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junho 11, 2014
Fernanda Valadares + Zezão na Zipper, São Paulo
Zipper Galeria apresenta instalações e pinturas inéditas do grafiteiro Zezão
A Zipper Galeria tem o prazer de apresentar, a partir de 14 de junho de 2014, das 12h às 17h, a primeira individual do grafiteiro Zezão na galeria. Sua individual, com texto da curadora Thais Rivitti, marca a representação do artista pela Zipper e sua volta ao circuito expositivo de São Paulo, cidade onde não expõe desde sua mostra em 2010 no MASP.
A produção de Zezão, aborda aspectos políticos, sociais e ecológicos, chamando atenção para temas urbanos urgentes como violência, abandono, poluição e pobreza. Zezão começou sua carreira na década de 1990, pintando paredes de canais de esgoto e galerias de águas pluviais, casas abandonadas, becos desertos e vãos de viadutos. Ao levar cor a locais marginalizados pela sociedade, seu trabalho ganhou uma dimensão político-social reconhecida por críticos e curadores ao redor do mundo.
Situando-se na fronteiro entre o rude e o poético, Zezão apresentará na sua individual na Zipper, pinturas, uma grande instalação e objetos que discutem os limites da vida urbana e arte contemporânea. São obras criadas à partir de materiais e objetos encontrados em esgotos, rios e córregos da cidade, que ganham sobrevida e conquistam uma nova identidade. Além de obras inéditas, o grafiteiro apresenta uma série de “Flops”, nome dado a uma série de desenhos já conhecidos do artista, sempre azuis.
Zezão iniciou seus trabalhos em 1995 nas galerias pluviais da cidade de São Paulo. Atualmente, seus grafites de Zezão podem ser vistos em muros, paredes de esgotos, viadutos, galerias e museus de cidades como Nova York, Paris, Londres, Hamburgo, Basileia, Los Angeles, Florença, Frankfurt e Praga, entre outras.
Zipper Galeria e Fernanda Valadares fazem um convite à desaceleração e ao silêncio
Fernanda Valadares - O Sétimo Continente, Zipper Galeria, São Paulo, SP - 16/06/2014 a 09/08/2014
A tecnologia tem possibilitado a circulação de um volume cada vez maior de informações a uma velocidade que cresce também em escala progressiva, colocando- nos em estado de constante aceleração. Ainda assim, cabe a cada um a sua relação com o tempo. Seja partindo de amplos horizontes ou de planos construídos, a artista Fernanda Valadares nos convida a desacelerar, escutar o silêncio e tentar compreender por que a noção de sublime parece não fazer mais sentido hoje. Apenas parece. Em “O Sétimo Continente”, no piso superior da Zipper Galeria, a partir de 14 de junho, os segundos prometem se alargar. A exposição traz a possibilidade de uma transcendência da forma e da técnica para questões que beiram a metafísica e a política.
A artista se debruça sobre a matéria para fundir camadas de cera. Ainda que se enxergue como pintora e faça da encáustica seu principal meio e suporte, nesta mostra ela nos possibilita uma imersão num universo mais amplo da sua produção. Madeira e papel em sua condição de matéria adquirem simbolismos e nos mostram uma artista cuja reflexão poética e imagética explora o limiar entre a complexidade e a simplicidade. “Os significados não são fixos, se deslocam de uma referência a outra, deixando as imagens falarem por si, permitindo que trocas se estabeleçam a cada encontro. Fernanda mostra-nos espaço para falar de tempo. E falando de tempo nos faz vivenciá-lo, pois somente assim podemos experienciar sua obra”, enfatiza a curadora Bruna Fetter sobre o trabalho da artista.