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julho 2, 2015
Manoela Medeiros na Zipper, São Paulo
A relação entre o corpo e o espaço é pensada pela artista carioca Manoela Medeiros como tema de sua exposição que inaugura na Zipper Galeria, em 2 de julho, simultaneamente da exposição de Luis Coquenão. Com curadoria de Maria Catarina Duncan, é. é. é faz parte da programação do projeto Zip’Up, reunindo instalações, vídeos e gravuras, além de duas performances que serão apresentadas ao longo da exposição. A primeira delas será na noite da abertura, a partir das 19h. Usando as extremidades do corpo, a artista irá fragmentar uma parede que ela mesma constrói.
Os trabalhos exibidos sugerem um diálogo sobre a ideia da pele como limite, questionando sua permeabilidade. Em uma das obras, a artista se aproxima de uma parede com um balão entre seu corpo e o espaço, pressionando-o até que o ar esvazie. Em outro trabalho, Manoela escava a parede, na tentativa de demarcar a transição da luz refletida no espaço.
“A artista se movimenta em relação às paredes que a abrigam, corpo e espaço, em uma constante tentativa de aproximação. Tudo é relação – espaço é sujeito. Cria-se, assim, uma troca mútua em um jogo sem final”, enfatiza Maria Catarina Duncan.
Manoela Medeiros nasceu e vive no Rio de Janeiro, Brasil. Estudou na École Des Beaux Arts, em Paris, e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde participa do programa Práticas Artísticas Contemporâneas Nível II. Formou-se na PUC-Rio e posteriormente estudou fotografia na universidade IADE-Creativy University, em Lisboa. Já apresentou seu trabalho no Palácio do Quintela (Lisboa, 2014) e no Abre Alas na galeria A Gentil Carioca (RJ, 2015). Atualmente, apresenta uma exposição individual, “Instruções Para Construção de Uma Ruína” na Casa Mata (RJ, 2015) e integra a coletiva “A Mão Negativa”, no Parque Lage, com curadoria de Bernardo de Souza (RJ, 2015). Apresentará também a performance “Lugar do Ar” na mostra Verbo, na Galeria Vermelho (SP, 2015).