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outubro 12, 2015
Antonio Dias na Multiarte, Fortaleza
A Galeria Multiarte apresenta exposição inédita de Antonio Dias e, na abertura, com a presença do artista, lança livro sobre sua trajetória
A exposição Antonio Dias, Desenhos 1960-2000, que tem o papel como grande protagonista, a intenção foi mostrar o processo criativo de Antonio Dias, uma história de vida do artista.
Para tanto, está dividida em dois segmentos:
O primeiro - um percurso que vai dos anos 1950 ao ano 2000 - reúne 64 obras produzidas nas mais variadas técnicas: gravuras, desenhos, monotipias e pinturas.
- Gravuras e desenhos dos anos 1950, do período em que o artista era aluno do mestre Oswaldo Goeldi (1895-1961), no Rio de Janeiro.
- Pinturas e desenhos dos anos 1960, período em que se afirma como artista. Participa da histórica exposição Opinião 65, um marco da arte contemporânea no Brasil; expõe em Paris e Milão.
- Pinturas e desenhos de 1970, destacando-se uma coleção de desenhos da famosa série: Illustration of art (Ilustração da arte) de 1973. E a exibição, em animação, do livro Some artists do, some not (1974) agora sob o título The meaning of production. Num livro de artista, um comentário um tanto irônico sobre pintura toma a forma de desenho: de um lado, a agulha que perfura a superfície do quadro, questionando a integridade física e metafísica do plano da representação; do outro, a própria costura reduplicando o formato quadrado...
- Pinturas e desenhos dos anos 1980. Aqui, cabe destacar a coleção de pinturas sobre papel artesanal nepalês. O artista viaja por cinco meses para o Nepal em busca de um papel artesanal para a produção do álbum Trama.
- Os anos 1990 e 2000 estão representados por uma pequena coleção de pinturas da série Autonomias, fonte de pesquisa para a sua produção atual.
O segundo segmento, apresenta nove pinturas dos anos 1960 e 1970.
A exibição de tais pinturas permitiráao público conhecer obras que deram origem ao processo criativo de Antonio Dias, exibido na primeira parte desta exposição. A primeira delas é Pequena prostituta de 1962, seguida de seis pinturas sobre papel e duas pinturas de grandes dimensões.
Complementam a mostra o lançamento do livro Antonio Dias que traz uma análise profunda desta coleção por Sérgio Martins, conhecedor da obra do artista; cronologia de autoria de Ileana Pradilla, ilustrada por uma série de registros fotográficos de sua trajetória, alguns deles inéditos, no Rio de Janeiro, em Paris, em Nova York, em Colônia, em Veneza, em Milão e no Nepal e a exibição do documentário Território Liberdade de Roberto Cecato.