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agosto 13, 2016
MAM lança catálogo da mostra Clube da Gravura: 30 anos com mesa redonda sobre a produção gravurista no Brasil
Participam do debate, aberto ao público, o curador Cauê Alves, a gravurista Maria Perez Sola, a artista Regina Silveira e o arquiteto e colecionador René Fernandes
No sábado (13/8), a partir das 10h30, o Museu de Arte Moderna de São Paulo realiza debate sobre a importância da gravura no país, com discussão sobre as técnicas utilizadas, os limites da linguagem, a produção nacional e o colecionismo contemporâneo. O evento também marca o lançamento do catálogo da mostra Clube da Gravura: 30 anos, em cartaz até 21 de agosto, que exibe mais de 170 obras produzidas em três décadas por artistas de variados perfis e gerações dentro do Clube de Colecionadores de Gravura do museu. No debate, a gravurista Maria Perez Sola, a artista Regina Silveira e o arquiteto e colecionador René Fernandes discutem, sob mediação do curador Cauê Alves, as origens, as propostas iniciais e as várias transformações e orientações pelas quais o Clube da Gravura já passou.
Os Clubes de Colecionadores do MAM têm o objetivo de incentivar o colecionismo brasileiro ao permitir que um grande número de interessados possa se associar, anualmente, e adquirir trabalhos de arte desenvolvidos por artistas convidados. A cada ano, os curadores elegem cinco artistas de peso no cenário nacional para criarem as obras em tiragens de 100 exemplares para serem entregues, exclusivamente, aos associados com certificado de autenticidade e chancelados pela curadoria do museu. Esses trabalhos também ganham lugar no acervo, o que, além de fomentar o colecionismo particular, amplia o acervo do MAM.
Sob a gestão de Cauê Alves, nos últimos dez anos, o Clube da Gravura realizou ações para divulgar e refletir sobre a coleção de gravuras do museu. A proposta da curadoria foi a de continuar com nomes consagrados ao lado de apostas, além de dar espaço para artistas reconhecidos no circuito, mas que não tenham ligação com a gravura. Na história do Clube, nunca houve uma linha que privilegiasse uma tendência específica e já foram apresentadas produções do calibre de Ernesto Neto, Beatriz Milhazes, Rivane Neuenschwander, Nino Cais, Nelson Leirner, Cildo Meireles, Paulo Bruscky, Waltercio Caldas, entre muitos outros.
Atualmente, há vagas para sócios no Clube de Colecionadores de Gravura, com curadoria de Cauê Alves que selecionou para este ano nomes relevantes da arte nacional como Lenora de Barros, Brígida Baltar, Cristiano Lenhardt e Nelson Felix, e para o Clube de Colecionadores de Fotografia, sob regência de Eder Chiodetto que apostou em nomes com sólido prestígio na área como Geraldo de Barros (já falecido), Miguel Rio Branco, Yuri Firmeza, Luiza Baldan e Walda Marques.
Nos Clubes de Colecionadores do MAM, os sócios recebem, a cada ano, cinco obras especialmente criadas por nomes prestigiados e selecionados pelos curadores responsáveis em conjunto com a curadoria do museu, o que confere credibilidade à aquisição. As obras são produzidas em tiragens de 100 exemplares, que são entregues aos sócios com certificado de autenticidade. Para participar do Clube de Gravura ou de Fotografia, os interessados se associam anualmente a um deles e, no final do ano, recebem as cinco gravuras ou as cinco fotografias.