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outubro 17, 2016
Zip'Up: Diana Motta na Zipper, São Paulo
A próxima edição do projeto Zip’Up abriga a individual And listen to the wind blow, da paulistana Diana Motta. Na exposição, a artista exibe trabalhos que manifestam como a abordagem pictórica orienta sua produção visual, em pinturas com motivos femininos e referências ao universo pop. Mesmo o vídeo e a colagem inseridos na mostra têm como ponto de partida a pintura. A curadoria é de Mario Gioia, que também coordena o Zip’Up.
Nos trabalhos figurativos, a artista investiga a pertinência do autorretrato em tempos de selfies, em que a autoimagem e sua veiculação exaustiva por redes de diversos âmbitos dão a esse tipo de fotografia um novo status. Já nos abstratos, em que Diana experimenta grandes formatos que misturam tinta à óleo e spray sobre tela, as transparências de diversas matizes no campo pictórico provocam uma ideia de imersão. “Penso nas telas grandes com um cenário, um lugar para se entrar”, afirma.
Diana Motta (São Paulo, 1985) tem na pintura a principal linguagem de sua produção plástica, mas esta pode se manifestar por outros meios, como o vídeo, o desenho, a fotografia, a colagem e o objeto. Principais exposições individuais: “Passagens”, MuBE, São Paulo, SP, 2014; “Sobre O Segredo”, Galeria Antônio Sibasolly, Anápolis, GO, 2014. Principais exposições coletivas: Sauna Mixta - Desapê / Residência Capacete, São Paulo, SP (2016); 47° Salão de Arte Contempôranea de Piracicaba, SP (2015); 23º Salão Curitibano de Artes Visuais, Curitiba, PR (2014); VII Salão de Artes Plásticas de São José do Rio Preto, SP (2014); IV Salão SINAP (CIA das Artes), São Paulo, SP (2014); 20 Salão de Artes Plásticas de Praia Grande, SP (2013). Prêmios: Melhor Obra do Salão IV Salão Internacional de Artes Plásticas SINAP/AIAP, São Paulo, SP, 2014.
Mario Gioia (São Paulo, 1974), curador independente, é graduado pela ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo) e faz parte do grupo de críticos do Paço das Artes desde 2011, instituição na qual fez o acompanhamento crítico de Luz Vermelha (2015), de Fabio Flaks, Black Market (2012), de Paulo Almeida, e A Riscar (2011), de Daniela Seixas, além do acompanhamento crítico da coletiva Ateliê Fidalga no Paço das Artes (2010). Foi crítico convidado de 2013 a 2015 do Programa de Exposições do CCSP (Centro Cultural São Paulo) e fez, na mesma instituição, parte do grupo de críticos do Programa de Fotografia 2012. Em 2015, no CCSP, fez a curadoria de Ter lugar para ser, coletiva com 12 artistas sobre as relações entre arquitetura e artes visuais. Já fez a curadoria de exposições em cidades como Brasília (Decifrações, Espaço Ecco, 2014), Porto Alegre (Ao Sul, Paisagens, Bolsa de Arte, 2013) e Rio de Janeiro (Arcádia, CGaleria, 2016). É colaborador de periódicos de artes como Select e foi repórter e redator de artes visuais e arquitetura da Folha de S.Paulo de 2005 a 2009. Em 2016, coordena pelo sexto ano o projeto Zip'Up, na Zipper Galeria, destinado à exibição de novos artistas e projetos inéditos de curadoria.