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junho 26, 2017

Fabrício Lopez na Mercedes Viegas, Rio de Janeiro

Indicado pela segunda vez ao prêmio PIPA (2017 e 2010), o artista Fabricio Lopez, considerado um dos mais importantes gravadores brasileiros, abre a exposição O Mergulho do Biguá, com trabalhos recentes e inéditos, no dia 28 de junho na galeria Mercedes Viegas. Serão apresentadas duas pinturas, cinco monotipias e nove xilogravuras, produzidas no ateliê do artista, localizado no bairro do Valongo na cidade de Santos, SP.

As obras selecionadas partem de imagens elaboradas da estranha combinação de anotações visuais de percursos pelos canais da cidade. O registro da natureza contida nessa vala aberta que equilibra e conduz informação entre o mar e o mangue, oferecendo à cidade um espelho em lâmina de água contínua, um reverso da vida cotidiana, onde garças, biguás e peixes organizam o espaço”, explica Fabricio.

As manifestações de luz no encontro de todos esses elementos associados ao tempo, resultou na série inédita de xilogravuras, impressas da combinação de diversas matrizes, continuamente regravadas. As impressões feitas em papel kozo recebem diversas camadas de cor e uma carga de tinta que apontam para um caráter pictórico dentro do universo gráfico da xilogravura.

O artista retoma aspectos fundamentais no desenvolvimento de sua obra com duas telas, onde o desenho a carvão convive com aguadas em variações de cinza, formando paisagens orgânicas que alternam-se em movimentos sutis e vigorosos da linha negra que percorre o suporte.

Fabrício Lopez trabalha e vive entre Santos e São Paulo. Mestre em poéticas visuais pela ECA/USP, é membro fundador da AJA (Associação Cultural Jatobá) e do Atêlie Espaço Coringa, que, entre 1998 e 2009, produziu ações coletivas como: exposições, publicações, videos, aulas, intercâmbios e residências artísticas. Realizou diversas exposições individuais institucionais, destacando-se: Estação Pinacoteca, SP; Centro Cultural S.Paulo - “Prêmio aquisição Pinacoteca da Cidade”; Museu Rudolph Duguay Quebec, Canadá; Centro Universitário Maria Antonia, SP. Entre as suas exposições individuais em galerias, podemos citar: no Rio, Mercedes Viegas; em São Paulo, nas galerias, Baró Cruz, Estação, Gravura Brasileira e Marília Razuk. Participou de diversas coletivas nacionais e internacionais como: Trilhas do Desejo, Rumos Itaú Cultural, Rio e São Paulo; X Bienal de Santos (1° prêmio) Novas Gravura; em outros estados. Cité Internationale des Arts, Paris, França; XIII Bienal Internacional de Arte de Cerveira, Portugal; residência no Atelier Engramme; Québec; Dinamarca, Cuba, México, USA, e Inglaterra. Possui obras nos acervos da Pinacoteca Municipal e do Estado de São Paulo, Casa do Olhar – Santo André, Secretaria Municipal de Cultura de Santos e do Ministério das Relações Exteriores com o 1º prêmio para obras em papel do programa de aquisições do Itamaraty e em 2015 ganhou o prêmio residência artística Arthur Luiz Piza.

Posted by Patricia Canetti at 11:53 AM