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maio 16, 2017
MAC no século XXI – A era dos artistas no MAC USP Ibirapuera, São Paulo
Exposição apresenta 106 obras realizadas a partir do ano 2000
O Museu de Arte Contemporânea da USP apresenta um conjunto expressivo de obras que entraram em seu acervo recentemente, doadas por galerias, pela iniciativa privada, através de leis de incentivo e, principalmente, pelos próprios artistas. MAC no século XXI - A era dos artistas mostra ao público, a partir do dia 20 de maio, às 11 horas, mais de 100 obras de artistas como Regina Silveira, João Loureiro, Luiz Braga, Iran do Espírito Santo, Sandra Cinto, Lucas Simões, Geórgia Kyriakakys, Hugo Curti, Felipe Cama, Albano Afonso, Julio Leite, Jonathas de Andrade, Deborah Paiva, Claudio Cretti, Andrea Brown, Vânia Mignone, Marepe e Paulo Whitaker, entre tantos outros.
A exposição completa o conjunto de mostras - ao lado de A Instauração do Moderno, Visões da Arte no Acervo do MAC USP 1900-2000 e Reserva em Obras - que o MAC USP organizou para permanecer em cartaz nos próximos cinco anos, colocando à disposição do público mais de 400 obras do acervo do Museu. Importante lembrar que um dos argumentos que levou o Museu a ocupar seu novo edifício no Ibirapuera foi justamente ter mais espaço para apresentar ao público uma parte maior de seu acervo.
Para organizar MAC no século XXI - A era dos artistas a curadoria escolheu evitar leituras fixas, levando em consideração a longa duração da exposição. “O partido escolhido, o da ocupação das obras no espaço respondendo a um percurso organizado pelo sobrenome do artista, tem o intuito de minimizar sentidos pré-estabelecidos de conexão ou evitar temas ou molduras teóricas prévias, para deixar que as obras adquiram o máximo de mobilidade conceitual”, diz Katia Canton, docente do MAC USP e curadora da exposição.
A exposição reflete o trabalho conjunto do curador com o artista, propondo uma curadoria quase invisível, que busca colocar o foco expositivo nas obras dos artistas. Não há prévias leituras ou percursos conceituais definidos. As obras se abrem para a exploração livre e às experiências de cada observador, que fará suas conexões e relações de identidade e alteridade, entre tantas conversas possíveis. “Trata-se de uma curadoria que assume a vontade de fazer emergir os significados polivalentes intrínsecos à obra de arte em suas relações com o outro e com os outros, em processos dinâmicos e incessantes. As conexões são fios móveis, que não param de passar”, conclui a curadora.