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junho 24, 2015
Ascânio MMM na AM Galeria de Arte, Belo Horizonte
AGENDA MG Hoje 27/06 às 11-17h: Ascânio MMM @ AM Galeria http://bit.ly/AMgal_AscanioMMM
Posted by Canal Contemporâneo on Sábado, 27 de junho de 2015
Exposição de Ascânio MMM marca abertura de novo espaço em BH: “Flexos e Quasos” abre a temporada 2015-2016
Intuitivo, discreto e metódico: este é Ascânio Maria Martins Monteiro, o Ascânio MMM. Um dos mais respeitados escultores brasileiros, Ascânio é o convidado especial para inaugurar o novo espaço da AM Galeria de Arte no dia 27 de junho, no bairro Serra, em Belo Horizonte.
Com 25 anos no mercado, a AM, criada por Angela Martins, nasceu com o objetivo de expor esculturas de um seleto grupo de artistas escolhidos por Amilcar de Castro, como Franz Weissmann, Sérgio Camargo, Bruno Giorgi, Sônia Ebling e Ascânio MMM. Único artista vivo do time inicial de escultores da AM, Ascânio retorna à galeria para um reencontro que promete. Após 20 anos sem expor na capital mineira, o escultor lança Flexos e Quasos, uma série recente em metal, que amplia a relação do espectador com a obra.
Flexos e Quasos
A série escolhida contempla esculturas de parede e de chão criadas pelo artista nos últimos dez anos, e ainda inéditas em Minas Gerais. Serão apresentadas 12 obras, feitas em 2004, 2007, 2014 e 2015. Todas desenvolvidas em alumínio, sendo que algumas se movimentam ao toque do espectador e outras têm pontos sutis de cor. Para contextualizar a obra e a trajetória do autor, a AM Galeria também vai expor obras das décadas de 70, 80 e 90. A exposição tem curadoria de Emmanuelle Grossi e texto de Guilherme Bueno.
Sobre Ascânio MMM
Artista de linguagem abstrata construtiva, Ascânio mantém uma produção de arte desde 1964, como afirma o respeitado crítico e curador de arte Paulo Herkenhoff. “Em quase cinco décadas de produção, Ascânio construiu uma minuciosa obra que lhe garante um lugar histórico na trajetória da abstração geométrica da América Latina”, assegura. O livro “Ascânio MMM: Poética da razão” (2013), de Herkenhoff, recontextualizou a obra do artista situado na Geração MAM, colocando-o em outro patamar na arte contemporânea.
Nascido em Portugal no ano de 1941 e radicado no Rio de Janeiro desde 1959, Ascânio relaciona escultura, arquitetura, matemática e filosofia em sua obra, articulando a estética com o espaço público. Formado em arquitetura, ele atuou na área até 1976, quando passou a se dedicar integralmente à arte. O autor está presente em importantes coleções públicas e privadas de arte no Brasil e no Exterior e já expôs nas Bienais de São Paulo (1967 e 1979) e Panorama da Arte Brasileira (1970, 1972, 1975 e 1985) entre outras importantes exposições coletivas e individuais.
Sem dúvida alguma, um dos mais importantes escultores atuantes no Brasil na atualidade e que, nas palavras de Lauro Cavalcanti ,“... é um artista cuja obra reúne varias influencias e questões centrais na arte brasileira dos últimos 50 anos”.
A relação entre escultura, arquitetura, matemática e filosofia fixou-se como questão central do seu trabalho durante toda a década de 1970. Neste período, a partir de um eixo, explorou progressões em torções verticais e horizontais, utilizando módulos de ripas de madeira pintadas de branco.
Na década de 1980, com os relevos e esculturas Fitangulares, interessou-se pela madeira crua, e o branco, a luz e sombra deixaram de ser a questão principal.
Nos anos 1990, a questão das grandes dimensões tornou-se uma preocupação central para Ascânio e as pesquisas com perfis de alumínio se intensificaram. O alumínio tornou-se então a base para a criação de novos trabalhos, sempre utilizando o módulo.
