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março 24, 2017
Coletiva Evoé celebra novo espaço da Amparo 60 no Recife
No próximo dia 25 de março, sábado, a Galeria Amparo 60 consagrará um novo momento na sua trajetória de quase 20 anos. Depois de anos ocupando o imóvel na Avenida Domingos Ferreira, a galeria está se mudando para o Edifício Califórnia, onde ocupará uma das sobrelojas, num movimento ligado a outros empreendedores que vão dar uma nova vida cultural ao local. Para marcar esse novo momento, a galerista Lúcia Costa Santos convidou o jovem curador Douglas de Freitas para pensar uma exposição comemorativa que marcasse essa nova etapa. Ele concebeu a mostra Evoé, cujo vernissage acontece durante a inauguração da Amparo 60 Califórnia, a partir das 17h, só para convidados.
Segundo o curador, a proposta da exposição é reunir todos os artistas do casting encontrando os pontos de intersecção entre seus trabalhamos e tendo como fio condutor essa ideia de celebração, saudação, ligada ao termo evoé. O curador esteve no Recife durante alguns dias em fevereiro, visitou ateliês, se encantou com as manifestações carnavalescas, e trouxe para dentro da exposição o olhar dos artistas sobre a visualidade da cidade e como eles lidam com as questões urbanas, algo tão presente nos debates atuais. “A escolha das obras para a exposição busca trazer um pouco a atmosfera do Recife, um modo de ver e viver a cidade entre suas belezas e contradições”, diz o curador Douglas de Freitas. No total, estão reunidas na mostra obras de 35 artistas, todos eles do casting da galeria. O pintor pernambucano Rodolfo Mesquista, falecido em fevereiro de 2016 e que fazia parte do casting, é o homenageado. Durante o vernissage, precisamente às 19h, Paulo Bruscky deve apresentar a performance Arteatro (Peça em 1 ato, 1977-2016) .
Apesar de ocupar o espaço da Avenida Domingos Ferreira desde 1996, Lúcia Costa Santos conta que considera a exposição de Eudes Mota, realizada em 1998, como o marco inicial da Amparo 60 como galeria de arte. Anteriormente, ela havia funcionado como antiquário, loja de móveis, objetos raros e de arte popular, na casa de número 60, na Rua do Amparo, em Olinda – de onde veio seu nome, que agora ganhou o adicional Califórnia. A galerista acredita que esse novo espaço vai conseguir integrá-la ainda mais à cidade e aos mais diversos públicos. “Teremos um espaço mais enxuto, porém com um maior diálogo com a cidade, num ponto onde circulam mais pessoas. O projeto arquitetônico é mais moderno e prático, facilitando o funcionamento diário da galeria. Vamos agregar cultura e arte num espaço interessante do Recife”, diz.
O evento do próximo dia 25 acontece em parceria com os outros empreendedores do Edifício Califórnia e deve entrar pela noite. Às 17h, as portas da galeria estarão abertas para a visitação da exposição, seguida pela performance de Paulo Bruscky.