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julho 25, 2016
Fabrício Lopez na Marilia Razuk, São Paulo
A Galeria Marilia Razuk apresenta a partir de 27 de julho a exposição Yamatãma – o antitrauma de Fabrício Lopez. Esta mostra reúne trabalhos inéditos e recentes do artista, incluindo cinco xilogravuras em grande formato, duas matrizes pintadas e uma série de desenhos à nanquim sobre acetato.
O título Yamatãma, neologismo criado pela filha do artista, é uma evocação a cura, uma palavra profética e misteriosa com poderes específicos. A palavra foi apropriada dos desenhos dela e utilizada pela sonoridade que evoca, nomeando uma série de trabalhos inéditos.
Em sua segunda individual na galeria, Fabrício recria fragmentos de paisagens, frutos de situações pessoais vividas nos últimos três anos. Sua produção atual revela o interesse crescente pelo caráter pictórico das imagens produzidas em xilogravura onde o papel impresso e a matriz desdobram-se em peças autônomas e únicas.
Ao explorar o repertório de matrizes em diversas impressões, diante de um uso quase indiscriminado da cor, a madeira gravada adquire um sentido próprio, determinando um esgotamento de sua função e passando a servir como novo plano para uma possível pintura. Conjuga cor e o próprio desenho gravado na superfície da matéria, unindo resquícios de impressões em aplicações direta de tinta com o rolo de borracha.
Já as imagens impressas surgem sem um programa de impressão pré-estabelecido fazendo com que a ordenação das diversas informações vindas de matrizes seja laboriosa: do desenho à transferência para madeira, a gravação e posteriormente a impressão. A cor atua como elemento narrativo e combinatório entre os planos.
Da forma como trabalha, aliando a grande escala ao gesto alargado do corte da madeira, Fabrício dá a xilogravura - uma das mais antigas linguagens artísticas- uma nova perspectiva.
Fabrício Lopez vive e trabalha em Santos e São Paulo. Mestre em poéticas visuais pela ECA – USP sob orientação de Claudio Mubarac, é membro fundador da Associação Cultural Jatobá – AJA e do Ateliê Espaço Coringa, que entre 1998 e 2009 produziu ações coletivas como: exposições, publicações, vídeos, aulas, intercâmbios e residências artísticas.
Participou de diversas exposições coletivas dentre elas: Clube de Gravura: 30 anos – Museu de Arte Moderna de São Paulo, Uma Coleção Particular – Arte Contemporânea no Acervo da Pinacoteca – Pinacoteca do Estado de São Paulo, Gravure Extreme – Europalia, Trilhas do Desejo – Rumos Itaú Cultural, X Bienal de Santos (1° prêmio), Novas Gravuras – Cité Internationale des Arts / Paris – FR, XIII Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira – Portugal e Arte Contemporânea no Acervo Municipal – Centro Cultural S. Paulo. Participou do Encontro Panamericano de Xilogravura em Trois Riviérès, no Canadá, de residência como artista convidado do Atelier Engramme na cidade do Québec e no CRAC (Centro de Residências para Artistas Contemporâneos) em Valparaíso no Chile como prêmio do Programa Itaú Cultural.
Realizou exposições individuais no Sesc Carmo, São Paulo, Centro Universitário Maria Antonia, na Estação Pinacoteca – SP e no Centro Cultural São Paulo, integra os acervos públicos da Pinacoteca Municipal e do Estado de São Paulo, Casa do Olhar – Santo André, Secretaria Municipal de Cultura de Santos e do Ministério das Relações Exteriores com o 1° prêmio para obras em papel do programa de aquisições do Itamaraty.