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maio 26, 2017
Felipe Fernandes na dotART, Belo Horizonte
Bons ares, ares bons. É com este frescor que o ano começa na dotART galeria, com a inauguração de novas exposições no dia 25 de abril: Abrindo a caixa, de Lívia Moura; Barulho, de Felipe Fernandes; e na Sala Pensando o vídeo Green ou Sinal verde para o saque das Américas, de Regina Vater.
Barulho – Felipe Fernandes
Felipe Fernandes parte de formas simples como folhas, círculos e manchas. A mostra inicialmente levava o nome “primário”, pois eram as primeiras imagens que vinham, em um processo o mais espontâneo possível.
“Observei que a maior parte das pinturas passava a ideia de um movimento brusco, mas silencioso. Trabalhava contrastes e densidades de tinta e cor. A imagem, o figurativo, ou mesmo o gráfico, continuava lá, como um ponto de apoio para o olhar. As pinturas mostram uma intenção de figuração, mas que se perde na abstração que as manchas e coberturas de tinta proporcionam”, conta o artista.
Com o amadurecimento desse processo, “Barulho” tornou-se uma opção interessante de nome. “O barulho é algo difícil de definir, às vezes podemos identificar alguns sons reconhecíveis mesmo sendo uma massa sonora. Mas o barulho é por definição abstrato, uma interferência muitas vezes, no curso de um som inteligível. Mais do que falar das formas primárias que são o gatilho para a pintura, aqui o foco é justamente o desdobramento que elas proporcionam, o barulho que é gerado em meio ao que pode ser identificado”, finaliza Felipe Fernandes.