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abril 8, 2014
Coletivo SHN ocupa o Ateliê Aberto, Campinas
Coletivo SHN ocupa o Ateliê Aberto com exposição e intervenções e inaugura o projeto anual Código Aberto
Artistas exibem trabalhos desenvolvidos colaborativamente durante workshops e período de residência
O Ateliê Aberto inaugura no dia 7 de abril, às 19 horas, a primeira exposição do ano com trabalhos realizados durante dois workshops promovidos durante o mês de março e abril pelo SHN. A exposição é resultado da ocupação do coletivo durante uma residência no Ateliê Aberto e parte da participação do público e de técnicas de serigrafia, fotografia e video mapping para discutir a cidade e suas possibilidades de convívio.
A mostra e o conjunto de atividades promovidos pelo espaço independente de arte fazem parte do programa anual, patrocinado pela Petrobrás, chamado Código Aberto, que ocorre de março de 2014 até março de 2015.
Na abertura da exposição, o coletivo baseado em Americana e São Paulo, assume o projeto sonZeira, com uma proposta audiovisual especialmente criada para a ocasião. A exposição de entrada gratuita fica aberta para visitação até o dia 23 de maio e nos dias 24 e 25 de abril os curadores Francisca Caporali e o venezuelano Alejandro Haiek realizam um mostra de vídeos e uma conversa aberta ao público referente ao tema deste primeiro módulo.
Fundado em 1997 e sediado em Campinas, o Ateliê Aberto é hoje o espaço independente em atividade mais antigo do país.
Código Aberto é um programa de ocupação anual do Ateliê Aberto que busca investigar e expor os mecanismos e processos da produção e criação contemporânea. Partindo da triangulação, artista, público e contexto, o projeto procura investir em processos compartilhados, experimentais e transdisciplinares. Com atividades internas e externas, o programa se divide em quatro módulos: Cidade, Corpo, Tecnologia e Imaginário. Juntos, esses eixos formam uma rede dialógica que busca instaurar novas possibilidades de convivío.
Do privado para o público, SHN, Rodrigo Braga, a dupla Flavia Regaldo e Aruan Mattos e Carla Barth conduzem essa experiência ao longo do ano em diferentes módulos. Os artistas participantes permanecem em residência no Ateliê Aberto e realizam um workshop, uma ação na rua e ocupam com intervenções as galerias e a fachada do Ateliê Aberto. Na abertura das exposições de cada um dos quatro módulos, acontece ainda o projeto sonZeira, uma apresentação audiovisual como grupo ou artista convidado. Cada módulo traz no CineCaverninha uma mostra de vídeos e conversa aberta com os curadores Francisca Caporali, Alejandro Haiek, Marcio Harum, André Severo e Clarissa Diniz.
SHN
1999. Americana e São Paulo
Coletivo de arte urbana formado por André Ortega, Daniel Cucatti, Eduardo Saretta, Haroldo Paranhos, Marcelo Fazzolin e Rogério Fernandes (CDR). Multidisciplinar, o grupo reúne artistas de rua com atuações diversas como música, arquitetura, tatuagem e vídeo-produção. O estúdio da cidade de Americana funciona como base para as ações do coletivo, que vão desde a produção de pôsteres, adesivos, camisetas, produção de vídeo, eventos, festas, cenários e exposições. SHN trabalha com ícones universais, ressignificando o conceito de logotipo e marca. Apropriação e transformação de imagens, assim como a transposição para diversas mídias, atravessam a discussão proposta pelo coletivo. Tiveram trabalhos expostos no Museu de Arte Contemporânea de Americana (2004), no Memorial da América Latina (2006 e 2009) e na Galeria Choque Cultural (2012). Mais informações: http://shn2012.tumblr.com/
Ateliê Aberto
O Ateliê Aberto é um organismo que investiga, idealiza e fomenta novos processos de gestão e criação em cultura contemporânea. Este laboratório permanente de processos colaborativos e de convívio é estruturado em três frentes coexistentes que se relacionam: espaço cultural, criação de projetos e prestação de serviços.
Para se relacionar com o seu entorno, o Ateliê propõe residências, ações, exposições, intervenções, mostras e debates ampliando as possibilidades de criação e pesquisa dentro do circuito da arte contemporânea. Com o objetivo de desenvolver essas relações e formar público, o espaço se tornou um articulador de ideias e experiências, promovendo reflexão social, cultural e política, trazendo à tona novas possibilidades de compreender nosso contexto.
Nessa busca constante, o Ateliê Aberto expande o espaço físico de sua sede e os espaços expositivos convencionais, rompendo também o distanciamento entre diferentes áreas do conhecimento e aproximando o público dos artistas.