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agosto 30, 2014

Manuela Ribadeneira na Triângulo, São Paulo

Casa Triângulo tem o prazer de anunciar um novo projeto de Manuela Ribadeneira, intitulado Varillas de la Esperanza.

[scroll down for English version]

Em Varillas de la Esperanza, Ribadeneira joga com um elemento típico da paisagem urbana da América Latina: as inacabadas ou abandonadas colunas de construção. No Equador, o país de origem da artista, estas colunas de cimento e aço que sobressaem dos telhados, têm o espirituoso e poético nome de Varillas de la Esperanza (Varinhas da Esperança). Geralmente, as pessoas constroem o primeiro andar das suas casas e adicionam as colunas de construção para um desejado segundo andar, com a esperança de que algum dia terão suficiente dinheiro para construí-lo. O dinheiro raras vezes chega, e as Varinhas da Esperança permanecem em pé, truncadas e esperançadas, saindo dos telhados e convertendo-se em postes para varais ou redes de voleibol. Convertem-se lentamente em ruínas porque parecem ter perdido a sua função e não ter significado no presente “mas retêm um potencial semântico sugestivo e instável” (Julia Hall in Ruins of Modernity).

A artista começou a trabalhar em torno desta idéia como parte da sua duradoura investigação sobre os rituais de apropriação do espaço. Plantar varinhas e colunas nos telhados é uma maneira de declarar propriedade desse pedaço de céu, é literalmente conquistar espaço. A intenção do gesto permanece, mesmo que as colunas tenham se transformado em ruínas.

Estas colunas de construção abandonadas não aparecem só nos espaços privados, mas também é comum achar edifícios públicos construídos até a metade. No caso dos edifícios públicos, a artista nota que talvez sejam as varinhas do desamparo político. Quando Claude Lévi-Strauss visitou São Paulo nos anos 30 disse: “aqui tudo parece em construção mas já está em ruínas”. Las Varillas de la Esperanza são construções em ruínas e ruínas em construção.

Ribadeneira fez uma série de 10 estêncis de níquel prateado (50 x 30 cm cada), com formas gráficas simplificadas das Varinhas da Esperança. Como estêncis, sugerem uma ação, a possibilidade de sair com essas imagens e marcar as coisas como Construção? Ruina? Sonho? Sonho truncado? Passado? Futuro? A segunda peça está composta por três modelos de colunas de cimento e aço (22cm altura cada) intituladas como as ordens da Grécia Antiga: jônico, dórico e coríntio. Ribadeneira reproduziu (impresso 3D) um grande número de tipos de colunas, cada uma com uma pequena variação, e criou um modelo arquitetônico do que ela chama Lugar de espera para os segundos andares. Finalmente, ela vai mostrar Borra y va de Nuevo (Apaga e recomeça Novamente), e Neither Here nor There (Nem Aqui nem lá), faixas de espelho que refletem seus títulos na parede.


Casa Triângulo is pleased to announce Varillas de la Esperanza, new exhibition of Manuela Ribadeneira at the gallery.

In Varillas de la Esperanza, Manuela Ribadeneira uses a typical element of Latin American urban landscape: the unfinished or abandoned construction columns. In Ecuador, her country of origin, these cement and steel columns that protrude from many rooftops have the witty and poetic name of Varillas de la Esperanza (The Rods of Hope). Often people build the first floor of their houses and add the construction columns for that desired second floor in the hope that one day they will have enough money to built it. The money rarely arrives, and The Rods of Hope remain standing, truncated and hopeful sticking out from the roof slowly becoming posts for a washing line or a volleyball net. They become ruins because they seem to have lost their function and have no meaning in the present “but retain a suggestive and unstable semantic potential”(Julia Hall in Ruins of Modernity).

The artist started to work around this idea as part of her long-standing investigation on the rituals of appropriation of space. To plant rods and columns on the roof is a way of declaring ownership of that piece of sky, it is literally conquering space. The intention of this gesture remains, even when the columns have become ruins.

These abandoned construction columns happen not only in private houses but it is common to find in public buildings stopped mid way. Perhaps in the case of public buildings, the artist points out that they are the rods of political hopelessness. When Claude Lévi-Strauss visited São Paulo in the 30’s he said: “here everything looks like it is under construction but it is already in ruins.” Las Varillas de la Esperanza are constructions in ruins and ruins in construction.

Ribadeneira has made a series of 10 silver nickel stencils (50 x 30 cm), of simplified graphic shapes of the Rods of Hope. As stencils, they suggest an action, the possibility of going out and with these images and marking things as Construction? Ruin? Dream? Truncated Dream? Past? Future?

The second piece is composed by three models of cement and steel construction columns, (22cm high) titled with the ancient Greek orders of architecture: Ionic, Doric and Corinthian. Ribadeneira has reproduced (3D printed) a large number of these types of columns each with a slight variation and has created an architectural model for what she calls a Resting Place for Second Floors.

Lastly she will show Borra y va de Nuevo, (Erase and Restart), and Neither here nor there; strips of mirror that reflect their title on the wall.

Posted by Patricia Canetti at 1:39 PM