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maio 16, 2014
Lançamento do livro O valor da obra de arte na Luisa Strina, São Paulo
Obra original, que reúne o olhar distinto de sete personagens em torno do valor da obra de arte, será lançada dia 20 de maio, na Galeria Luisa Strina, em meio ao vernissage de duas exposições
Qual é a linha divisória entre expressão cultural e mercadoria? A arte é o território do sublime ou o refúgio do capital especulativo? O que deve presidir a percepção da arte? Essas e muitas outras perguntas são levantadas e respondidas neste livro a partir de sete ângulos e protagonistas. Os textos de "O Valor da Obra de Arte" mapeiam a complexidade do assunto em linguagem atraente e acessível a todos os públicos. Isso é feito por meio de ensaios originais do sociólogo e professor Alain Quemin, da pesquisadora Ana Letícia Fialho e da crítica e jornalista Angélica de Moraes. Outros ângulos do tema foram analisados por meio de entrevistas exclusivas com o artista Cildo Meireles, o curador Tadeu Chiarelli, o colecionador João Carlos de Figueiredo Ferraz e a galerista Luisa Strina. O objetivo é estimular o leitor a mergulhar em um dos temas mais efervescentes dos tempos atuais. Afinal: arte e cifrão podem ser a mesma coisa?
Título: O Valor da Obra de Arte
Autores: Alain Quemin, Ana Letícia Fialho e Angélica de Moraes
Entrevistados: Cildo Meireles, Tadeu Chiarelli, João Carlos de Figueiredo Ferraz e Luisa Strina
ISBN: 978-85-8220-007-0
Brochura, impresso a 1 cor em papel off-set Avena, 90g/m²
Preço de capa: R$ 28,00
Cada pessoa que depara com uma obra de arte reage de maneira particular, dependendo da educação, cultura, valores estéticos e comportamentais. Mesmo os leigos em visita a museus ou galerias buscam encontrar alguma conexão com os conteúdos simbólicos expressos na peça. Do outro lado da moeda, restam os muitos olhares que compõem o meio profissional das artes, em que atuam diversos personagens, entre instituições (museus públicos ou privados), curadores, colecionadores, o próprio artista, pesquisadores, e marchands. Atores especializados em sua área de atuação que vão muito além do olhar comum, cada um com percepção própria sobre o tema.
Depois de três anos de trabalho a Metalivros lança agora a publicação original "O valor da obra de arte", que explora essa questão tão fascinante quanto polêmica, com olhos voltados à arte contemporânea brasileira, que apenas recentemente passou a ter maior relevância no cenário internacional. A proposta original foi procurar envolver nomes de atores do mundo das artes com formação e atuação em sete posições distintas dessa arena, reunindo desde o ponto de vista do artista, passando pelo sociólogo, curador institucional, especialista em mercado, colecionador, crítico e marchand.
Para realizar o projeto, a Metalivros começou por consultar o artista plástico Dudi Maia Rosa, cuja obra até então foi originalmente publicada pela Metalivros em 2005. Dudi indicou o diretor do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), Gaudêncio Fidelis, o qual recomendou Ana Letícia Fialho, que veio trazer ao projeto visão privilegiada e acadêmica do fluxo de obras de arte contemporânea brasileira no país e no exterior. Abraçando nosso projeto, Ana Letícia escreveu “Expansão do mercado de arte no Brasil: oportunidades e desafios” e sugeriu a participação do sociólogo Alain Quemin, da Universidade de Paris, o que deu ao livro um olhar internacional especializado sobre a evolução do mercado de arte em termos globais com o texto “Evolução do mercado de arte: internacionalização crescente e desenvolvimento da arte contemporânea”.
Outra fonte de inspiração na definição da estrutura autoral da obra foi decorrente de convite feito a Angélica de Moraes, jornalista especializada em crítica de artes visuais, parceira de outras publicações da Metavídeo. A ela foi entregue a tarefa de dar uma perspectiva crítica em torno do assunto principal: o valor da obra de arte, que Angélica sumarizou no breve ensaio “Valorações do transitório”.
Para complementar os olhares treinados sobre o tema desta publicação, estendemos o convite a Angélica para entrevistar mais quatro colaboradores fundamentais: o curador Tadeu Chiarelli, no diálogo “Transporte de valores”; o artista plástico Cildo Meireles, no depoimento “Criação de Valor”; e o colecionador João Carlos de Figueiredo Ferraz, com o texto “Fiel depositário” e, finalmente, a sólida galerista Luisa Strina, com o texto “Expansão de Valor”.
Cildo Meireles trouxe a perspectiva do criador de valor da obra de arte, do alto da carreira de significado universal e autor de uma série que, coincidentemente, teve como tema a questão do valor da obra de arte, de 1969. Uma delas, selecionamos para ilustrar a capa desta publicação.
Tadeu Chiarelli relata a experiência (de maio de 2010 a abril de 2014) de administrar e trasladar o valioso acervo institucional de arte contemporânea brasileira (MAC/USP) para as novas instalações ao lado do Parque Ibirapuera.
João Carlos de Figueiredo Ferraz apresenta seu case de formação e institucionalização da coleção de arte contemporânea em Ribeirão Preto, São Paulo, uma das mais importantes já abertas ao público no Brasil.
Luisa Strina, a mais respeitada galerista brasileira da atualidade, nos trás o experiente olhar pragmático de quem trabalha o mercado de obras de arte desde 1974.
O tema logicamente não se esgota com esta publicação, mas se expande. Este livro procura chamar a atenção dos leitores brasileiros, desde leigos a estudiosos e outros atores do mundo das artes no Brasil, para a complexidade multifacetada desse universo. A Metalivros torce para que esta iniciativa impulsione novos estudos e esforços que levem a uma reflexão maior sobre tão fascinante tema.
A obra foi apoiada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, com tiragem inicial de 3.000 e chegará ao mercado com o preço de capa de R$ 28,00.
Como todos os títulos da Metalivros a partir de março passado, a distribuição primaria deste novo lançamento está a cargo exclusivo da Editora WMF Martins Fontes.
Obs: Durante o evento de lançamento do livro será aberta, na Sala Principal da Galeria Luisa Strina a exposição individual da artista carioca Fernanda Gomes, e, na Sala de Projetos, a abertura da exposição individual do artista colombiano Bernardo Ortiz.