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outubro 7, 2014
Beto Shwafaty na Oca, São Paulo
Partindo de uma pesquisa sobre as atividades progressistas da empresa italiana Olivetti – materializadas após a Segunda Guerra Mundial por meio do design de produtos, serviços socioculturais, arquitetura e planejamento urbano – o projeto de Beto Shwafaty investiga certos eventos desse empreendimento techno-moderno e industrial nos quais linguagens culturais embasavam um projeto sociopolítico de progresso. A partir de materiais de arquivo relacionados à Companhia Olivetti e de trabalho em campo conduzido na Itália, surge a proposta do artista em criar uma série de trabalhos (instalação, escultura, vídeo e materiais gráficos) que refletem sobre os aspectos interdisciplinares e filosóficos da empresa em momentos de comunicação pública: quando desenvolviam displays de exposições, estruturas para ambientes industriais, para moradia e trabalho. Com este foco, o projeto especula produtivamente sobre as possibilidades e compromissos entre estética, design, economia e tecnologia com práticas socioculturais; na virada de uma era mecânica em direção a um novo período techno-industrial.
Beto Shwafaty (1977, São Paulo) é artista e pesquisador, possui mestrado em Artes Visuais e Estudos Curatoriais pela Nuova Accademia di Belle Arti – NABA (Milão) e acompanhou o grupo de Simon Starling na Staedelschule (Frankfurt). Shwafaty esteve envolvido com práticas coletivas, curatoriais, e espaciais desde o início dos anos 2000, e como resultado, desenvolve uma prática baseada em pesquisas (sobre espaços, histórias e visualidades), na qual procura conectar formalmente e conceitualmente questões políticas, sociais e culturais convergentes ao campo da arte.
Recentemente ele tem participado de exposições como: Projeto Remediações, Temporada de Projetos do Paço das Artes (São Paulo, 2014); Permanent Playfullness, galeria Mendes Wood (São Paulo, 2014); Taipa-Tapume, galeria Leme (São Paulo, 2014); El Museo Imposible de las Cosas Vivas, PArC Solo Projects (Lima, 2014); Arte e Patrimônio, Paço Imperial (Rio de Janeiro, 2014); O Artista Como… PIVÔ (São Paulo, 2014); P33_Formas Únicas de Continuidade no Espaço [33º Panorama da Arte Brasileira], MAM São Paulo; 9ª Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2013); Amor e Ódio a Ligya Clark, Zacheta National Gallery (Varsóvia, 2013); Conversations Pieces, NBK (Berlim, 2013); X Bienal de Arquitetura de São Paulo, CCSP, (São Paulo, 2013); Contra Escambos, Palácio das Artes (Belo Horizonte) e Espaço Fonte (Recife, 2013); Eternal Tour, Sesc (São Paulo, 2012); Mythologies, Cité des Arts (Paris, 2011) e MAM (São Paulo, 2013); À sombra do futuro, Inst. Cervantes (São Paulo, 2010); 4ª IABR – Urbaninform Section (Rotterdam, 2009); 3º Utrecht Manifest – Biennial on Social Design (Utrecht, 2009); Rumos Itaú Cultural (São Paulo, 2006). Em 2013, ele publicou o foto-livro de docuficção ‘A Vida dos Centros’ no qual alguns fluxos históricos de desenvolvimento urbano em três regiões de São Paulo são abordados.