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março 8, 2017
Dora Longo Bahia na Vermelho, São Paulo
Na sala principal da Vermelho será montada a instalação Cinzas, construída a partir de ruinas de carros alegóricos do carnaval de 2016.
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No hall de entrada, a artista cede parte de sua exposição para seus alunos, que montarão um estúdio na galeria, produzindo trabalhos cotidianamente.
Tendo a educação como parte de sua prática artística, Longo Bahia mantém um grupo de estudos rotativo em sua residência desde 1999. O Depois do fim da arte é formado por estudantes de diversas áreas e faculdades e por jovens artistas. Os participantes têm como prática discutir assuntos de diversas disciplinas como arte, filosofia, política e arquitetura, sempre sob a orientação de Longo Bahia. Dora já incluiu o grupo de estudantes em diversas exposições, incluindo a 28ª Bienal de São Paulo, quando cedeu parte de sua participação para a Anarcademia (antigo nome do grupo).
A mesma prática foi levada pela artista para a exposição sobre a Avenida Paulista, que o MASP organiza entre 16 de fevereiro e 28 de maio de 2017. Lá, o grupo ocupa um dos auditórios do museu com um cineclube semanal. Parte do material do cineclube será produzido pelo Depois do fim da arte no território criado por eles na Vermelho. Para ambos os projetos – na Vermelho e no MASP – Longo Bahia dividiu a coordenação do grupo com Renata Pedrosa.
Além da instalação na sala principal da galeria e da participação de Depois do fim da arte, Longo Bahia apresenta duas novas séries de trabalho e uma intervenção na fachada da Vermelho.
Pinturas
A artista selecionou pinturas de diferentes momentos de sua carreira para serem cobertas pela mesma tinta cinza que vem sendo utilizada pela prefeitura para cobrir a arte urbana pela cidade de São Paulo. Seis pinturas receberam uma camada de tinta cinza concreto, impedindo a apreciação das pinturas anteriores que ocupavam as telas.
Olimpiadas
Para Olimpiadas, Longo Bahia colecionou jornais da época das olimpíadas no Brasil e pintou sobre cada primeira página a imagem de um palhaço. São 48 pinturas, feitas sobre capas de três jornais diferentes durante 16 dias consecutivos de cobertura jornalística em torno do evento. É possível notar nas primeiras páginas desses jornais um atrito entre a cobertura das olimpíadas e da crise política brasileira. Longo Bahia tece um comentário a respeito da jocosidade – vista por muitos como uma piada de mau gosto – de se receber um evento das proporções e custos das olímpiadas, que, de certa forma, também é voltada ao entretenimento global e de massa, durante uma das maiores crises políticas da história do país.
Fachada
Na fachada da Vermelho, Longo Bahia realiza uma grande pintura que tem como fundo a mesma tinta cinza utilizada nas pinturas, com um dos palhaços de Olimpiadas aplicado por cima. A intervenção ganha mais uma camada de leitura quando lembramos que sobre a parede de 109m² da fachada da galeria já foram apresentados mais de 90 intervenções de diversos artistas.
Depois do fim da arte
ainda não
ainda não é uma proposta de ocupação do espaço da Galeria Vermelho pelo grupo de pesquisa Depois do Fim da Arte, formado por artistas, pesquisadores e estudantes de artes e cinema, e orientado por Dora Longo Bahia e Renata Pedrosa.
O grupo propõe construir um espaço de produção de trabalhos, cujo objetivo é refletir, através da prática e do debate, o lugar da arte no horizonte histórico, social e político atual. A proposta caracteriza-se como um lugar de ações temporárias, cujo desenvolvimento se dá ao longo do tempo e em um espaço aberto, tornando público os erros e acertos das propostas do grupo, bem como exercitando uma lógica colaborativa de trabalho.
Com: Andrés Suárez, Bruno Ferreira, Bruno Storni, Celso Nino, Felipe Salem, Francisco Miguez, Frederico Ravióli, Ilê Sartuzi, Isabella Rjeille, João Gonçalves, Lahayda Dreger, Marina D’Império, Pedro Andrada, Renato Maretti, Talita Hoffmann, Tomas Irici e Victor Maia.
Para a ocupação do grupo de Dora Longo Bahia, a Vermelho conta mais uma vez com o apoio da Epson. A parceria entre as duas empresas já pode ser vista algumas vezes na galeria, como na exposição Um, Nenhum, Muitos, de Carmela Gross e na Sala Antonio - o cinema da Vermelho - que conta com a tecnologia de projeção Epson.
A Epson, conhecida mundialmente pela qualidade de suas impressoras fotográficas, apresenta na Vermelho algumas de suas soluções profissionais de imagem: as impressoras SureColor® P800 e P7000, que oferecem excelente desempenho e qualidade de impressão profissional. A SureColor® P800, uma impressora de 17 polegadas, apresenta um adaptador de rolo de papel opcional de 43 cm, ideal para pinturas e gravuras em formato panorâmico até 3 metros. Junto com os nove cartuchos, este modelo é projetado para uso profissional em casa ou no estúdio. A SureColor P7000, de 24 polegadas, inclui um conjunto de tintas UltraChrome® HD com 10 cores, ideal para designers gráficos, fotógrafos, casas de reprodução e obras de arte. Finalmente, o scanner Perfection V800 Photo, com resolução de 4800 x 6400 dpi. garante cores precisas e detalhes nítidos na digitalização de fotos, negativos e slides para arquivo ou reprodução.
