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agosto 7, 2017
Rogerio Ghomes na Referência, Brasília
Rogerio Ghomes celebra 30 anos de trabalho, com exposição, lançamento de livro e visita guiada
No próximo dia 10 de agosto, quinta-feira, às 16h, a Referência Galeria de Arte inaugura duas exposições inéditas: Quando tudo deixar de ser, de Rogerio Ghomes, com curadoria de Fábio Luchiari, na Sala Principal, e Conexão, coletiva que reúne trabalhos de David Almeida, Patricia Furlong, Pedro Ivo Verçosa e Virgílio Neto, na Sala Acervo.
Quando tudo deixar de ser traz para Brasília um recorte da obra de Rogerio Ghomes ao longo de 30 anos de trabalho. O ponto de partida a Bienal de Havana, 1997, marco da internacionalização da sua produção até as séries mais recentes como “Barroc”, 2015, apresentada no última Bienal de Curitiba, cidade onde residiu até o final dos anos 1990. Além de obras inéditas como a série “Árbol” e a obra “Conversas com Platão”. Completam a mostra, “Profano Sudário”, 1997, “Olhai”, 2001, e “Incrível como um distúrbio afeta a credibilidade’, 2007.
Junto com a abertura da exposição, Rogerio Ghomes, acompanhado do curador Fábio Luchiari, fará uma visita guiada à mostra, até às 17h. Depois acontece o lançamento do livro “Preciso acreditar que ao fechar os olhos o mundo continua aqui”. Com tiragem limitada de 500 exemplares numerados e assinados, apresenta um recorte das três décadas de produção do artista visual. Com apresentação do crítico e curador Moacir dos Anjos, a publicação traz ensaios críticos de Eder Chiodetto, Ricardo Resende e Tadeu Chiarelli.
Rogerio Ghomes também estará na galeria à disposição do público interessado em conhecer mais da obra do artista e trocar ideias sobre arte contemporânea na sexta-feira, das 15h às 18h, e no sábado, das 11h às 13h. A participação nos encontros é gratuita e livre para todos os públicos.
Rogerio Ghomes é artista visual e pesquisador nas áreas das artes visuais e design. Doutor em tecnologias da inteligência e design digital pela PUC-SP e mestre em design pela UNESP, participou de mais de 80 exposições nacionais e internacionais, entre elas “Preciso acreditar que ao fechar os olhos o mundo continua aqui”, “Não Confie na sua memória”, “Donde estoy, estoy a esperar te”. Suas obras integram as coleções de renome como: Coleção Joaquim Paiva, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Coleção McLaren, Fundação Cultural de Curitiba, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea do Paraná, Museu Oscar Niemeyer, Pirelli - Museu de Arte de São Paulo, Pinacoteca de São Paulo. Entre as premiações por sua obra estão Prêmio Brasil Arte Contemporânea na ARCO Madrid 2010 e a indicação ao Prêmio PIPA 2012, o mais importante do País, quando foi um dos finalistas na votação online. Em 2015, foi contemplado no Programa Rede Nacional Funarte de Artes Visuais com o projeto “Campo expandido: narrativas da imagem”.
Fábio Luchiari, curador da exposição que acompanha a produção de Rogerio Ghomes há duas décadas, explica que a mostra que desembarca na capital federal não parte de uma cronologia. “São diálogos com trabalhos produzidos em diferentes períodos, buscando agrupar temas pertinentes de sua trajetória e que de tempos em tempos ressurgem, com um outro olhar, uma outra sensibilidade, porém, sempre coerentes com sua poética, suas indagações e buscas”. Nas obras apresentadas, Rogerio Ghomes subverte o papel da fotografia de registrar a realidade, para criar um outro mundo. Mundo de saudade, solidão e lembranças prestes a desaparecer da memória. Tudo por meio de um olhar silencioso.