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agosto 31, 2014
Song Dong na Baró, São Paulo
A Baró Galeria tem o prazer de apresentar Regenerate, primeira exposição individual no Brasil do aclamado artista chinês Song Dong. Sob curadoria de Sarina Tang – diretora do Currents Art and Music de NY – o título remete às instalações que o artista desenvolve a partir de materiais descartados.. Em chinês, a palavra possui sentido de dupla vida e renascimento.
Suas instalações, compostas por móveis, portas e janelas de demolição, carregam simbolicamente a biografia do artista cujo passado é marcado pelas privações econômicas e tensões psicológicas que ele experienciou com sua família durante a Revolução Cultural de Mao Tse Tung entre 1966 e 1976. O trabalho de Song Dong possui um discurso contemporâneo significativo no que diz respeito à renovação urbana e sustentabilidade ao “regenerar” materiais desprezados em uma nova estética.
Em sua primeira exposição na cidade, o artista busca traçar um paralelo entre Brasil e China. Serão apresentadas fotografias do anos 1990, vídeos realizados ao longo de duas décadas, uma grande e inédita instalação - composta de materiais de demolição adquiridos em diferentes estados do Brasil e que dialogam com os comumente encontrados em Pequim – e também desenhos criados em São Paulo. No contexto artístico, os dois países carregam uma semelhança: assim como outros apontados como “em desenvolvimento”, só tiveram seu reconhecimento artístico pelo eixo Europa-Estados Unidos nas últimas duas décadas.
Nascido em Pequim, China, 1966 onde vive e trabalha, Song Dong se formou como pintor mas ganhou grande destaque dentro da comunidade de arte performática de vanguarda e acabou se tornando uma figura importante da arte contemporânea na progressão da arte conceitual chinesa. Song se graduou no departamento de artes plásticas da Capital Normal University de Pequim, em 1989. Ele tem participado das principais mostras de arte do mundo como a 5th Moscow Biennale of Contemporary Art, em 2013; Documenta 13, em 2012 e a 54th Venice Biennale, em 2011. Sua obra varia de performance e vídeo à fotografia e escultura. Song explora noções de impermanência e da transitoriedade da atividade humana.