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dezembro 16, 2016
Edith Derdyk na Mezanino, São Paulo
Edith Derdyk toma a Galeria Mezanino com a instalação ‘Dos Caminhos que se Bifurcam’
Realização do site-specifc conta com ajuda de duas performers
A artista plástica Edith Derdyk apresenta a instalação Dos Caminhos que se Bifurcam no dia 26 de novembro de 2016 (sábado), a partir das 11h, na Galeria Mezanino, em Pinheiros, em São Paulo. Com texto crítico do poeta/artista Arturo Gamero, a mostra - que conta com a colaboração das performers Luanna Jimenes e Melina Furquim, fica em cartaz até 20 de dezembro de 2016. Paralelamente, acontece uma coletiva de pequenos formatos do acervo.
Composta por cerca de 60 mil metros de linhas brancas de algodão, 4 mil pregos enferrujados e alfinetes dourados e pedaços de carvão, a montagem da instalação começa semanas antes, como uma ação coreográfica/performática (entre as três artistas) e estará aberto ao público, fazendo parte integrante da mostra, que encerra as atividades do ano na Galeria Mezanino. A artista teve recentemente uma obra incorporada ao acervo do Museu de Arte do Rio - MAR, durante a feira ArtRio 2016.
Temporalidade distinta
As linhas brancas se entrecruzam pela superfície da parede entre os pregos enferrujados – os alfinetes permanecem vazios. As linhas serão estendidas pelo espaço, algumas tesas e outras curvas, de parede a parede, aproveitando o pé direito alto do espaço expositivo da Galeria. A trama de linhas brancas suspensas no ar geram uma espécie de névoa quase inexistente num primeiro olhar, porém a trama construída do entrecruzamento intenso dos elementos usados geram distintas sensações de temporalidade distintas: entre algo mais etéreo e algo mais condensado, entre o invisível e o matérico, entre uma teia tecida ao acaso e a lógica invisível das forças, vetores, ritmos e tensões que as linhas delineiam no espaço.
Inspiração
A imagem que motiva a instalação parte do conto do escritor argentino Jorge Luis Borges (‘O jardim das veredas que se bifurcam’) e também a mitologia grega das Moiras - as três irmãs que determinavam o destino, tanto dos deuses, quanto dos seres humanos, responsáveis por fabricar, tecer e cortar aquilo que seria o fio da vida de todos os indivíduos.
Edith Derdyk nasceu em 1955, em São Paulo (SP), onde vive e trabalha atualmente. Tem realizado exposições coletivas e individuais desde 1981 no Brasil (Museu de Arte Moderna- SP e RJ; Pinacoteca do Estado de São Paulo, Centro Cultural Banco do Brasil-RJ; Museu de Arte de São Paulo, Centro Cultural São Paulo, Instituto Tomie Ohtake, entre outras) e no exterior (México, EUA, Alemanha, Dinamarca, Colômbia, Espanha, França). Tem obras em coleções públicas como MAC-USP. Fundação Padre Anchieta. TV Cultura. São Paulo; Câmara Municipal de Piracicaba; Museu de Arte de Brasília/MAB; Museu de Arte Moderna de São Paulo/MAM; Secretaria Municipal da Cultura – Santos; Museu de Arte de Santa Catarina/MASC; Museu de Arte Moderna da Bahia; Casa das Onze Janelas - Belém/Pará; Pinacoteca Municipal – Centro Cultural São Paulo; Pinacoteca do Estado de São Paulo;Casa de Cultura Judaica_Biblioteca José Mindlin
Autora de inúmeros livros como ‘Entre ser um e ser mil – o objeto livro e suas poéticas’ (organizadora)_Senac; ‘Disegno.Desenho.Desígnio(antologia)_Senac; Linhas de Horizonte’_Ed.Escuta; ‘Linha de Costura_C/Arte’; ‘Formas de pensar o desenho’_Ed.Zouk e ‘O desenho da figura humana’ Ed.Scipione. entre outros. Também atua como educadora (Instituto Tomie Ohtake, Centro Cultural o_barco, Intermeios) e autora /ilustradora de vários livros infantis e letrista de algumas canções do Palavra Cantada (Pomar, Ora Bolas, Rato, O que é o que é, Trilhares e outras).