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novembro 10, 2015
A palavra palavra na Carbono, São Paulo
A arte das palavras na obra de Jorge Menna Barreto
Artistas convidados: Artur Lescher, Célia Euvaldo, Carlos Fajardo, Daniel Steegmann, Felipe Cohen, Gustavo Speridião, Jenny Holzer, Josef Albers. Juan Fontanive, Julio Le Parc, Laura Lima, Lenora de Barros, Luiza Baldan, Marcius Galan, Nelson Leirner, Paulo Bruscky, Rachel Whiteread, Regina Silveira, Sérvulo Esmeraldo, Tatiana Blass.
A Carbono Galeria, abre no próximo dia 10 de novembro, terça-feira, a partir das 19h, a exposição A palavra palavra de Jorge Menna Barreto, em parceria com a curadora e crítica de arte, Galciani Neves, que também faz o texto de apresentação da mostra, criada especialmente para a galeria. Será uma recriação do projeto feito pelo artista para o 32º Panorama da Arte Brasileira, realizado em 2011, no MAM, onde palavras criadas da mistura de termos distintos, são escritas em tapetes de borracha.
Com o exercício de associar uma ou mais palavras a uma obra ou conjunto, os tapetes funcionavam como disparadores de conversas sobre as obras. A ambiguidade dos termos trabalha a favor de um discurso aberto, sem um ponto de chegada definido. Como ferramenta educativa, portanto, os capachos distanciam-se de um discurso “esclarecedor”, atuando como provocadores ao invés de mediadores de um conteúdo primeiro.
As obras expostas na galeria tem o intuito de acarretar discussões sobre a maneira que cada individuo percebe ou internaliza cada uma das peças apresentadas.
O processo curatorial foi montado baseando-se no acervo da galeria. Obras estas, feitas com exclusividade para a Carbono.
A coletiva reúne edições dos seguintes artistas: Artur Lescher, Célia Euvaldo, Carlos Fajardo, Daniel Steegmann, Felipe Cohen, Gustavo Speridião, Jenny Holzer, Josef Albers. Juan Fontanive, Julio Le Parc, Laura Lima, Lenora de Barros, Luiza Baldan, Marcius Galan, Nelson Leirner, Paulo Bruscky, Rachel Whiteread, Regina Silveira, Sérvulo Esmeraldo, Tatiana Blass.
Para o artista Jorge Menna Barreto, o conjunto de palavras pensadas para os tapetes flerta com a intenção de um texto crítico sobre a exposição. “Ao mesmo tempo, se distanciam de um texto do gênero em sua subversão da linguagem, que por sua vez as aproxima do texto poético ou das próprias obras”, explica. E acrescenta: “Habitam, assim, um território ambíguo, em trânsito entre obra, discurso crítico e dispositivo de mediação.”
Para a curadora, Galciani Neves “E toda palavra nua é um encontro de nadas. De um deslize sem rastro, atônito, entre vozes que não se deixam escrever. Vem daí a tarefa de sua investigação: traçar, a todo custo, sua origem. Toda palavra é útil. Mera convenção entre os ruídos, é lembrança de um acontecimento nítido ou tradução de uma imagem instantânea, com passado e futuro, explicando o mundo desconhecido, para saber e para fazer saber. Toda palavra é desmesura, como se, naquele poço em que se aprofundou de muito em muito, no fundo do breu, deixando-se cair na dúvida, fosse levando restos de parede, roçando em dedos, complicando-se em partículas minúsculas para não mais se deixar compreender” observa.
Na ocasião teremos uma ação social, onde serão vendidas camisetas (Art-Shirt) dos artistas Tomie Ohtake e Cassio Vasconcellos, realizadas especialmente para essa edição e com renda integral revertida para Casa Zezinho. Para mais informações clique aqui.