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novembro 22, 2013
Estela Sokol na Anita Schwartz, Rio de Janeiro
Estela Sokol - Gelatina, Anita Schwartz Galeria, Rio de Janeiro, RJ - 27/11/2013 a 15/01/2014
Anita Schwartz Galeria de Arte apresenta, a partir de 26 de novembro de 2013 para convidados, e do dia seguinte para o público, a exposição “Estela Sokol – GELATINA”, que ocupará todo o espaço expositivo do edifício, com cerca de 15 obras inéditas da artista paulistana, que tem tido reconhecimento crescente, no Brasil e no exterior, com suas obras que abordam os aspetos da cor a partir da manipulação de diferentes matérias. . Esta é a segunda mostra individual da artista na galeria, que já fez individuais no Museu da Taipa, em Macau, na China, 2012; na Gallery 32, em Londres, Inglaterra, em 2011; na Galerie Wuensch, em Linz, na Áustria, em 2011; no Paço das Artes, em São Paulo, em 2010, entre outras. Em 2011, ela apresentou a exposição individual “A morte das Ofélias”, na Anita Schwartz Galeria de Arte, e participou, ainda, das coletivas na galeria: “A primeira do ano - Múltiplos”, em 2012; “Desenhos e Diálogos” e “Em torno da escultura”, em 2011, e “Trajetórias em Processo”, em 2009.
No grande salão no térreo da galeria serão apresentadas cerca de 13 pinturas inéditas da série “GELATINA”, produzidas este ano em PVC sobre chassis. Incomuns por serem produzidas sem a utilização de tinta, a artista explica: “Estico e sobreponho lâminas de PVC coloridos, opacos e translúcidos, entre outros materiais sintéticos, sobre chassis de madeira, criando diversas matizes que mudam conforme a incidência da luz e deslocamento do espectador”. Ressalta, ainda que “As pinturas de PVC sobre chassi propõem um diálogo entre a paleta encontrada na industria e a tradição pictórica”.
O crítico de arte Rodrigo Naves, que escreve o texto para o catálogo da mostra, diz sobre as pinturas: “Estela Sokol se nega a escolher as cores com que irá trabalhar. Limita-se a empregar aquelas que encontra nesses produtos”. “Ela não mistura pigmentos, não tem paleta e tampouco lança mão de meios (óleo, acrílica, encáustica etc.) que ajudem a alcançar a forma exata de apresentar um amarelo ou um vermelho. Tampouco há pinceladas em seus trabalhos. Enfim, tudo conspira contra a associação entre cores e subjetividade. Ainda que, ao fim, a artista procure reverter o caráter dado das cores dos materiais empregados”.
Conhecida pelos trabalhos com cores fortes, em tons néons, nesta mostra a artista utiliza tons rebaixados. As novas pinturas, no entanto, reafirmam a pesquisa da cor na perspectiva de Estela Sokol. Ao utilizar materiais industriais, ela revela tons que, mesmo advindos das cores comuns, despontam com novidade e certa estranheza, a partir da manipulação da artista. “Minha relação com a cor se deu através da escultura e dos materiais. As cores passaram a integrar as esculturas e instalações quase que como uma tentativa de amolecimento da forma e pouco a pouco a cor foi se tornando o assunto principal dos trabalhos”, conta.
“A aparência mais pop de seus quadros – feitos pela sobreposição de folhas de PVC – adquire aos poucos uma dimensão quase construtiva, à medida que o aspecto industrial e sem sutilezas dos materiais empregados vai sendo revertido pela sobreposição das várias camadas de PVC, que por transparência (ou opacidade) estabelecem superfícies sutis e matizadas, não muito distantes da tradição das velaturas, que foram condição importante para a arte do Renascimento. E aquilo que poderia parecer um paradoxo – a aproximação de duas vertentes estéticas opostas, construtivismo e arte pop – revela acima de tudo a liberdade com que Estela Sokol aborda a história da arte”, diz Rodrigo Naves.
MEIO-FIO
No terceiro andar da galeria, será apresentada ainda a escultura também inédita “Meio-fio”, composta de placas de mármore com incisões nas quais será depositado um pigmento azul claro, que “tinge e ilumina a superfície das pedras”.
O catálogo da exposição será lançado em meados de janeiro, no final da mostra, com texto de Rodrigo Naves.
SOBRE A ARTISTA
Estela Sokol nasceu em 1979, em São Paulo, cidade onde vive e trabalha. Realizou diversas exposições individuais, como “Se o deserto fosse laranja a coisa seria cor de rosa”, no Museu da Taipa, em Macau, na China, 2012; “Secret Forest”, na Gallery 32, em Londres, Inglaterra, em 2011; “Licht Konkret”, na Galerie Wuensch, em Linz, na Áustria, em 2011; “A morte das Ofélias”, na Anita Schwartz Galeria, no Rio de Janeiro, em 2011; “Dawn for Interiours”, na Bisagra Arte Contemporáneo, em Buenos Aires, Argentina, em 2010. “Clarabóia”, no Paço das Artes, em São Paulo, em 2010; “Sol de Inverno”, no Palácio das Artes, Fundação Clóvis Salgado, em Belo Horizonte, em 2008; “Meio dia e meia”, no Centro Universitário Maria Antonia, em São Paulo, em 2006, entre outras.
Também participou de diversas mostras coletivas no Brasil e no exterior das quais destacam-se: “What can we expect from color?”, na BYCR Gallery, em Milão, na Itália, em 2013; “Norman Dilworth, Alistair Mcclymont and Estela Sokol”, na Strand Gallery, em Veneza, na Itália; “Arte Contemporânea no Universo Bordallo”, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Portugal; “Considerações sobre o plano”, no Museu de Arte Contemporânea, em São Paulo, ambas em 2013; “III Bienal del Fin del Mundo”, em Ushuaia, na Patagônia, Argentina, em 2011; “16º Bienal de Cerveira”, em Cerveira, Portugal, em 2011; “Mapas Invisíveis”, na Caixa Cultural São Paulo, em 2011; “Light Art Bienalle”, em Linz, na Áustria, em 2010; “Graphias”, no Memorial da América Latina, em São Paulo, em 2009; “Nova Arte Nova”, no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, em 2009, e Rio de Janeiro, em 2008, entre outras.
Ganhou prêmios como "Mostras de artistas no exterior”, dentro do “Programa Brasil Arte Contemporânea”, da Fundação Bienal de São Paulo, em 2010; “Temporada de projetos Paço das Artes, em São Paulo, em 2009; “Edital Revelação MACC”, em São Paulo, em 2004; “Projéteis FUNARTE de Arte Contemporânea”, no Rio de Janeiro, em 2005; e “34°Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto”, em São Paulo, em 2006.