The main room of Galeria Vermelho will present the installation Cinzas, built on the basis of the ruins of parade floats used in the 2016 Carnival.
In the entrance hall, the artist is ceding part of her exhibition to her students, who will set up a printing press atelier in the gallery, producing artworks daily.
Taking education as part of her artistic practice, Longo Bahia has been maintaining a rotating study group in her residence since 1999, which currently is called Depois do fim da arte and is made up of students from different colleges and areas, along with young artists. The participants get together to discuss subjects concerning different disciplines such as art, philosophy, politics and architecture, always under Longo Bahia’s orientation. Dora has already included the group of students in various exhibitions, including the 28th Bienal de São Paulo, when she ceded part of her participation to Anarcademia (the group’s former name).
The artist is bringing the same group to the exhibition about Avenida Paulista being held by MASP from February 16 through May 28, 2017. There, the group is occupying one of the museum’s auditoriums with a weekly cineclub. Part of the material of the cineclub will be produced by Depois do Fim da Arte in the territory created by them at Galeria Vermelho. For both projects – at Vermelho and MASP – Longo Bahia is sharing the coordination of the group with Renata Pedrosa.
Besides the installation in the gallery’s main room and the participation of Depois do Fim da Arte, Longo Bahia is presenting two new series of works and an intervention on Galeria Vermelho’s facade.
Paintings
The artist selected paintings from different moments of her career to be covered with the same gray paint that the city government has been using to cover the urban art around the city of São Paulo. Six paintings will receive a layer of concrete-gray paint, preventing the appreciation of the works that formerly occupied the canvases.
Olimpiadas
For Olimpiadas [a play on the words Olympics and gag] Longo Bahia collected newspapers from the time of the Olympics in Brazil and painted the image of a clown on each front page. There are 48 paintings, made on the front pages of three different newspapers from 16 consecutive days of journalistic coverage concerning the event. On the first pages of these newspapers one can note a clashing between the coverage of the Olympics and of the Brazilian political crisis. Longo Bahia weaves a commentary in regard to the ironic humor, seen by many as a bad joke, of hosting an event of the size and cost of the Olympics – which, in a certain way, is also concerned with global and mass entertainment – during one of the biggest political crises in the country’s history.
Fachada [Façade]
On Galeria Vermelho’s façade, Longo Bahia made a large painting whose background is the same gray paint used in the paintings, with one of the clowns of Olimpiadas applied over it. The intervention gains yet another layer of reading when we recall that the gallery’s 105-square-meter façade has already held more than 90 interventions by different artists.
Depois do fim da arte
ainda não
ainda não [not yet] is a proposal for occupying the space of Galeria Vermelho by the research group Depois do Fim da Arte, made up of artists, researchers and students of visual arts and cinema, oriented by Dora Longo Bahia and Renata Pedrosa.
The group proposes to construct a space for the production of artworks, which through debate and the practice of art will reflect on the place of art in the current political, social and historical juncture. This proposal aims to be a place for temporary actions, whose development will take place over time and in an open space, allowing the public to see the hits and misses of the group’s proposals, while also exercising a collaborative work logic.
With: Andrés Suárez, Bruno Ferreira, Bruno Storni, Celso Nino, Felipe Salem, Francisco Miguez, Frederico Ravióli, Ilê Sartuzi, Isabella Rjeille, João Gonçalves, Lahayda Dreger, Marina D’Império, Pedro Andrada, Renato Maretti, Talita Hoffmann, Tomas Irici and Victor Maia.
For the occupation of Dora Longo Bahia’s study group, Vermelho counts once again with the support of Epson. The partnership between the two companies has materialized a few times in the gallery, as in the exhibition Um, Nenhum, Muitos (One, None, Many), by Carmela Gross and in the Sala Antonio – Vermelho’s cinema - which features Epson projection technology.
Epson, known worldwide for the quality of its photo printers, presents some of its professional image solutions at Vermelho: SureColor® P800 and P7000 printers, which offer excellent performance and professional print quality. The SureColor® P800, a 17-inch printer, features an optional 43cm paper roll adapter, ideal for paintings and prints in widescreen up to 3 meters. Along with the nine cartridges, this model is designed for professional use at home or in the studio. The SureColor P7000, 24-inch, includes a set of 10-color UltraChrome® HD inks, ideal for graphic designers, photographers, resproduction works and fine art. Finally, the Perfection V800 Photo scanner, with a resolution of 4800 x 6400 dpi ensures accurate color and sharp detail when scanning photos, negatives, and slides for files or for playback.