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dezembro 3, 2013
Secret Codes (Códigos Secretos) na Luisa Strina, São Paulo
Secret Codes / Códigos Secretos, Galeria Luisa Strina, São Paulo, SP - 18/12/2013 a 22/02/2014
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A Galeria Luisa Strina tem a satisfação de apresentar Secret Codes (Códigos Secretos), uma exposição coletiva baseada na pesquisa de conceitos da legibilidade de convenções e sinais relacionados com a comunicação. Com curadoria de Agustín Pérez Rubio, a mostra foi organizada para celebrar o 40º aniversário da galeria.
Com obras que datam da década de 1960 até nossos dias, Secret Codes pretende explorar historicamente como a maioria das obras e artistas contemporâneos enfatiza questões relativas à ocultação, aparente falta de sentido, recursos literários ou duplo sentido de forma e conteúdo, entre outros temas, no momento de lançar uma ideia, um conceito ou uma mensagem para que o espectador compreenda, leia ou codifique – mesmo que plenamente consciente das próprias dificuldades –, ao passo que em outros a ênfase se volta para a poética da falta de sentido e ou não-compreensão.
A exposição traz uma série de obras de artista que – tanto em si mesmas quanto, de forma mais ampla, a trajetória do artista – foram influenciadas por signos e invenção, comunicação e programação ou uso de outras linguagens. A mostra inclui diferentes áreas que buscam trabalhar como espaços temáticos referenciais. Neste sentido, a primeira sala procura nos aproximar do início da construção da sintaxe da linguagem – ou protoescrita – com obras de Julieta Aranda, Geta Brătescu, Mary Beth Edelson, Christopher Knowles, Bernardo Ortiz ou Mira Schendel, para posteriormente abrir espaço para obras que definem criticamente a ideia de cultura, seja em referência à cultura de massa – observada nas obras de Waldemar Cordeiro, Liam Gillick, Muntadas ou Stephen Willats ou em Cartas a Outros Planetas de Dora García – ou em determinados aspectos vinculados à literatura e outras disciplinas artísticas, através da obra desta última juntamente com as de Anna Maria Maiolino, Karlos Gil, Emily Mast ou Cerith Evans.
O tempo como tema também marca presença na mostra, tanto como código quanto como mistério da nossa época, através da conjunção dos vídeos de Guy de Cointet e das obras de On Kawara e Ugo Rondinone, para exprimir a ideia de mensagens criadas no escritório com o vídeo de Pablo Accinelli, a performance de Dora García, a obra Thoughts/Sayings (Pensamentos/Ditos) de Jack Smith, e a famosa Inserções nos Circuitos Ideológicos, de Cildo Meireles. Meireles também nos apresenta aspectos relacionados com códigos numéricos e matemáticos, com outro trabalho que dialoga com obras de Itziar Okariz e com a mítica Quad I de Samuel Beckett.
A última sala contém uma série de obras impossíveis de decifrar, pois abrigam mistério, intriga e potencial em sua materialidade e formas de comunicação. São peças mais enigmáticas e difíceis de interpretar, considerando a complexidade dos códigos utilizados em suas múltiplas variantes. De A page From My Intimate Journal, Part I (Uma Página de Meu Diário Íntimo, Parte I) ou ACRIT de Guy de Cointet, passando pela invenção da linguagem por Mirtha Dermisache, Azzurro de Alligiero Boetti, Secret Paintings (Pinturas Secretas) de Art & Language, até as peças misteriosas em madeira de André Cadere, todas elas conversam com peças mais recentes de Detanico e Lain – que constituíram uma linguagem de círculos – ou com os signos de Julien Bismuth & Jean-Pascal Flavien apresentados no Rio de Janeiro. Não deixando de lado aqueles segredos contidos em Urna Quente, de Antonio Manuel, ou pelo artista, arquiteto e desenhista Luigi Serafini, com seu livro Codex Sepharinianus.
Nesta mostra, uma seleção de obras busca envolver o espectador nos mistérios, mensagens e códigos que guardam em segredo.
Secret Codes / Códigos Secretos, Galeria Luisa Strina, São Paulo, SP - 18/12/2013 til 22/02/2014
Galeria Luisa Strina is pleased to present Secret Codes, an exhibition project based on research on the notions of convention and sign legibility in relation to communication; curated by Agustín Pérez Rubio and shaped to commemorate the gallery’s 40th anniversary.
With works dating from the 1960s to our present day, the show aims to explore historically how most contemporary artists and works place emphasis in matters relating to occultation, seeming senselessness, literary resources or double meaning between form and content, among others, at the moment of launching an idea, a concept or a message for the viewer to understand, read or encode —even fully aware of its own difficulties —while in others the emphasis is placed in the poetics of senselessness or the no -‐understanding.
The exhibition presents a series of artist’s works that —both within the works themselves or in a broad way, during the artist’s trajectories —have been influenced by signs and invention, communication and other languages’ programming or usage. The display includes different areas that try to work as referential theme spaces. In this sense, the first room aims to bring us closer to the beginning of language’s sy ntax construction —or proto -‐ writing—with the works by Julieta Aranda, Geta Brătescu, Mary Beth Edelson, Christopher Knowles, Bernardo Ortiz or Mira Schendel, to later give room for works that critically set on the notion of culture, whether if it refers t o mass culture —seen in the works by Waldemar Codeiro, Liam Gillick, Muntadas or Stephen Willats or with Dora García’s Letters to Other Planets—or to such aspects linked to literature and other artistic disciplines —through the work of the latter artist alon g with Anna Maria Maiolino’s, Karlos Gil’s, Emily Mast’s or Cerith Evans’.
Time as a theme is also present in the exhibition, both as code and as mystery of our time, through the conjunction of the videos by Guy de Cointet and On Kawara’s and Ugo Rondinone’s pieces, to give room to the idea of messaging in the office space with Pablo Accinelli’s video, Dora Garcia’s performance, Jack Smith’s Thoughts/Sayings and Cildo Meireles’ famous Insertions Into ideological Circuits . Meireles will also introduce us to aspects related with numeric and mathematical codes with other work that will have a conversation with pieces by Itziar Okaris and with the mythical Quad I, by Samuel Beckett.
The last room holds a series of works impossible to decipher, for they harbor mystery, intrigue and a potentiality in its materiality and its communication forms. These are the most cryptic and difficult works to interpret, given the complexity of the codes they use in its multiple variants. From Guy de Cointet’s A page From My Intimate Journal , Part I or ACRIT, along with language’s invention by Mirtha Dermisache, through Alligiero Boetti’s Azzurro, the Secret Paintings by Art & Language or the mysterious wood pi eces by André Cadere, all the works discuss with more recent pieces by Detanico and Lain—who composed a language of circles—or with Julien Bismut & Jean-‐Pascal Flavien’s signs performed in Rio de Janeiro. Not leaving aside those secrets held by the Urna Quente by Antonio Manuel, or the artist, architect and draftsman Luigi Serafini with his book Codex Sepharinianus.
A fine selection of pieces that will try to involve the viewer in the mysteries, messages and codes they secretly hold.