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outubro 31, 2013
Danilo Oliveira na Virgilio, São Paulo
Em duas exposições individuais os artistas Inaê Coutinho e Danilo Oliveira apresentam fotos, vídeo e pinturas na Galeria Virgílio; em um espaço, os registros da fotógrafa podem ser confundidos com pinturas. No outro, pinceladas de um artista que reconstrói imagens cotidianas e estreia a sua primeira individual
Artista da nova geração, Danilo Oliveira começou a dar os primeiros passos no segmento das artes em 2002, como um dos fundadores do coletivo de experimentação artística Base-V. Dez anos depois, ao lado de seu grupo, ele participou de mostras em galerias paulistanas, como a Choque Cultural e a ROJO, e também em espaços de Bogotá e Buenos Aires.
Para sua primeira exposição individual na Galeria Virgílio, Daniel criou obras com uma nova identidade. As técnicas de serigrafia, monotipia e gravação foram 100% substituídas pela pintura. Não à toa, a mostra foi batizada de “Toda Tela é Uma Sala de Espera” (nome também de um dos 25 trabalhos que estarão na mostra).
Antes de criar as obras que poderão se vistas na sua primeira exposição individual “Toda Tela é Uma Sala de Espera”, Danilo Oliveira passa por um embate que fica nítido e ganha linguagem própria por meio de pinceladas informais, soltas, densas e cheias movimento.
Mais acostumado a trabalhar com as técnicas de gravação, reconstruir imagens banais e artificiais do cotidiano, como salas de espera, piscinas de plástico e rodovias, em óleo sobre grandes telas é um novo desafio para o artista.
Ele pinta e repinta sem apagar as marcas. Assim, seus quadros acabam revelando uma espécie de rastro do tempo e também registram diversos planos ao mesmo tempo. O resultado vem em formas que intercalam o abstracionismo com figurativismo em alusões que nunca se completam e são coloridas em tons que vão dos vibrantes ao mais soturnos.
Para estrear sua primeira individual e a cadência dessa sua nova fase, o vernissage do artista terá apresentação da banda de jazz Otis Trio.