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maio 30, 2016
Jorge Macchi na Luisa Strina, São Paulo
Galeria Luisa Strina apresenta a exposição individual de Jorge Macchi, intitulada História Natural. Macchi nasceu em Buenos Aires (1963), onde vive e trabalha.
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Característica marcante de sua trajetória é a de ser multidisciplinar e multimídia, envolvendo trabalhos com técnicas desde desenho, pintura e aquarela; passando por texto, escultura, objeto, música, vídeo, fotografia, colagem, obras com luz, recorte, livro de artista, gravura, arquitetura, paisagismo; até chegar em instalações.
A exposição está estruturada ao redor de duas grandes instalações: Aqui e Projeção.
A primeira delas, Aqui, consiste em uma pesada cruz de ferro que marca no espaço expositivo a localização precisa da galeria segundo coordenadas GPS e sua orientação de acordo com os pontos cardeais. A aparente fragilidade e invisibilidade dos dados e dos sistemas adquirem em Aqui materialidade e peso.
Projeção abre a exposição com uma parede autoportante, como as que são utilizadas em exposições para subdividir espaços. Nesse caso, porém, a parede está em uma posição de desequilíbrio, oblíqua, mantida nesta posição por uma série de 60 tensores que partem de um projetor de cimento instalado próximo ao teto da galeria. A imaterialidade da luz se torna gráfica e se materializa através dos tensores que colocam em cena uma situação de atração e rejeição.
O trabalho que intitula a mostra, História Natural, é uma versão contemporânea das vanitas barrocas. Todavia, aqui, a referência à fugacidade e ao vazio é contraditória por conta da estrutura e materialização das sombras e, justamente pela palavra História. É uma peça que se estrutura em dois tempos: um efeito no passado e suas consequências cristalizadas no presente.
Eingang é um óleo sobre tela de grandes dimensões que coloca um contraste violento entre suporte e matéria pictórica, e entre profundidade e superfície. Este trabalho dá continuidade a uma extensa série de pinturas que Macchi vem realizando desde 2010, algumas das quais foram mostradas nesta galeria em 2011.
Jorge Macchi realizou quatro exposições monográficas: Perspectiva, MALBA Museo de Arte Latino-Americana, Buenos Aires (Argentina, 2016); Espectrum, Le 19 CRAC Centre régional d’art contemporain, Montbéliard (França, 2015); Music Stands Still, SMAK Stedelijk Museum voor Actuele Kunst, Gante (Bélgica, 2011); e Anatomía de la melancolía, Santander Cultural, Porto Alegre, como parte da Bienal do Mercosul (Brasil, 2007). A última foi mostrada posteriormente no Museo Blanton, Austin (EUA, 2007) e no CGAC Centro Gallego de Arte Contemporáneo, Santiago de Compostela (Espanha, 2008).
Outras exposições individuais importantes incluem: Lampo, NC Arte, Bogotá (Colômbia, 2015); Prestidigitador, MUAC Museo Universitario Arte Contemporáneo, Cidade do México (México, 2014); Container, MAMBA Museo de Arte Moderno, Buenos Aires (Argentina, 2013) e Kunstmuseum Luzern, Lucerna (Suíça, 2013); Last minute, em colaboração com Edgardo Rudnitzky, Pinacoteca do Estado, São Paulo (Brasil, 2009); Doppelgänger, La casa encendida, Madri (Espanha, 2005); Jorge Macchi, Le 19 CRAC Centre régional d’art contemporain, Montbéliard (França, 2001); The wandering golfer, MUHKA Museo de Arte Moderna, Antuérpia (Bélgica, 1998); Evidencias circunstanciales, MAMBA Museo de Arte Moderno, Buenos Aires (Argentina, 1998).
Participou das Bienais de Liverpool (Inglaterra, 2012); Sydney (Austrália, 2012); Lyon (França, 2011); Istambul (Turquia, 2011); Auckland (Austrália, 2010); New Orleans (EUA, 2008); Yokohama (Japão, 2008); Porto Alegre (Brasil, 2007); São Paulo (Brasil, 2006); Veneza (Itália, 2005); Praga (República Tcheca, 2005); São Paulo (Brasil, 2004); Istambul (Turquia, 2003); Porto Alegre (Brasil, 2003); Fortaleza (Brasil, 2002) e Havana (Cuba, 2000). Representou a Argentina na Bienal de Veneza em 2005.
Seu trabalho é parte de importante coleções, tanto privadas como públicas, como: MNBA Museo Nacional de Belas Artes, MALBA Museu de Arte Latino-Americana e MAMBA – Museo de Arte Moderno (Buenos Aires); MOMA Museum of Modern Art e Museo del Barrio (Nova York); Fundação Daros (Zurique); Tate Collection (Londres); MUHKA Museo de Arte Moderna (Antuérpia); SMAK Stedelijk Museum voor Actuele Kunst (Gante); MUSAC Museo de Arte Contemporáneo (Castilla y León); e Musée National d’art Moderne – Centre Georges Pompidou (Paris).
