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março 28, 2017
Gustavo Rezende na Marilia Razuk, São Paulo
Gustavo Rezende apresenta esculturas inéditas em exposição na Galeria Marília Razuk
A Galeria Marília Razuk recebe, a partir do dia 1º de abril, Trânsito, exposição do artista Gustavo Rezende. Sua terceira individual no espaço reúne cerca de 10 trabalhos, frutos de sua produção mais recente. São esculturas e aquarelas, animações e gravura.
É do duplo que se alimenta o trabalho do artista. Se em obras mais antigas ele se materializava formalmente, o duplo agora não se apresenta necessariamente como duplicidade de formas. A questão aqui é a relação dupla no existir, de ser indivíduo e estar no mundo, na complexidade de ser diferente e único, e ao mesmo tempo, ser igual aos outros. De se relacionar com os dramas, fábulas e ícones de um universo pessoal, e ter que encarar o cotidiano banal que nos cerca.
Nesse sentido, a mostra marca a noção de trânsito, de estar entre dois lugares, nem partindo, e nem chegando. São situações provisórias, que marcam passagens, repousos, ações e pequenos acontecimentos, como por exemplo a série de aquarelas que retratam pilhas de cerâmica.
A tradição presente na História da Arte, sempre foi um assunto reflexão na produção do artista Gustavo Rezende. Conceitualmente o trabalho do artista trata da história da arte, presta reverência a ela, ao mesmo tempo em que a descontrói. Em A gravura mais bonita do mundo, o artista reproduz o Mont Sainte-Victorie, a partir do estúdio de Paul Cézanne. Porém sua versão digital tem aparência serigráfica, cheia de contaminações do universo cotidiano, como transeuntes e placas de sinalização.
Gustavo Rezende é graduado em arquitetura pela Faculdade de Belas Artes, de São Paulo; mestrado pelo Goldsmith’s College, em Londres, e doutorado em Poéticas Visuais pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Desde os anos 1980, quando iniciou carreira, o artista teve seus trabalhos expostos em importantes instituições como o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ) e o Paço Imperial.
Em 2010, Gustavo recebeu o Prêmio de Aquisição da Pinacoteca do Estado com a obra A Passagem do Tempo e a Natureza do Amor. Em 2013, exibiu suas obras em Mergulho, uma exposição individual na mesma instituição, que teve curadoria de Ivo Mesquita.Atualmente, o Paço Imperial, no Rio de Janeiro, recebe a mostra Amor Sagrado, Amor Profano, mais uma individual curadoria de Douglas de Freitas.
Uma série de obras do artista compõe ainda coleções públicas e privadas. Dentre as públicas, merecem destaque as do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), do Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC-USP), da Pinacoteca do Estado de São Paulo e do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ).