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junho 9, 2017
Derik Sorato e Thales Noor na Alfinete, Brasília
Poética do corpo e do espaço perpassa as duas novas exposições da Alfinete Galeria
No sábado, dia 10 de junho, a partir das 18h, a Alfinete Galeria abre duas exposições que, embora compostas de substratos distintos dialogam entre si. Na Sala Um, Na medida do possível, tudo saiu como não deveria revela o trabalho dos jovens artistas Derik Sorato e Thales Noor a partir de uma provocação: a arquitetura que se fragmenta e rompe os limites de seu significado.
Na Sala Dois, o espaço será tomado pela obra da artista visual Bia Medeiros com a exposição “Bia Medeiros: per-fura, per-muta, per-verte”. Conhecida por sua atuação à frente do Grupo de Pesquisa Corpos Informáticos (que ela coordena desde 1992), Bia Medeiros é Pós-doutora em Filosofia pelo Collège International de Philosophie e Doutora em Arte e Ciências da Arte na Universidade Paris 1-Sorbonne. Na mostra, ela percorre da gravura à performance, chegando ao desenho íntimo.
A convite da Alfinete Galeria os artistas Derik Sorato e Thales Noor apresentam a série de trabalhos intitulada "Na medida do possível, tudo saiu como não deveria", que através de desenhos, recortes e encaves sobre papel une poéticas individuais revisitadas na experiência da produção coletiva.
O fundo temático da exposição passa por uma idéia de arquitetura que se fragmenta, convergindo para a situação onde a afirmação das formas depara-se com imposições meramente estruturais, suspendendo os limites de seus significados.
A exposição aponta métodos que colocam limites para a apreensão de imagens, mas acaba tornando-se livre experiência que tensiona sua representação de espaço.
Negando o anteprojeto, a elaboração dos estudos preliminares que deveria constituir a mostra é subvertida. E de um panorama onde todas as ações são planejadas, deslocam-se a um cenário de desorganização cirúrgica, onde não seguir os moldes planejados deixa de ser um problema para ser um recurso.
Thales Noor, 27 anos, vive e trabalha em Brasília. Diplomado em Artes Plásticas pela Universidade de Brasília, atualmente cursa Arquitetura e Urbanismo pela mesma instituição e segue sendo um entusiasta do estudo da Geografia e suas possibilidades de subversão poética. No momento intercala suas atividades entre a produção das artes plásticas e tarefas pragmáticas voltadas ao fazer arquitetônico.
Derik Sorato (1990), vive e trabalha em Brasília. Cursou Bacharelado em Artes
Plásticas pela Universidade de Brasília, tendo como foco de sua pesquisa o desenho e a pintura. Os assuntos de seus trabalhos, por vezes passam pelas ideias de noite, natureza, arquitetura, lugar e caminho, se utilizando de uma tensão significante entre o possível e o impossível.