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julho 4, 2014
Felipe Ehrenberg + Coletiva de Residentes na Baró, São Paulo
A Baró Galeria tem o prazer de anunciar Tocata e Fuga - poemas abstratos, exposição individual do artista mexicano Felipe Ehrenberg, que será inaugurada no dia 10 de julho de 2014, às 19h. A mostra marca a despedida do país de um dos mais importantes artistas da atualidade na América Latina. O artista veio ao Brasil em 2001 após ser nomeado como adido cultural do México e agora, 13 anos depois, retorna àquele país.
O título da exposição, em italiano, remete ao contexto musical: uma fuga é um estilo de composição contrapontista, polifónica e imitativa, de um tema principal, com sua origem na música barroca. Na composição musical o tema é repetido por outras vozes que entram sucessivamente e continuam de maneira entrelaçada; a toccata, também barroca, geralmente enfatiza a destreza do intérprete. É a primeira vez que o artista trabalha a abstração em sua longa trajetória artística, e a presente série tem sido desenvolvida às vésperas de sua mudança para o México. A coleção de obras misturam técnicas próprias dos séculos 16 e 17, aquarela, carvão e sanguínea e algumas colagens.
Ehrenberg nasceu em Tlacopac, México, em 1943, e tornou se pintor, escultor e gravurista sob a tutela de mestres como Matthías Goeritz e José Chávez Morado. Artista, cronista, arquivista, professor, político, diplomata, editor, ator, organizador, viajante incansável, ele é um neologista: uma obra de arte viva. Fundador da prestigiosa editora Beau Geste Press e co-participante do movimento Fluxus durante sua permanência na Inglaterra (1968-1976), o artista lida com questões essenciais da pós-modernidade, relacionadas com a construção da identidade nacional. Questiona o sistema de informação, burocrático e institucional, e, acima de tudo, a imagem de seu próprio país.
A Baró Galeria tem o prazer de anunciar a primeira coletiva de residentes que será inaugurada no dia 10 de julho de 2014, às 19h, junto com a mostra individual de Felipe Ehrenberg. Curada por Adriano Casanova, a mostra marca a estréia do Programa de Residências da galeria e conta com jovens artistas de outros estados do Brasil.
Durante o período da residência – que variou de um a dois meses - os artistas provenientes de Pernambuco (Ramonn), Rio de Janeiro (Felippe) e Minas Gerais (Alan), vivenciaram a cidade de São Paulo, mais especificamente o bairro da Santa Cecília, onde a galeria está situada, e cada um à sua maneira foi incorporando elementos dessa experiência na concepção de seu trabalho.
Alan Fontes, 34, irá expor pinturas baseadas na arquitetura local e em imagens de satélite do entorno da Baró. Ele propõe um jogo entre macro, micro e a si próprio: personagem central que habita este lugar retratado.
Felippe Moraes, 26, apresenta esculturas, pinturas e fotografias que dialogam com imprevisibilidades da matemática, o aspecto invisível do espaço, a metafísica. Uma tentativa poética de medir a existência e mergulhar nas relações elementares entre o homem e o mundo, a linguagem e a matéria.
Ramonn Vieitez, 23, pintor à óleo autoditada, cujo trabalho é caracterizado por um universo sombrio, repleto de símbolos urbanos e do Ocultismo, foi tomado pelos azuis acentuados do entardecer da cidade, o estilo do pixo de São Paulo e pela atmosfera psíquica paulistana.