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novembro 28, 2015

Jac Leirner no Galpão Fortes Vilaça, São Paulo

AGENDA SP Hoje 28/11 às 12-15h: Jac Leirner @ Galpão Fortes Vilaça >>> A artista paulistana exibe um inédito corpo de...

Posted by Canal Contemporâneo on Sábado, 28 de novembro de 2015

Temos o prazer de apresentar métrica mínima, exposição de Jac Leirner no Galpão Fortes Vilaça. A artista paulistana exibe um inédito corpo de trabalho, criado com jogos de sudoku que ela resolveu e colecionou ao longo de meses. Todas as obras se desenvolvem a partir do seu esforço de dar forma a processos abstratos como lógica, raciocínio e, em especial, a passagem do tempo.

[Scroll down for English version]

Na série métrica mínima, exposta pela primeira vez na Bienal de Sharjah deste ano, a artista emprega estratégias íntimas da sua produção como acúmulo e reordenação, além de alternâncias entre alta e baixa cultura. O pensamento matemático inerente ao passatempo é traduzido através do rigor formal de Leirner, que dispõe os jogos sobre telas lineares de linho, separados por grupos de 9 ou de seus múltiplos (18, 27 e assim consecutivamente). As obras se assemelham a réguas, denotando seu interesse por medir o tempo – ou, mais especificamente, o tempo dedicado na resolução dos jogos. Pequenas variações na altura das telas acompanham o formato dos sudokus e ao mesmo tempo estabelecem uma noção de ritmo para os trabalhos.

As demais obras da exposição refletem o empenho da artista de esgotar as possibilidades plásticas do novo material, utilizando bordas, restos e impressões resultantes da prática do sudoku. Em Números, por exemplo, Leirner faz monotipias com papel carbono, decalcando a resolução dos jogos para outra superfície. Diferente das peças sobre linho, aqui os dígitos estão livres das grades quadradas e espalham-se aleatoriamente pelo papel, gerando áreas de concentração.

Em outro desdobramento, a artista cria colagens com tiras coloridas de jornal extraídas da seção de quadrinhos dos periódicos. O processo decorre do ato de recortar o sudoku, resultando em formas abstratas e jogos de palavras alinhados à tradição da poesia visual. É o caso de Ilustração para um poema, repleta de cortes retangulares, e também de Free Style, com cortes irregulares. Nível Fácil, Nível Médio e Nível Difícil seguem a mesma lógica construtiva e sintetizam a dificuldade dos jogos através de soluções formais.

Cada gesto da ação principal de completar e recortar o sudoku ganha contornos meditativos, como se a ação rápida e semi-inconsciente do cotidiano recebesse uma atenção redobrada, uma concentração máxima. As ações do atelier se tornam transparentes nas obras finalizadas: acertar ou errar, escrever ou rabiscar, recortar e reorganizar definem tanto estes trabalhos como o material de que são feitos.

Jac Leirner nasceu em São Paulo em 1961, onde vive e trabalha. Entre suas exposições individuais recentes, destacam-se: Funciones de una variable, Museo Tamayo (Cidade do México, 2014); Pesos y Medidas, CAAM (Las Palmas de Gran Canaria, Espanha, 2014), Hardware Seda – Hardware Silk, Yale School of Art (New Haven, EUA, 2012); Jac Leirner, Estação Pinacoteca (São Paulo, 2011). Seu extenso currículo de exposições inclui ainda participações em: Bienal de Sharjah (2015), Bienal de Istambul (2011), Bienal de Veneza (1997 e 1990), Documenta de Kassel (1992), Bienal de São Paulo (1989 e 1983). Sua obra está presente em diversas coleções importantes ao redor do mundo, como: Tate Modern (Londres), MoMA (Nova York), Guggenheim (Nova York), MOCA (Los Angeles), Carnegie Museum of Art (Pittsburgh, EUA), MAM (São Paulo), entre outras.


We are pleased to present métrica mínima, Jac Leirner’s exhibition at Galpão Fortes Vilaça. The São Paulo-born artist exhibits new works, created with Sudoku games she solved and collected over several months. All works were developed from her decision to give form to abstract processes such as logic, reasoning and, above all, the lapse of time.

In the métrica mínima series – exhibited for the first time during this year’s Sharjah Biennial –, Leirner uses recurrent strategies of her artistic practice, such as accumulating, reorganizing and switching between high and low culture. Mathematical reasoning inherent to the game is translated into the work through the artist’s formal rigor: Leirner presents the game on linen canvases of different formats, which are generally long and horizontal. Similar to rulers, the works reveal the artist’s interest in measuring time – or, more specifically, the time dedicated to solving the games. Small variations on the height of the canvases follow the format of the Sudoku games and also establish a situation of rhythm for the works.

The other works included in the exhibition reflect the artist’s efforts to use up all the formal possibilities of the new material, which include edges, remains and prints resulting from the Sudoku practice. In Números [Numbers], for instance, Leirner creates monotypes with carbon paper, transferring the solution of the games to other surfaces. Unlike the pieces placed on linen, in this case, the digits run free from the square frames and randomly spread out on the paper, generating concentration areas.

In yet another development, the artist creates collages with colorful newspaper strips from the comics section. The process stems from the act of cutting out the Sudoku game, which brings forth abstract forms and word games in line with traditional visual poetry. This is the case of Ilustração para um poema [Illustration for a poem], marked by rectangular cuts, as well as of Free Style and its irregular cuts. Nível Fácil [Easy Level], Nível Médio [Medium Level] and Nível Difícil [Hard Level] follow the same constructive logic and summarize the difficulty of the games by means of formal solutions.

Each gesture of the main action of completing and cutting out the Sudoku game gains a touch of meditation, as if fast and semi-unconscious everyday action were to deserve special attention or maximum concentration. Acts conducted at the studio become clear in the completed works: getting things wrong or right, writing or scribbling, cutting out and reorganizing define the works just as much as the material with which they are made.

Jac Leirner was born in 1961 in São Paulo, where she lives and works. Her most recent individual exhibitions include: Funciones de una variable, Museo Tamayo (Mexico City, 2014); Pesos y Medidas, CAAM (Las Palmas de Gran Canaria, Spain, 2014), Hardware Seda – Hardware Silk, Yale School of Art (New Haven, USA, 2012); Jac Leirner, Estação Pinacoteca (São Paulo, 2011). Her extensive curriculum of exhibitions further includes participations in the following: Sharjah Biennial (2015), Istanbul Biennial (2011), Venice Biennial (1997 and 1990), Documenta in Kassel (1992), São Paulo Biennial (1989 and 1983). Leirner’s works are part of several leading collections worldwide, including: Tate Modern (London), MoMA (New York), Guggenheim (New York), MOCA (Los Angeles), Carnegie Museum of Art (Pittsburgh, USA) and MAM (São Paulo), among others.

Posted by Patricia Canetti at 9:09 AM