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julho 30, 2014

Marcia Xavier na Triângulo, São Paulo

Querida é o título da nova exposição individual de Marcia Xavier, na Casa Triângulo. A mostra é o resultado da pesquisa realizada pela artista durante uma residência artística na cidade de Roma, de setembro a novembro de 2013.

“A pesquisa foi essencialmente fotográfica. Comecei ao ar livre, caminhando pela cidade e vendo a paisagem das vistas das sete colinas que a cercam. Ao mesmo tempo fui entrando nos ambientes internos das igrejas, templos, palácios e museus. Atraída primeiro pela arquitetura, com suas colunas e cúpulas monumentais e depois pela enorme coleção de esculturas. Roma é uma cidade onde se convive com o arcaico e o que existe de mais atual – das ruínas do Fórum Romano ao MAXXI, museu onde visitei a mostra Pensar por Imagens, de Luigi Ghirri, um artista que para mim foi uma descoberta maravilhosa”, diz Marcia Xavier.

Toda essa experiência levou a artista a focar em três assuntos, que descreve abaixo, apresentados agora nessa mostra:

PAISAGEM
Depois de conviver com as imagens de Ghirri, primeiro na exposição e depois nos livros, passei a enxergar sua fotografia em tudo que via pela cidade. Como se dilatasse o tempo, sua obra passa uma sensação de calma, unindo concentração e contemplação. Haikai é uma fotografia ghirriniana pela leveza. A paisagem sem chão – a lua, a nuvem e a ponta de um pinheiro flutuam soltas no céu.

Nos arredores da Piazza Del Popolo, mais precisamente no Monte Pincio, vejo, no espelho d’água de uma fonte, o céu azul no chão, a nuvem ao lado do musgo verde que nasce na pedra, misturando a superfície do lago com seu fundo. O céu e o chão num mesmo plano, transformando a paisagem dos pinheiros num espelho líquido.

Um vídeo onde a paisagem balança, espelhada nas águas de um canal em Veneza. Uma dança nos telhados das casas cria uma instabilidade vertiginosa.

Brinquedo óptico. A imagem de uma porta impressa sobre a madeira, no fundo de uma caixa, é vista através dos cilindros. Soltas no tabuleiro, essas lentes se movimentam, deformam a imagem de acordo com a movimentação da obra pelo expectador.

RUÍNAS
A fotografia mostra o detalhe de uma coluna. Os rabiscos no mármore são letras soltas e palavras desconexas, que revelam uma tensão entre o arcaico e o moderno. A imagem deitada na horizontal transforma a coluna em uma paisagem. A ampliação negativada reforça as características de gravura, acentuadas pelo granulação do filme.

SAL
A imagem mostra as ruínas da residência do Imperador Augusto, Domus Augustana, que fica ao norte do Fórum Romano. Suas janelas avistam o Circo Máximo. As paredes de pedras se desmancham na paisagem. O grão do filme e o uso das pedras de sal, mimetizam a natureza esfarelada da construção.

Fotos de partes do que restou das esculturas de um torso masculino e de um feminino, imersos em grãos de sal, fazem uma analogia entre criação e decomposição, imobilizando o tempo.

Posted by Patricia Canetti at 12:56 PM