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março 23, 2015
Maria Lynch na Anita Schwartz, Rio de Janeiro
AGENDA RJ Hoje 26/03 às 19h: Maria Lynch @ Anita Schwartz http://bit.ly/A-Schwartz_M-Lynch
Posted by Canal Contemporâneo on Quinta, 26 de março de 2015
Artista cobrirá com pipoca o chão do grande espaço central da Anita Schwartz Galeria de Arte, e apresentará pinturas e esculturas inéditas
Anita Schwartz Galeria de Arte apresenta, a partir do dia 26 de março para convidados e do dia seguinte para o público, a exposição A Dobra Palco, Rizomas e Selvageria, da artista carioca Maria Lynch. O chão do grande salão térreo da galeria, que tem 140 metros quadrados de área, será inteiramente coberto com pipoca, que será fabricada pela artista na própria galeria. Neste espaço, serão apresentadas doze obras inéditas, produzidas este ano especialmente para esta exposição – sete pinturas em grande formato e seis esculturas. A mostra será acompanhada de uma entrevista com a curadora Luisa Duarte.
“Um cenário, um ambiente, uma cena; pipoca vira adereço no chão, vira sonoplastia, o espectador pisa, não come. Participa ao entrar, o papel do entertainment é sensorialmente alterado”, diz Maria Lynch.
As pinturas em grande formato, com tamanhos que chegam a 2m X 3,45m, com cores fortes e vibrantes, características do trabalho da artista, serão colocadas na parede próxima ao chão e não na altura dos olhos, como é de costume nas exposições. A mostra terá, ainda, uma escultura de parede, de 180cm de diâmetro, em tecido e acrylon, e quatro esculturas de chão, intituladas “Dramatização Invertida”, feitas com brinquedos de plástico, e pintadas cada uma de uma cor: verde, branco, rosa e laranja. “Aqui utilizo brinquedos de plástico que brincamos na infância para projetarmos o ser adulto, aqui inverto essa ordem fazendo o adulto lidar com esta dissolução”, explica a artista.
Ao entrar, a mostra sugere elementos de cinema. “O filme está em proporção alterada, o que está dentro da tela não se mexe, falo da pintura, mas fazendo com que ela confronte o espectador de uma outra maneira. Nessa minha busca pelo que se expande da pintura, o que ativa o sensorial e o sensível do imaginário, pratico romper com este sistema, provocar a estranheza da ambiguidade do sentir, da memória, essa fragmentada para excluir a lógica”, afirma a artista.
Maria Lynch nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, em 1981, e atualmente vive e trabalha em Nova York. É formada pela Chelsea College of Art and Design, Londres, onde concluiu pós- graduação e mestrado em 2008. Entre suas principais exposições estão “The Jerwood Drawing Prize”, em 2008, com itinerância a partir de Londres para outras cidades da Inglaterra. No mesmo ano participou de “Nova Arte Nova”, no CCBB, Rio e São Paulo, com curadoria de Paulo Venâncio Filho. Em 2010, ganhou o Prêmio Funarte de Artes Plásticas Marcantônio Vilaça. Em 2011, integrou a 6º Bienal de Curitiba Vento Sul, com curadoria de Alfons Hug. Em 2012, mostrou a instalação “Ocupação Macia”, no Paço Imperial, Rio, e a performance “Incorporáveis”, no MAM Rio. Foi convidada para expor durante as Olimpíadas de Londres, 2012, no Barbican Centre. Em 2013, fez exposição individual “Acontecimento Encarnado”, na Anita Schwartz Galeria de Arte e mostrou “Bordalianos do Brasil” na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Portugal. Depois de realizar uma residência artística na Residence Unlimited, em Nova York, EUA, em 2014 foi contemplada com o Prêmio da Embaixada brasileira para uma exposição individual na Storefront For Art and Arquitecture, em Nova York , EUA, que será realizada em maio deste ano.
Maria Lynch está presente em importantes coleções públicas como Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Centro Cultural Candido Mendes, no Rio, Brasil, Coleção Gilberto Chateubriand, Brasil/MAM Rio, Ministério das Relações Exteriores, Palácio do Itamaraty, e Committee for Olympic Fine Arts, em Londres.