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março 10, 2017
Gustavo Rezende no Paço Imperial, Rio de Janeiro
O Paço Imperial recebe a partir de 16 de março de 2017 a exposição Amor Sagrado Amor Profano, individual do artista Gustavo Rezende, com curadoria de Douglas de Freitas.
A mostra apresenta uma seleção de aproximadamente 25 obras, incluindo trabalhos recentes e inéditos, que traçam um panorama da produção recende do artista, possibilitando ao espectador assistir, refletir e produzir novos olhares sobre a obra. Encontram-se na exposição obras de distintas fases e períodos, que exploram a diversidade de linguagens da produção de Gustavo, com esculturas, animações, aquarelas, entre outras.
Segundo o artista “a exposição se beneficia das qualidades da edificação do Paço Imperial, trazendo à luz aspectos da minha obra, e da própria arquitetura, sem ser um trabalho especifico para o lugar, mas que cria um tangenciamento,comunga obra e espaço”.
De modo geral, a seleção das obras ressalta a relação do indivíduo, onde a imagem do artista se rebate em diferentes personagens, onde realidade e ficção confundem.
Ao mesmo tempo, a série de animações inéditas, onde passantes caminham cruzando a parede do museu; e as aquarelas também inéditas, onde o artista registra uma série de xícaras empilhadas, exploram a relação do indivíduo no mundo, onde todos são únicos, mas também são apenas mais um.
Há também na obra do artista o cruzamento entre história e tradição da Arte com o universo banal do cotidiano, onde fatos, procedimentos e elementos históricos são apropriados e misturados a elementos do cotidiano, onde tributo e humor se confundem.
Gustavo Rezende, Passa Vinte, MG, 1960, Vive e trabalha em São Paulo
Em 1984, forma-se na Faculdade de Belas-Artes, em São Paulo, e realiza sua primeira exposição individual na Pinacoteca do Estado, São Paulo: Paisagens Urbanas. Até o final da década de 80, participa de várias exposições coletivas no Brasil e no exterior e é convidado para mostras individuais no MAC-USP, onde apresenta uma instalação, e na Galeria Funarte. Integra também, em 1991, a Bienal de Havana e o Panorama da Arte Atual Brasileira, organizado pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). Em 1993, recebe o Prêmio British Council Fellowship. No ano seguinte, com bolsa para estadia de um ano, é convidado para o programa de mestrado do Goldsmiths College, em Londres (Inglaterra), com o patrocínio do Conselho Britânico de São Paulo. Em Londres participa de exposições coletivas na Chisenhale Gallery e na Mall Galleries. Em 1995, de volta ao Brasil, apresenta no MAM SP as esculturas criadas e produzidas no Goldsmith College, que hoje integram o acervo da Pinacoteca do Estado. Em 1999 integra, mais uma vez, o Panorama da Arte Brasileira com O Paradoxo de Thompson Clark e os Pesadelos de Mark. Em 2000 ganha a Bolsa Vitae de Artes com o projeto A Gratidão do Reencontro. Em 2004 conclui o doutorado na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Em 2006, permanece por seis meses em Paris como artista residente na Cité Internationale des Arts/Estúdio Faap. Em 2013, a Pinacoteca do Estado organiza uma exposição individual de Gustavo Rezende, com curadoria de Ivo Mesquita.
Sua obra participa de importantes coleções públicas como: Centro Cultural Candido Mendes (Rio de Janeiro), Instituto Figueiredo Ferraz (Ribeirão Preto), Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (São Paulo), Museu de Arte Moderna de São Paulo (São Paulo), Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro/Coleção Gilberto Chateaubriand (Rio de Janeiro), Novo Museu dos Açores (Portugal).