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abril 27, 2014
Cristián Silva-Avária + Rodrigo Martins na Laura Marsiaj, Rio de Janeiro
A Galeria Laura Marsiaj tem o prazer de apresentar a segunda exposição individual no Rio de Janeiro do artista Cristián Silva-Avária, que se inaugura no dia 29 de abril.
Silva-Avária, que participou na última bienal de Veneza de 2013 em colaboração com o artista e cineasta alemão Harum Farocki , e que este ano esta indicado para o importante premio PIPA, trabalha principalmente em fotografia e vídeo sobre elementos residuais das tramas urbanas que definem tempos, espaços e lugares em diversas cidades. A ideia de encontro fortuito, o procedimento da deriva, e a edição de imagens em series, coleções e constelações é o processo de pesquisa e criação do artista sobre os efeitos secundários da grande produção de matéria urbana na contemporaneidade, e de consequentes cenários instáveis e transitórios.
Na exposição intitulada Mind the Gap, Silva-Avária apresenta uma grande quantidade de imagens realizadas em diversos formatos e matérias, tais como vídeo instalações de dois e três canais, fotografias em caixas de luz, diasec, c-prints, etc.
O eixo da exposição é baseado em encontros fortuitos do artista com o enigmático, o familiar e o não- familiar, a partir de derivas por diferentes cidades de América Latina e Europa. O titulo da exposição, apropriado da conhecida advertência do metro de Londres, é justamente o conceito que relaciona todas as imagens numa grande unidade. Mind the Gap (atenção com a buraco, o trecho, o intervalo) é uma exposição que reúne diversas imagens que procuram documentar, arquivar e comparar esses limites das sociedades contemporâneas que Michel Foucault chamou de “heterotopias” e “heterocronias”.
Cristián Silva-Avária mora no Rio de Janeiro Brasil desde 2011. É graduado em Arte Visuais pela Universidade de Chile, e atualmente desenvolve um projeto de pesquisa sobre imagem, cidade, viagem, trabalho e lazer no programa de pós-graduação em artes visuais da UFRJ com o apoio da CNPq.
Desde 1998, Silva-Avária participou de inúmeras exposições individuais, como “Observaciones Trasitoras” Homesession Art Space, Barcelona, Espanha (2013); Borderline, Galeria Patrícia Ready, Santiago de Chile (2012); Summertime, Kunsthaus Rhenania, Colônia, Alemanha (2012); The Reverso Project, Galeria Laura Marsiaj em Rio (2011) , entre outras.
Também, participou em mais de 40 exposições coletivas, incluindo bienais, encontros de arte e feiras internacionais, tais como a 55ª bienal de Venécia, a III Bienal do Mercosul-Brasil, a VII Bienal de Cuenca-Ecuador, a exposições “Chile & Italia” em Roma e “Fantasmatic” no museu Millenium, Beijing China.
Suas obras podem ser vistas em diversas coleções como coleção MAR (Museu de Arte do Rio), Rio de janeiro, Brasil; Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil;coleção CCU, Santiago de Chile;coleção Patrimônio Artístico PUC, Santiago de Chile; coleção Consejo de la Cultura y las Artes. Gobierno de Chile, Santiago; coleção Galería Gabriela Mistral, CNCA. Gobierno de Chile, Santiago, e em diversas coleções privadas em Brasil, Argentina, Peru, Chile, Espanha, EEUU e Alemanha.
Links
Perfil do artista na galeria
www.youtube.com/user/silvaavaria
www.silva-avaria.com
Descoberto pela galeria há um ano, o jovem artista Rodrigo Martins abre sua primeira individual no dia 29 de abril. Rodrigo mostrará seis pinturas de diferentes formatos.
Buscando diferentes pontos de partida, as vezes o artista pinta de observação direta, as vezes utiliza a fotografia e eventualmente parte da escultura como forma de pesquisa pictórica, isto é, procura não só tocar naquilo que observa como em determinados momentos constrói o que passa a ser o assunto para a sua pintura. Em muitos momentos Rodrigo enxerga a relação da lógica do material e da mídia com a lógica do problema, isso acontece seja pintando uma montanha onde a tinta escorre ou pintando um muro com uma espátula, é infinita a relação que a pintura pode possuir com o mundo uma vez que aconteça a intimidade com o meio.
Rodrigo Martins acredita que seu ofício seja uma consequência do fato de ter-se voluntariado a estar em determinado lugar, isto é, existe uma relação dicotômica entre o controle daquilo que faz e o próprio trabalho. Dessa forma seu entorno permeia constantemente em tudo que faz, o próprio espaço de trabalho, onde passa a maioria do tempo, se torna grande fonte de pesquisa para o artista.