|
novembro 17, 2016
Mayana Redin na Silvia Cintra + Box 4, Rio de Janeiro
Arquivo Escuro, a primeira individual de Mayana na galeria, conta com uma seleção de trabalhos feitos entre 2015 e 2016. Através de objetos, vídeos, fotografias e instalação a artista propõe ao espectador uma experiência de escuridão, seja a partir de imagens apropriadas ou construídas.
A pesquisa de Mayana passa pela cosmologia e as possíveis relações entre ela e a vida terrestre, o nosso cotidiano. Em trabalhos como Canhão e Sol, vídeos de fenômenos celestes como um trânsito solar e um eclipse são veiculados em televisores de tubo que servem como fonte de emissão de luz. Já em Dobra e Pão, páginas e livros inteiros de astrologia são usados como suporte de ações simples, como dobrar e amassar, para interferir diretamente na massa de pão e na argila.
O trabalho Cosmonauta e Astronauta justapõe as biografias foto-documentadas de duas mulheres que viajaram para o espaço sideral entre os anos 60 e 80. Através de um carrossel de slides, vemos claramente como essas imagens foram “produzidas” para vender uma idéia de futuro e progresso mesmo com intervalo de duas décadas entre elas.
Arquivo Escuro, a obra que dá título à mostra, é uma projeção em tempo real de um arquivo de texto de computador que vai sendo escurecido através de uma tecla apertada ininterruptamente, construindo assim um grande arquivo negro a ser impresso no fim do período da exposição.
Mayana Redin nasceu em Campinas em 1984 e vive no Rio de Janeiro, onde também é professora de artes visuais da UFRJ. Mayana participou da 8º Bienal do Mercosul e fez parte da mostra Imagine Brazil que passou pela Noruega, França, Qatar, Canadá e terminou no Tomie Ohtake em São Paulo. Em 2015 Mayana foi a vencedora do prêmio ICCO/SP-Arte e como parte da premiação participou da residência FLORA na Colômbia.