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novembro 14, 2013
Camila Soato e Carolina Ponte na Zipper, São Paulo
No dia 19 de novembro, às 19h, a Zipper Galeria inaugura a exposição “Filigranas”, de Carolina Ponte. Na mostra, a artista, natural de Salvador e radicada em Petrópolis, apresenta desenhos sobre papel e esculturas em crochê. Em cartaz até o dia 21 de dezembro.
Carolina Ponte - Filigranas, Zipper Galeria, São Paulo, SP - 20/11/2013 a 21/12/2013
Os desenhos apresentados por Carolina Ponte em sua segunda individual na Zipper Galeria são produzidos com caneta, nanquim e tinta acrílica sobre papel. As criações em crochê são uma expansão do trabalho da artista com o desenho: as esculturas ganham o espaço com suas formas fluidas e exibem figuras concêntricas, feitas de minúsculas unidades, como os pontos que se desprendem da agulha.
As obras de “Filigranas” reforçam o interesse de Carolina Ponte na retomada das referências populares ornamentais e dão continuidade ao vocabulário pictórico que a artista vem desenvolvendo ao longo de sua carreira. Seus desenhos estão intimamente ligados a sua pesquisa de padronagens, algumas desenvolvidas pela própria artista, outras apropriadas de diversas culturas – egípcia, orientais, latino-americanas ou brasileiras. Juntas, elas compõem uma espécie de léxico particular. “Seu desenho detalhista e quase compulsivo se aproxima do Barroco, não apenas por sua atmosfera excessiva e pela contraposição de cores, mas por realizar um tipo de composição que vai e volta ao tema, acrescentando a ele, a cada retorno, um pouco mais de informação”, comenta a crítica de arte Daniela Name.
Também no dia 19 de novembro, a Zipper abre, no espaço Zip’Up, a exposição “Fuleragem Polissistêmica Nº 05”, de Camila Soato, com curadoria de Mario Gioia. Em sua primeira individual em São Paulo, a artista brasiliense, que ganhou destaque como uma das finalistas do Prêmio Pipa deste ano – um dos mais relevantes no âmbito das artes visuais no país –, apresenta pinturas em variadas escalas para reforçar certo aspecto malfeito, precário e que flerta com o escatológico de sua produção, bastante particular, num campo onde a pintura por vezes se mostra muito reverente a cânone.
Carolina Ponte
Carolina Ponte tem graduação pela UFRJ, em 2005, em gravura, mídia que exige o respeito à duração dos processos e a perseverança por semanas num único trabalho. Desde então, já expôs suas obras em São Paulo (“Realidades Impossíveis”, em 2009, no Ateliê 397), Rio de Janeiro (“Abre Alas”, em 2006, n’A Gentil Carioca, e “AH”, em 2006, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage), Brasília (“Pontos de Encontro: Pedro Varela e Carolina Ponte”, em 2008, no ECCO) e Veracruz, no México (“Realidades Imposibles, 20 artistas brasileños trabajando com fotografia hoy”, em 2008, na Fototeca Juan Malpica Mimendi).