Galeria Luisa Strina is pleased to present Jorge Macchi’s solo exhibition, História Natural [Natural History]. Macchi was born in Buenos Aires (1963), where he still lives and works.
A striking characteristic of his art is the diverse range of disciplines and media, displaying techniques that span from drawing, painting and watercolor, to text, sculpture, object, music, video, photography, collage, works with light, cut-outs, artist books, engraving, architecture, landscape design and installations.
The exhibition is structured around two large installations: Aqui [Here] and Projeção [Projection].
The former, Aqui, consists of a heavy iron cross that marks in the exhibition space the exact location of the gallery according to GPS coordinates and its direction according to the cardinal points. The apparent fragility and invisibility of the data and systems acquire in Aqui materiality and weight.
Projeção, the work at the center of the exhibition is a self-supporting wall, like those used in exhibitions to divide spaces. In this case, however, the wall is in an unbalanced, oblique position, held up by a series of 60 tie rods attached to a cement projector installed onto the ceiling. The immateriality of the light becomes graphic and is materialized through the tie rods that present a situation of attraction and rejection.
The work that lends its name to the show, História Natural [Natural History], is a contemporary version of the baroque vanitas. However, the reference to fleetingness and emptiness here is contradictory on account of the structure and materialization of the shadows and, precisely because of the word History. It is a piece that has a two-step structure: an effect in the past and its consequences crystallized in the present.
Eingang is an oil painting on a large canvas that presents a violent contrast between support and pictorial content, and between depth and surface. This work draws on and develops an extensive series of paintings that Macchi has been producing since 2010, some of which were shown at this gallery in 2011.
Jorge Macchi has carried out four monographic exhibitions: Perspectiva, MALBA Museo de Arte Latino-Americana, Buenos Aires (Argentina, 2016); Espectrum, Le 19 CRAC Centre régional d’art contemporain, Montbéliard (France, 2015); Music Stands Still, SMAK Stedelijk Museum voor Actuele Kunst, Ghent (Belgium, 2011); and Anatomía de la melancolía, Santander Cultural, Porto Alegre, as part of the Bienal do Mercosul (Brazil, 2007). The latter was subsequently shown at the Museo Blanton, Austin (USA, 2007) and at the CGAC Centro Gallego de Arte Contemporáneo, Santiago de Compostela (Spain, 2008).
His other major solo exhibitions have included: Lampo, NC Arte, Bogotá (Colombia, 2015); Prestidigitador, MUAC Museo Universitario Arte Contemporáneo, Mexico City (Mexico, 2014); Container, MAMBA Museo de Arte Moderno, Buenos Aires (Argentina, 2013) and Kunstmuseum Luzern, Lucerna (Switzerland, 2013); Last minute, in collaboration with Edgardo Rudnitzky, Pinacoteca do Estado, São Paulo (Brazil, 2009); Doppelgänger, La casa encendida, Madrid (Spain, 2005); Jorge Macchi, Le 19 CRAC Centre régional d’art contemporain, Montbéliard (France, 2001); The wandering golfer, MUHKA Museo de Arte Moderna, Antwerp (Belgium, 1998); Evidencias circunstanciales, MAMBA Museo de Arte Moderno, Buenos Aires (Argentina, 1998).
He has participated in the biennales of Liverpool (England, 2012); Sydney (Australia, 2012); Lyon (France, 2011); Istanbul (Turkey, 2003 and 2011); Auckland (Australia, 2010); New Orleans (USA, 2008); Yokohama (Japan, 2008); Porto Alegre (Brazil, 2003 and 2007); São Paulo (Brazil, 2004 and 2006); Venice (Italy, 2005); Prague (Czech Republic, 2005); Fortaleza (Brazil, 2002) and Havana (Cuba, 2000). He represented Argentina at the Venice Biennale in 2005.
His work is featured in important private and public collections, such as: MNBA Museo Nacional de Belas Artes, MALBA Museu de Arte Latino-Americana and MAMBA – Museo de Arte Moderno (Buenos Aires); MOMA Museum of Modern Art and Museo del Barrio (New York); Fundação Daros (Zurich); Tate Collection (London); MUHKA Museo de Arte Moderna (Antwerp); SMAK Stedelijk Museum voor Actuele Kunst (Ghent); MUSAC Museo de Arte Contemporáneo (Castilla y León); and Musée National d’art Moderne – Centre Georges Pompidou (Paris).