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agosto 11, 2015
Julião Sarmento no Galpão Fortes Vilaça, São Paulo
AGENDA SP Hoje 15/08 às 11-14h: Julião Sarmento @ Galpão Fortes Vilaça http://bit.ly/GalpaoFortes_J-Sarmento
Posted by Canal Contemporâneo on Sábado, 15 de agosto de 2015
A Fortes Vilaça tem o prazer de apresentar Easy, Fractals & Star Map, a nova exposição do artista português Julião Sarmento, sua primeira no Galpão Fortes Vilaça.
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A mostra é composta por pinturas e esculturas recentes e estabelece uma relação ficcional entre Edgar Degas e Marcel Duchamp – “gigantes da história da arte”, nas palavras do artista. Ao criar um diálogo entre os dois mestres, Julião reafirma temas frequentes de sua própria obra: o hiato entre ficção e realidade, mecanismos de representação e erotismo.
O arquétipo feminino – elemento central na prática de Julião Sarmento – reaparece em Fifth Easy Piece, tomando como inspiração a icônica obra de Degas, La Petite Danseuse de Quatorze Ans (c. 1881). Na reinterpretação do artista, a dançarina adolescente é transformada em uma mulher madura, moldada através de um moderno processo de impressão 3D. Em Alma, os moldes de gesso são arranjados em uma armação de ferro, expondo o avesso da escultura e aludindo dessa vez a Duchamp – algo ainda mais explícito na obra O Grande Vidro, feita especialmente para a mostra.
A referência aos dois mestres espalha-se ainda nas pinturas da exposição, seja por citações gráficas, seja por alusões obscuras. Nesse conjunto de obras, Sarmento emprega diferentes pigmentos, solventes e técnicas, criando formas triangulares que se multiplicam como fractais. A quase completa ausência de cor, outro traço marcante do artista, reafirma o forte diálogo que sua pintura mantém com o desenho. Os títulos referem-se a nomes de estrelas e, uma vez espalhadas na parede, parecem formar constelações. Em Piscis Austrinus, um díptico de cinco metros de largura, manchas orgânicas se contrapõe às formas geométricas e criam uma elegante composição. Os volumes prateados de Sirrah, por sua vez, evocam a superfície lunar.
Ao cruzar diferentes tempos históricos e planos físicos, Easy, Fractals & Star Map instaura uma narrativa fictícia, possível apenas no campo da arte. As associações livres propostas por Sarmento apontam para o desconhecido, como um convite para mapear os astros.
Julião Sarmento nasceu em Lisboa, em 1948, e atualmente vive e trabalha em Estoril, também em Portugal. Considerado um dos mais renomados artistas portugueses, ele esteve em duas edições da Documenta de Kassel (1987 e 1982) e em duas Bienais de Veneza (2001 e 1997), além de muitas outras mostras. Entre suas exposições individuais recentes, destacam-se: Una forma extrema de privacidad, Museo de Arte Carrillo Gil (Cidade do México, 2013); Noites Brancas, Museu Serralves (Porto, 2012); Artist Room, Tate Modern (Londres, 2010); Grace under Pressure, Estação Pinacoteca (São Paulo, 2009). Sua obra está presente em diversas coleções públicas, entre as quais: Guggenheim (Nova York), Tate Modern (Londres), SFMOMA (San Francisco), Moderna Museet (Estocolmo), Centre Pompidou (Paris), CaixaForum (Barcelona).
Fortes Vilaça is pleased to present Easy, Fractals & Star Map, the new exhibition by Portuguese artist Julião Sarmento, his first at Galpão Fortes Vilaça. The show features recent paintings and sculptures and establishes a fictional relationship between Edgar Degas and Marcel Duchamp – “giants of art history”, in the artist’s words. By creating a dialogue between the two masters, Julião reaffirms frequent themes of his own work: the gap between fiction and reality, mechanisms of representation and eroticism.
The feminine archetype – a central element in Julião Sarmento’s practice – reappears in Fifth Easy Piece, inspired by the iconic work by Degas, La Petite Danseuse de Quatorze Ans (c. 1881). In the artist’s reinterpretation, the teenage dancer is transformed into a mature woman, molded through a modern process of 3-D printing. In Alma [Soul], the plaster molds are arranged in a steel framework, displaying the sculpture inside out and this time making an allusion to Duchamp – as he does even more explicitly in the work O Grande Vidro [The Large Glass] made especially for the show.
The reference to the two masters is also made in the paintings in the exhibition, whether through graphic citations or obscure allusions. In this set of works, Sarmento uses different pigments, solvents and techniques, creating triangular shapes that are multiplied like fractals. The nearly complete absence of color, another hallmark of the artist, reaffirms the strong dialogue that his painting maintains with drawing. The titles refer to names of stars and, when scattered on the wall, they seem to form constellations. In the five-meter-wide diptych Piscis Austrinus, organic splotches are contraposed to geometric shapes to create an elegant composition. In Sirrah, the silvery volumes recall the lunar surface.
By intercrossing different historical times and physical planes, Easy, Fractals & Star Map instates a fictitious narrative, possible only in the field of art. The free associations that Sarmento proposes point to the unknown, like an invitation to map the stars.
Julião Sarmento was born in Lisbon, in 1948, and currently lives in Estoril, also in Portugal. One of the most renowned Portuguese artists, he has participated in two editions of the Kassel Documenta (1987 and 1982) and in two Venice Biennales (2001 and 1997), in addition to many other exhibitions. His recent solo shows have most notably included Una forma extrema de privacidad, Museo de Arte Carrillo Gil (Mexico City, 2013); White Nights, Museu Serralves (Porto, 2012); Artist Room, Tate Modern (London, 2010); and Grace under Pressure, Estação Pinacoteca (São Paulo, 2009). His work figures in various public collections which include those of Guggenheim (New York), Tate Modern (London), SFMOMA (San Francisco), Moderna Museet (Stockholm), Centre Pompidou (Paris), and CaixaForum (Barcelona).