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julho 17, 2017

Miragens no CAHO, Rio de Janeiro

Que cidades uma cidade abriga? Que imagens nos aguardam após a esquina, que cheiros exalam de ruas, casas e corpos? Que histórias nos contam e esquecem seus muros e porões? De diásporas dos povos que aqui chegaram e de acolhidas, de violências e miragens, de sonhos e desenganos? Quantas línguas são faladas por aquelas ruas, lojas, casas? Quantas escritas tecem os relatos das vidas que a habitam? Que céus a cobrem ou se quedam? Que chãos se levantam e se abrem? Que ritmos a aceleração da vida, as rotinas diárias e o acaso produzem na cidade e se imiscuem nos tempos coletivos e individuais? Que encontros acontecem na distração das massas, no anonimato e impessoalidade dos espaços de passagem, nas trocas comerciais, na ausência de lugar? Quantas margens desafiam o centro? Quantos centros possuem a margem? Que horizontes nos prometem e nos frustram? Quantas Babilônias e Jerusaléns, Babéis e Juazeiros, Atlântidas e Cidades proibidas guardam esta cidade? Que altares e tambores, Édens e terreiros a guardam?

Miragens tem como mote de investigação a Saara e adjacências, região em que o Centro de Artes Hélio Oiticica se localiza. Traz, por meio de pinturas, objetos e instalações, a invasão da cidade para o espaço expositivo; traz suas desordens e poesia, seus conflitos e negociações, suas imagens e suas contradições. A exposição reúne obras de 7 artistas realizadas especialmente para a mostra. Estes enfrentam, cada um a seu modo, as inquietações que perpassam e enlaçam e a vida contemporânea e a prática pictórica: no colapso e reenlace entre imagens e narrativas, nos transtornos de tempo-espaço, nas relações entre público e privado, as formas de vida, nos sistemas de trocas, etc.

Para alguns (Rafael Prado, Fernanda Leme, Talita Tunala, Jean Araújo), trata-se de se apropriar e retirar as imagens do fluxo vertiginoso e do imediatismo com que as consumimos. São imagens colhidas da percepção cotidiana (por desenhos ou fotografias), de sua imaginação, dos resíduos da memória, ou de filmes e das redes sociais. À artesania da pintura associam-se a montagem e a edição do cinema e de tecnologias eletrônicas. São fragmentos visuais e narrativos, superfícies-testemunho de encontros e histórias (talvez improváveis) a serem contadas; mas são, também, a um só tempo, a interrupção das narrativas usuais e obstrução nos fluxos das imagens condicionantes.

Para outros (Gilberto Martins, Cláudia Lyrio, Eduardo Garcia), dá-se o inverso: objetos e mercadorias do Saara, pigmentos em processos alquímicos, couros e terras - as coisas em sua concretude invadem o universo da arte, como se buscassem a carne da imagem, a pele do mundo, o olho que a tateia. Por vezes são uma inserção virótica nos sistemas de troca (de capital, imagens e informações) e de comunicação, causando pequenas panes em suas engrenagens e conexões. Buscam o apagamento das tagarelices vãs que não cessam de ecoar. Um quase silêncio como exigência de sobrevivência.

O título Miragens suscita em sua dupla acepção as questões que atravessam a exposição: as cidades veladas e subjacentes sob a ótica da pintura (o espelho e a ficção). “Miragem” ou “espelhismo” é o efeito óptico produzido pela reflexão da luz solar que ocorre nas horas mais quentes, especialmente nos desertos e rodovias e alto-mar, em que por vezes se refletem imagens. Mas miragem é também ilusão, quimera, sonho.

ARTISTAS

Cláudia Lyrio - Pintora e gravadora. Mestre em Literatura e especializada em História da Arte. Participou de diversas exposições, entre as quais, "Além da Imagem" (Sem Título Arte/Fortaleza CE), "Imersões"(Casa França Brasil), 1ªBienal de Gravura e Arte Impressa (Museu Emílio Caraffa - Córdoba/Argentina) e dos Salões de Vinhedo, Guarulhos e Rio Claro.Pesquisa processos de expansão das linguagens Pintura e Gravura.

Eduardo Garcia - Artista Visual e economista. Em seus trabalhos investiga as operações pertencentes e decorrentes dos sistemas econômicos e financeiros do capitalismo contemporâneo. Entre as exposições que participou: “Além da Imagem”, na Sem Título Arte (Fortaleza); “Imersões”, na Casa França – Brasil e “Intersecção de Conjuntos”, no Espaço Saracura (Rio de Janeiro). De Uberlândia, vive e trabalha em Niterói.

Fernanda Leme - Artista e arquiteta pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula–RJ. Ingressou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV-RJ), em 2009 se dedicando à pintura. Entre as exposições que participou: 2017-"Abre-Alas "- A Gentil Carioca; "Imersões " na Casa França Brasil; " Mais Pintura" centro cultural da Justiça Federal –RJ. Vive e trabalha no Rio de Janeiro, onde nasceu.

Gilberto Martins - Artista visual e advogado. Formação em Arte no MAM/RJ, EAV - Parque Lage e Casa França-Brasil. Entre as exposições que participou: individual em 2016 na Sala Djanira (RJ); coletivas em 2017 na Casa França-Brasil e na Sem Título Arte (Fortaleza); em 2016 no Solar dos Abacaxis (RJ) e na EAV - Parque Lage.

Jean Araújo - Artista visual. Graduando em Artes Visuais pela UCAM (RJ). Entre suas exposições, destacam-se: individual “Nada mais me importa” no (Espaço Furnas Cultural, RJ); coletivas, “Imersões” na Casa França Brasil(RJ); Salão de Artes Visuais de Vinhedo (SP); 23º Salão de Artes Visuais de Mococa (SP), Programa de Exposições do Museu de Arte de Ribeirão Preto (SP); “Além da Imagem” na Sem Título Arte em Fortaleza(CE). Nasceu em Vitória da Conquista (BA), vive e trabalha em Niterói (RJ).

Rafael Prado - Artista visual e designer Gráfico. Formação em Artes na EAV - Parque Lage (curso com Charles Watson e outros) e Casa França-Brasil. Entre as exposições que participou: 2017 coletiva "Imersões" na Casa França Brasil (RJ) e “Além da imagem” na Sem Título (Fortaleza); em 2016 no Salão do MARP. Nasceu em Porto Velho, Rondônia; vive e trabalha no Rio de Janeiro desde 2013.

Talita Tunala - Artista e psicóloga vem participando de exposições desde 2014. Em 2017 participou das exposições coletivas "Imersões" na Casa França Brasil/RJ e "Além da Imagem" na Sem Título Arte em Fortaleza/CE. Vive e trabalha no Rio de Janeiro, onde nasceu.

CURADORA

Marisa Flórido Cesar - Crítica de arte e curadora independente, Prof adjunta do Instituto de Arte da UERJ. Publicou livros e textos sobre artes visuais no Brasil e exterior. Realizou curadorias no país e exterior. Vive no Rio de Janeiro, onde nasceu.

Posted by Patricia Canetti at 10:12 AM