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outubro 8, 2015
19º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil | Panoramas do Sul: Projetos comissionados
Consolidando seu perfil de experimentação e inovação, o Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil abriu, pela primeira vez, uma convocatória pública para inscrição de projetos a serem comissionados para apresentação em sua 19ª edição. Foram selecionados os seguintes artistas entre as 446 inscrições de projetos feitas por artistas de 71 países: Carlos Monroy (Colômbia), Cristiano Lenhardt (Brasil), Keli-Safia Maksud (Quênia) e Ting-Ting Cheng (Taiwan).
O desenvolvimento dos projetos dos artistas selecionados foi acompanhado pela comissão responsável pela seleção, formada pelos curadores Bernardo José de Souza (Rio Grande do Sul, Brasil/vive e trabalha no Rio de Janeiro), Bitu Cassundé (Ceará, Brasil/vive e trabalha em Fortaleza), João Laia (Lisboa, Portugal/vive e trabalha em Londres) e Júlia Rebouças (Sergipe, Brasil/vive e trabalha em Belo Horizonte), que trabalham sob a curadoria geral de Solange Farkas. Esta iniciativa efetiva o envolvimento dos curadores para além da seleção, promovendo um diálogo direto e contínuo com os artistas no decorrer de seus processos criativos, em uma relação de tempo estendida.
O texto curatorial da exposição Panoramas do Sul | Projetos Comissionados será disponibilizado em breve.
Sobre os projetos selecionados
Carlos Monroy participa com Llorando se foi. O museu da lambada. In memoriam de Francisco "Chico" Oliveira, que relaciona dois fenômenos dos anos 1980 no Brasil: a consagração da lambada e sua incidência na construção da identidade nacional, e o início e exponencial crescimento da imigração boliviana em São Paulo. Superquadra-Sací, filme de Cristiano Lenhardt, cria um encontro entre as origens indígenas nacionais e a “cidade-paisagem”, o cenário urbano, com remissões ao modernismo brasileiro. Mitumba, de Keli-Safia Maksud, pesquisa a relação entre a história do sabão na Inglaterra e a dos tecidos africanos nos Países Baixos na era vitoriana. A artista discute a imagem de higiene racial e a identidade africana a partir dos tecidos percebidos mundialmente como autêntica expressão da África. O projeto The Atlas of Places do not exist , de Ting-Ting Cheng, trata-se de uma biblioteca contendo centenas de livros sobre lugares que não existem, questionando as fronteiras e as definições de realidade.