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junho 11, 2016
Leandro Erlich + Regina Silveira na Luciana Brito, São Paulo
A Luciana Brito Galeria apresenta a partir do dia 11 de junho, sábado, às 12h, a exposição Tramados, individual da artista Regina Silveira. A mostra permanece em cartaz até 13 de agosto e inaugura a programação de individuais do novo espaço expositivo - uma casa modernista projetada por Rino Levi e com paisagismo de Burle Marx, construída nos anos 1950 na Avenida Nove de Julho. Em paralelo, a galeria apresenta, também, Blind Window, uma instalação inédita do artista portenho Leandro Erlich.
Regina Silveira dá continuidade à sua pesquisa sobre a exploração de modos de codificação de imagens como ferramenta para criação de trabalhos irônicos e lúdicos, acontecimento que problematizam o status de simulacro conferido à representação na contemporaneidade.
Em sua quinta individual na Luciana Brito Galeria, a imagem de céu azul codificada em ponto cruz – já presente em obras públicas como Tramazul, exposta em 2010 no MASP e exposições como El sueño de Mirra y otras constelaciones, apresentada em 2014 no Museo Amparo – é mobilizada em uma instalação inédita, Dreaming of Blue. Composta por peças modulares de grandes dimensões produzidas em cerâmica, o trabalho segue à intervenção homônima atualmente apresentada em uma fachada da ilha de Ogijima, no Japão, no contexto da Trienal de Setouchi.
A mostra tem como complemento um conjunto de desenhos preparatórios históricos relativos a obras realizadas nas décadas de 1980 e 1990. A exibição desses desenhos permite um passeio pela ampla trajetória da artista e possibilita o contato com o seu processo de trabalho, da concepção à realização.
Paralelo à individual de Regina Silveira, Luciana Brito Galeria apresenta na sala da casa - living, a obra Blind Window, uma instalação inédita do artista Leandro Erlich. A peça, composta por uma parede de vidro onde se encontra uma janela completamente fechada por tijolos, ganha novas camadas interpretativas: a casa que agora abriga a galeria pertence à série de residências intimistas de Rino Levi, em que a paisagem era trazida para o interior do espaço doméstico, revertendo a ideia de “vista” e aproximando a contemplação da interioridade.
Ainda durante o mês de junho, Leandro Erlich apresenta uma grande instalação no Shopping Iguatemi, inaugurando um programa de exposições com curadoria de Marcello Dantas no espaço. Em julho, o artista estará no Rio de Janeiro para a inauguração da obra que produziu para os Jogos Olímpicos.
Regina Silveira nasceu em Porto Alegre, Brasil, em 1939. Possui bacharelado em artes plásticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e mestrado e doutorado pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, em cujo Departamento de Arte lecionou durante muitos anos. Na década de 70, começou a usar imagens apropriadas em suas impressões. Também foi pioneira da videoarte no Brasil. Além de ter realizado diversas exposições individuais por todo o mundo, participou de três edições da Bienal de Havana e da Bienal de São Paulo, da 2a Bienal do Mercosul, da 6a Bienal de Taipei, da Trienal de Setouchi no Japão (2016), entre muitas outras. Seu trabalho faz parte das coleções da Foundation for Contemporary Performance Arts, em Nova York, do Centro de Arte Contemporânea Inhotim, do Museo de Arte Moderno de Buenos Aires, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, Museu de Arte de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Pinacoteca do Estado de São Paulo e do MoMA, em Nova York, entre outras. Em 2013, Regina Silveira ganhou o Prêmio MASP, por sua significativa trajetória como artista.
Leandro Erlich, nascido em Buenos Aires em 1973, é autor de uma obra que mescla as linguagens da fotografia, instalação e performance. Sua primeira exposição individual aconteceu no Centro Cultural Recoleta, em Buenos Aires, em 1991. Em 1997, Erlich integrou a 1ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, e dois anos depois realizou individuais na Kent Gallery, Nova York, e na Rain Moody Gallery, em Houston. Em 2000 participou da Bienal de Havana, Cuba, e da Whitney Biennial, em Nova York. Em 2001 apresentou trabalhos na Bienal de Istambul, Turquia, e na Bienal de Veneza. Em 2015, o artista fez parte da exposição coletiva “Invento | As Revoluções que nos Inventaram”, na Oca do Ibirapuera, em São Paulo, Brasil. Entre os acervos que sua obra integra estão: 21st Century Museum of Art Kanazawa, Japão; Cisneros Fontanals Art Foundation; Musee d’Art Moderne de Paris; Museo d’Arte Contemporanea di Roma; Museo de Arte Moderno de Buenos Aires; Museum of Fine Arts, Houston, EUA; Daros-Latinamerica, Zurique, Suíça; Fond National d'Art Contemporain de France; e Tate Modern. O artista vive e trabalha entre Buenos Aires e Paris.