre papel e as máquinas. Para mim é tudo a mesma coisa”, diz Mariana que gosta de trabalhar sozinha rodeada por livros, músicas e filmes. “Não consigo trabalhar com ninguém por perto e odeio telefone”, brinca.

A exposição conta ainda com o lançamento de um múltiplo em forma de livro da artista intitulado “(Sobre as relações entre as coisas da casa)”, com edição de 10 exemplares assinados e numerados.

Mariana Manhães, nascida em 1977, em Niterói, vive no Rio de Janeiro e integra o grupo Jacarandá. O trabalho da artista foi mostrado em diversas exposições no Brasil e no exterior. Dentre eles, podemos destacar: Mariana's The Mattress Factory Art Museum (Pittsburgh, EUA), ShanghART Gallery (Xangai, China), Bozar Museum (Bruxelas, Bélgica), Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília), Martin-Gropius-Bau Museum (Berlim, Alemanha), Instituto Itaú Cultural (São Paulo), Instituto Tomie Ohtake (São Paulo), Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro), Museu de Arte Moderna (Salvador), Museu Vale do Rio Doce (Vila Velha).

Mariana apresentou exposições individuais no Paço Imperial (Rio de Janeiro), em 2013; Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB (Rio de Janeiro), em 2010, e Museu de Arte Contemporânea – MAC (Niterói), em 2007, entre outras.

Ganhou importantes prêmios, como Prêmio Marcantônio Vilaça (2015), e participou dos programas de residência do The Mattress Factory Art Museum (Pittsburgh, EUA, 2011) e Vancouver Biennale (2014).

Posted by Patricia Canetti at 5:32 PM