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novembro 11, 2014
Fabio Baroli na Luciana Caravello, Rio de Janeiro
Fruto de uma investigação pictórica nos últimos anos a partir de protagonistas chamados de “matutos”, “caipiras” ou “capiaus”, a exposição “Cor de burro quando foge” , de Fabio Baroli, ocupa a Luciana Caravello Arte Contemporânea a partir de 13 de novembro, com curadoria e texto de Raphael Fonseca.
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Baroli retrata o “matuto” em cenas do interior de Minas Gerais como feiras, procissões religiosas, ruas, sempre tratando as cenas com certo apelo sexual. Baroli lida com trocadilhos, anedotas, ditos populares e referências à cultura, tudo típico do interior mineiro, para criar os personagens de suas telas. Ele imagina as cenas, pesquisa as imagens, recorta-as, e projeta sobre a tela para pintá-las. Em seus dípticos, trípticos e polípticos, o artista cria situações de interferências entre as partes – uma altera e distorce as outras. Todas juntas, formam várias situações que acontecem ao mesmo tempo.
Nascido em 1981 em Uberaba, no interior mineiro, onde começou a pintar em um ateliê no fundo da casa de seus pais, Fabio Baroli morou no Rio de Janeiro durante quatro anos. Foi uma experiência motivadora, mas percebeu que os temas do interior de Minas ainda permaneciam em seu imaginário. Voltou então para sua cidade natal. “Gosto do interior e minha volta se deve à minha pesquisa sobre a infância interiorana. Reencontrei em Uberaba a minha vida, revi minhas raízes e desenvolvi os últimos trabalhos”.
Fruit of a pictorial investigation over the last few years, inspired in main characters called “matutos”, “caipiras” ou “capiaus” (which meaning resembles the words “rustic”, “hillbillies” or “rednecks”), Fabio Baroli’s exhibition “Cor de burro quandofoge [The color of a fleeing mule]”, curated by Raphael Fonseca, occupies the first floor of Luciana Caravello Gallery from November 13th (opening at 7pm) to December 6th.
Baroli portrays the “matuto” in Minas Gerais background scenes like fairs, religious processions, streets, always addressing these subjects with a sexual appeal.
Baroli deals with word-plays, jokes, popular sayings and cultural references, all typical of Minas Gerais country side, to create the characters in his paintings. He imagines the scenes, researches the images, crops them and projects them into the canvas to paint them. In his dyptichal, tryptical and polyptichal works, he creates interference between the parts – one altering and distorting the other. All together, they form various situations that happen all at the same time.
Born in 1981 in Uberaba, Minas Gerais, where, in a studio in the back of his parent’s home, he started to paint, Baroli lived in Rio de Janeiro for four years. It was a motivating experience, but he realized that the country themes were still in his mind. He then went back to his hometown.
“I like the country side and my return is due to my research on childhood living there. I found my life again in Uberaba, met my roots and then developed these latest works”.