Nos anos 2000, desenvolve os Flexos e Qualas, tramas flexíveis de alumínio e argolas e foram exibidas em exposição individual no MAM RJ em 2008.
Na década 2010, com os Quasos, presentes na exposição mantem seu interesse pelas possibilidades do alumínio, e passa a inverter a lógica convencional do uso dos parafusos. Estes trabalhos oferecem torções e flexões resultantes da desconstrução da malha geométrica construída, introduzindo a questão da imprevisibilidade nos seus trabalhos. A cor voltou a ser usada mas de forma sutil.
Principais individuais
Participou de exposições como na IX e XV Bienal de São Paulo em 1979, MAM RJ, Paço Imperial, Palácio das Artes, Dominique Lévy Gallery, Museo de Arte Contemporáneo de Buenos Aires, Argentina; participou de três exposições no recém inaugurado MAR - Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro; Instituto Valenciano de Arte Moderno, Valência (Espanha); Panorama das Arte Brasileira de 2008, MAM SP, Arte como Questão - Anos 70, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Instituto Itaú Cultural, São Paulo, I Bienal do Mercosul, Porto Alegre (RS), MAC SP, Barbican Center, Londres, MASP SP, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
Coleções
Coleção Roberto Marinho, Fundação Edson Queiroz, Gilberto Chateaubriand, Sérgio Fadel, Itaú Cultural, Ronaldo César Coelho (Instituto São Fernando), Manuel de Brito, Portugal, Norman Foster, Reino Unido, Ron Dennis, Reino Unido, Peter Klimt, Reino Unido, Setúbal, Museo de Arte Contemporáneo de Buenos Aires, Argentina, Museu de Arte do Rio – MAR, Rio de Janeiro, Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS, Porto Alegre, Brasil, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo – MAC, São Paulo, Museu de Arte Moderna, São Paulo, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Coleção Cisneros entre outros.
Obras públicas
Centro Empresarial Rio – Praia de Botafogo, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro - Cidade Nova
Praça da Sé, Centro
Jardim da Luz, Pinacoteca do Estado de São Paulo
Largo do Cortinhal – Fão, Portugal
Interlocução artística
Com 500 metros quadrados e um espaço gourmet completo, o novo endereço da AM Galeria pretende ampliar a interlocução entre Minas e Brasil, ao trazer importantes referências artísticas contemporâneas para a capital mineira. Depois de dez anos atuando também no bairro Jardins, em São Paulo, a galeria optou por encerrar sua filial paulista em 2013, mantendo um amplo acervo de arte em Belo Horizonte, com fotografia, pintura, desenho, escultura, aquarela, objetos, instalação, vídeo e performance. A ideia, desde então, era se aproximar ainda mais dos mineiros, sem deixar de lado as parcerias com renomadas galerias de São Paulo.
Com o novo espaço, a AM Galeria pode diversificar sua área de atuação, participando não só de feiras nacionais, como a SP Arte e Art Rio, como de eventos internacionais já programados para 2016, sempre com um projeto solo de um artista brasileiro. De acordo com a diretora artística e curadora Emmanuelle Grossi o objetivo é mudar o modelo de galeria de arte em Belo Horizonte, “reforçando as parcerias com espaços independentes e abrigando novas experiências de jovens artistas contemporâneos”, afirma.
E há novidades a caminho. A começar por uma mostra de filmes, que já está sendo preparada para o público. A galeria também pretende resgatar artistas brasileiros e latino-americanos do passado. Atualmente, a AM trabalha tanto com nomes reconhecidos no exterior, como Ascânio MMM (Geração MAM-RJ, anos 70) e a artista multimídia Regina Silveira (Geração 70 São Paulo), Delson Uchôa [Geração 80] quanto com jovens artistas experimentais mineiros, como Sylvia Amélia (Geração 2000) e Bruno Cançado (Geração 2010).