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abril 19, 2017
Manoel Veiga no MON, Curitiba
Museu Oscar Niemeyer recebe a exposição Matéria Escura de Manoel Veiga: uma série inédita de obras fotográficas impressas em tela.
O Museu Oscar Niemeyer (MON) realiza dia 16 de março, quinta, às 19 horas a mostra Matéria Escura, de Manoel Veiga, artista recifense radicado em São Paulo. Com curadoria de Galciani Neves, professora e pesquisadora no campo das artes visuais, a exposição conta com um conjunto de 33 imagens que tem como ponto de partida as pinturas de Caravaggio (1571-1610), que sempre foi grande referência para o artista.
A exposição é composta de fotografias impressas em tela dessa série mais recente de Manoel Veiga, que revisita as pinturas do mestre italiano eliminando as cores e apagando tudo menos os tecidos, como roupas e cortinas,com os quais Caravaggio construía suas cenas. O trabalho começou há seis anos pela obsessão de Veiga por essas obras-primas e que de várias maneiras se conectava com sua produção recente.
O título “Matéria Escura” refere-se a um novo tipo de matéria que não interage com a luz e que representa cerca de 84% do universo. Sua discretíssima presença é inferida pelo efeito gravitacional causado por essa matéria invisível sobre a matéria percebida pelos vários equipamentos de captação, radiotelescópios, etc. “Transpondo esse raciocínio para as imagens que compõem a série em questão,o análogo da matéria escura seriam os corpos, arquiteturas, etc,que são inferidos parcialmente pela curvatura dos tecidos”, explica Veiga.
Na abertura será lançado o livro sobre a trajetória do artista, editado pela Dardo da Espanha, com textos de David Barro, Agnaldo Farias, entre outros.
A mostra fica em cartaz no MON até o dia 11 de junho. A visitação pode ser feita de terça adomingo, das 10h às 18h e os ingressos custam R$12,00 e R$6,00 ( meia-entrada).
Manoel Veiga forma-se em Engenharia Eletrônica pela UFPE (1989), tendo sido bolsista do Depto. de Física por 3 anos. Trabalha em fábrica até dedicar-se às Artes Visuais (1994). Frequenta a Escolinha de Arte do Recife (1994-95) e trabalha sob a orientação de Gil Vicente (1995-97). Estuda na Escola Nacional Superior de Belas-Artes e na Escola do Louvre em Paris, França (1997). Participa de workshop em Nova York (1998). Em São Paulo, estuda História da Arte com Rodrigo Naves (1999), Leon Kossovitch (2000/01) e desenvolve estudos teóricos com Carlos Fajardo (1999-2002) e com Nuno Ramos (2000). Tem participado de exposições no Brasil e exterior, com obras em acervos de vários museus brasileiros.